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Petrobras recebe pagamento de R$ 4,7 bilhões da TotalEnergies pela participação da companhia no campo de Atapu na produção de petróleo com foco no pré-sal

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 27/04/2022 às 14:54
O campo de Atapu, responsável por uma grande parcela da produção de petróleo no pré-sal da Petrobras, foi o motivo do pagamento bilionário que a TotalEnergies fez à estatal, uma vez que ela terá uma participação na exploração do recurso nessa estrutura
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

O campo de Atapu, responsável por uma grande parcela da produção de petróleo no pré-sal da Petrobras, foi o motivo do pagamento bilionário que a TotalEnergies fez à estatal, uma vez que ela terá uma participação na exploração do recurso nessa estrutura

Durante a última terça-feira, (26/04), a estatal brasileira, Petrobras, anunciou o recebimento de um pagamento de compensação da TotalEnergies no valor de R$ 4,7 bilhões. Em razão da participação da companhia na produção de petróleo através do pré-sal no campo de Atapu, um dos mais importantes da empresa atualmente para a exploração da matéria-prima no território nacional.

Vídeo: Campo de Atapu foi arrematado pela estatal brasileira, TotalEnergies e Shell

A área será explorada pelos próximos 35 anos. Fonte: YouTube

TotalEnergies faz pagamento de compensação de R$ 4,7 bilhões à Petrobras pela sua participação minoritária na produção de petróleo no campo de Atapu

A estatal brasileira Petrobras anunciou nesta semana que recebeu um pagamento de compensação de 4,7 bilhões de reais (940,24 milhões de dólares) da TotalEnergies EP Brasil Ltda pelo campo petrolífero de Atapu, que possui uma produção de petróleo focada na exploração do pré-sal, uma das maiores apostas da empresa e do segmento petrolífero mundial para a expansão do setor durante os próximos anos no Brasil e em toda a cadeia produtiva do mundo. 

Assim, a Petrobras também comentou que esse pagamento foi realizado em referência a uma participação de 22,5% em um consórcio feito entre a empresa, Shell Brasil Petróleo Ltda (25%) e a TotalEnergies. Dessa forma, o pagamento de R$ 4,7 bilhões que a empresa fez à estatal brasileira foi em referência a essa participação minoritária nas operações de exploração do pré-sal e produção de petróleo que irão acontecer no campo petrolífero de Atapu, que pertence à companhia. 

Além disso, ao longo das últimas semanas, a gigante europeia Shell depositou quase US$ 1,1 bilhão na estatal brasileira por uma participação na produção de petróleo também no campo de exploração de pré-sal de Atapu. O pagamento de compensação de ambas as empresas está cobrindo os custos irrecuperáveis ​​até agora incorridos pela operadora Petrobras, que em 2010 recebeu direitos contratuais para produzir 550 milhões de barris de óleo equivalente de Atapu. Dessa forma, a estatal poderá ser beneficiada com esses valores para mais investimentos dentro da cadeia produtiva do campo ao longo dos próximos anos. 

Consórcio da Petrobras, TotalEnergies e Shell será responsável pelo trabalho em conjunto para a produção de petróleo no campo de exploração do pré-sal de Atapu

Após o consórcio realizado entre a Petrobras, com participação total em 52,5%, Shell em 25% e TotalEnergies em 22,5%, as empresas concordaram em dezembro do ano passado a adquirir volumes excedentes que foram leiloados pelo governo brasileiro para o campo de produção de petróleo de Atapu. No entanto, os volumes excedidos em questão nunca foram divulgados pelo governo para a continuidade da parceria entre as três empresas nessa iniciativa. 

Apesar disso, as empresas agora irão realizar um trabalho em conjunto para desenvolver os recursos restantes no campo de pré-sal de Atapu, onde a produção começou em junho de 2020 por meio da embarcação flutuante de produção, armazenamento e descarga P-70. Além disso, os pagamentos de compensação também serão essenciais para os contratos de partilha de produção de petróleo, uma vez que a Petrobras pretende expandir cada vez mais a exploração do recurso no campo. 

Por fim, após a finalização dos contratos de partilha de produção, as participações da Petrobras, Shell e TotalEnergies na Atapu serão reorganizadas para igualar as reservas recuperáveis ​​adequadas a que cada empresa terá direito, como forma de garantir uma produção e aquisição justa para as três companhias envolvidas no consórcio. A Petrobras e a TotalEnergies também estão em negociação para outra parceria do tipo, mas o projeto ainda está em fases iniciais.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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