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“Petrobras perde o trono” em 2024: ação de pequena petroleira dispara e deixa gigante brasileira para trás!

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/10/2024 às 13:05
Atualizado em 13/10/2024 às 09:27
Petrobras perde liderança para Refinaria Manguinhos em valorização de ações em 2024, mas ainda domina em dividendos. O que o futuro reserva? (Imagem: Reprodução/Canva)
Petrobras perde liderança para Refinaria Manguinhos em valorização de ações em 2024, mas ainda domina em dividendos. O que o futuro reserva? (Imagem: Reprodução/Canva)

Petrobras foi superada pela Refinaria Manguinhos em valorização de ações em 2024. No entanto, a estatal continua imbatível em dividendos. O futuro do setor de petróleo está cheio de incertezas, e a pergunta que fica é: a Petrobras conseguirá recuperar sua posição dominante?

No vasto universo do petróleo brasileiro, uma virada inesperada deixou investidores e analistas de queixo caído em 2024.

Enquanto todos esperavam que a Petrobras continuasse dominando o setor, uma empresa pequena, quase esquecida, tomou a dianteira em valorização.

O que parecia impossível aconteceu: a Petrobras, a gigante que muitos acreditavam ser imbatível, foi superada por uma petroleira bem menor e com alta volatilidade.

De acordo com o portal Infomone, por mais que a Petrobras tenha mantido sua posição como uma das maiores pagadoras de dividendos do país, os números recentes de suas ações não impressionaram tanto quanto o de uma concorrente bem menos conhecida.

A Refinaria de Petróleos Manguinhos (RPMG3) se destacou ao alcançar um desempenho extraordinário até setembro de 2024.

A grande virada do setor de petróleo em 2024

Em um ano de surpresas para o mercado financeiro, a Refinaria Manguinhos teve um salto de 40,09% nas suas ações, uma valorização impressionante para uma small cap do setor.

Segundo dados levantados pela Quantum Finance, o desempenho da refinaria, conhecida por sua volatilidade, superou o de gigantes consolidadas como a Petrobras.

As ações ordinárias da estatal subiram apenas 13,54%, enquanto as preferenciais avançaram tímidos 9,69% no ano.

Essa disparidade de desempenho deixou muitos analistas intrigados. Afinal, no ano anterior, a situação era completamente diferente: a Petrobras havia acumulado quase 100% de valorização em 2023, contra apenas 24,7% da Manguinhos.

Essa inversão em 2024 levanta uma questão importante: o que está acontecendo com a gigante do petróleo brasileiro?

Veja o ranking das maiores valorizações

Para visualizar melhor essa reviravolta no setor de óleo e gás, confira a lista das principais empresas brasileiras em 2024 e suas performances nos últimos 12 meses:

  • Refinaria Manguinhos (RPMG3): 40,09% (2024) / 26,38% (12 meses)
  • Petrobras (PETR3): 13,54% (2024) / 20,98% (12 meses)
  • Petrobras (PETR4): 9,69% (2024) / 22,44% (12 meses)
  • Vibra (VBBR3): 8,95% (2024) / 33,45% (12 meses)
  • OceanPact (OPCT3): 8,19% (2024) / 22,46% (12 meses)

É impossível ignorar o fato de que empresas menores, como Manguinhos, estão começando a desafiar grandes nomes como a Petrobras, que sempre dominaram o cenário brasileiro de óleo e gás.

E enquanto os investidores buscam entender as razões por trás dessa mudança, um fator permanece constante no domínio da Petrobras: seus dividendos.

Petrobras segue imbatível em dividendos

Por mais que a valorização das ações da Refinaria Manguinhos tenha superado a da Petrobras em 2024, quando o assunto são dividendos, a gigante estatal continua no topo.

De acordo com a Quantum Finance, o dividend yield (retorno em dividendos) da Petrobras no acumulado de 2024 chegou a impressionantes 17,73% para as ações preferenciais e 16,14% para as ordinárias.

Até o segundo trimestre do ano, a estatal pagou R$ 23 bilhões em dividendos, consolidando sua posição como uma das maiores distribuidoras de lucros no setor.

Nenhuma outra petroleira brasileira chega perto desses números. A empresa que mais se aproxima é a PetroRecôncavo, que, segundo dados da Quantum, alcançou 11,30% de dividend yield no ano.

Confira abaixo o ranking das petroleiras brasileiras em termos de dividendos:

  • Petrobras (PETR3): 17,73%
  • Petrobras (PETR4): 16,14%
  • PetroRecôncavo (RECV3): 11,30%
  • Vibra (VBBR3): 7,31%
  • Raízen (RAIZ4): 5,79%

Queda das ações e desafios futuros

Embora a Petrobras continue dominando em dividendos, o desempenho abaixo do esperado de suas ações acende um sinal de alerta.

A Refinaria Manguinhos, com uma volatilidade maior e uma capitalização de mercado bem inferior, não apenas superou a Petrobras em valorização de ações, mas também levantou dúvidas sobre a capacidade da gigante de sustentar seu crescimento a longo prazo.

Outras empresas do setor também enfrentam desafios, como a Ultrapar (UGPA3), que viu suas ações caírem 18,01% em 2024, e a Raízen (RAIZ4), com uma queda de 22,46% no mesmo período.

Esse cenário ressalta a complexidade e a volatilidade do setor de petróleo no Brasil, onde nem sempre as maiores empresas garantem os maiores retornos.

O que o futuro reserva para a Petrobras e suas concorrentes? Com uma pequena refinaria tomando a dianteira em valorização e grandes incertezas pela frente, a única certeza é que o mercado de óleo e gás ainda reserva muitas surpresas.

Petrobras conseguirá recuperar sua posição dominante no setor de petróleo em 2025, ou veremos novas surpresas de empresas menores? O que você acha?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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