Orçada em US$ 2,3 bilhões, acabou custando quase nove vezes mais. “As refinarias valem para a Petrobrás o que não vale para mais ninguém”, diz ex-Ministro das Minas e Energia
A Petrobrás iniciou na manhã de 28 de junho, a venda formal de quatro das oito refinarias que pretende desinvestir. O processo será dividido em duas fases e está previsto para terminar em 2021. O desinvestimento reduzirá o parque de refino da estatal pela metade, com menos 1,1 milhão de barris diários de capacidade. Estão no pacote também ativos logísticos, que serão repassados aos novos donos. O prazo para demonstrar interesse pelos ativos vai até 16 de agosto.
Primeira fase da venda
Refinaria Abreu e Lima (RNEST, Pernambuco),localizada no Porto de Suape, em Pernambuco, as operações foram iniciadas em 2014, nesta que é a primeira e mais famosa refinaria construída pela estatal após 34 anos. Cercada de muita polêmica e incluída nas investigações da Operação Lava Jato, o projeto foi incialmente planejado para ser uma parceria com a venezuelana PDVSA, o que não chegou a ser concretizado. A Rnest será vendida junto com um gasoduto de 101 quilômetros ligado ao Terminal de Suape.
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Refinaria Landulpho Alves (RLAM, Bahia), primeira refinaria brasileira, a Rlam foi criada em 1950 no Recôncavo Baiano. Atende estados da região Nordeste, exporta para Estados Unidos, Argentina e alguns países da Europa. Além da refinaria, estão no pacote 669 quilômetros de gasodutos e quatro terminais na Bahia (Candeias, Itabuna, Jequié e Madre de Deus).
Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), llém da refinaria, serão vendidos 260 quilômetros de oleodutos e dois terminais no Rio Grande do Sul: Niterói e Tramandaí. Em 2000, a Petrobrás vendeu 30% de participação na Refap para a espanhola Repsol, sociedade desfeita em 2010.
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR, Paraná), junto com a refinaria, serão vendidos 476 quilômetros de oleodutos longos: OPASC, ligando a Repar aos Terminais de Guaramirim, Itajaí e Biguaçu; OLAPA, ligando a unidade ao Terminal de Paranaguá; OSPAR, ligando a refinaria ao Terminal São Francisco do Sul.
Também serão vendidos cinco terminais: Paranaguá (Paraná), São Francisco do Sul (Santa Catarina), Guaramirim (Santa Catarina), Itajaí (Santa Catarina), e Biguaçu (Santa Catarina). A unidade tem ainda uma interligação, desde 2012, com a fábrica de fertilizantes de Araucária (PR), para a qual fornece resíduo asfáltico, óleos combustíveis e utilidades.
“O Sul apresenta um dos mercados de derivados de petróleo mais maduros do País, com previsão de crescimento estável da demanda nos próximos anos”, afirma a Petrobrás, na propaganda de venda.
Segunda fase da venda
A companhia quer ainda, em uma segunda fase sem data marcada, se desfazer de outras quatro refinarias
- Refinaria Isaac Sabbá (REMAN, AM)
- Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor)
- Refinaria Gabriel Passos (REGAP, MG)
- Unidade de Industrialização do Xisto (SIX, no Paraná)
Com a estatal porém ficarão as chamadas “joias da coroa”: as refinarias localizadas na região Sudeste. Além da maior do País, em Paulínia (SP), que tem capacidade para refinar 434 mil barris por dia, ficaram de fora da venda outras unidades instaladas no Estado: Refinaria Capuava (Recap), em Mauá; Presidente Bernardes, em Cubatão; e a Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos. A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, também irá permanecer com a companhia.
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