Petrobras foi superada pela Refinaria Manguinhos em valorização de ações em 2024. No entanto, a estatal continua imbatível em dividendos. O futuro do setor de petróleo está cheio de incertezas, e a pergunta que fica é: a Petrobras conseguirá recuperar sua posição dominante?
No vasto universo do petróleo brasileiro, uma virada inesperada deixou investidores e analistas de queixo caído em 2024.
Enquanto todos esperavam que a Petrobras continuasse dominando o setor, uma empresa pequena, quase esquecida, tomou a dianteira em valorização.
O que parecia impossível aconteceu: a Petrobras, a gigante que muitos acreditavam ser imbatível, foi superada por uma petroleira bem menor e com alta volatilidade.
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De acordo com o portal Infomone, por mais que a Petrobras tenha mantido sua posição como uma das maiores pagadoras de dividendos do país, os números recentes de suas ações não impressionaram tanto quanto o de uma concorrente bem menos conhecida.
A Refinaria de Petróleos Manguinhos (RPMG3) se destacou ao alcançar um desempenho extraordinário até setembro de 2024.
A grande virada do setor de petróleo em 2024
Em um ano de surpresas para o mercado financeiro, a Refinaria Manguinhos teve um salto de 40,09% nas suas ações, uma valorização impressionante para uma small cap do setor.
Segundo dados levantados pela Quantum Finance, o desempenho da refinaria, conhecida por sua volatilidade, superou o de gigantes consolidadas como a Petrobras.
As ações ordinárias da estatal subiram apenas 13,54%, enquanto as preferenciais avançaram tímidos 9,69% no ano.
Essa disparidade de desempenho deixou muitos analistas intrigados. Afinal, no ano anterior, a situação era completamente diferente: a Petrobras havia acumulado quase 100% de valorização em 2023, contra apenas 24,7% da Manguinhos.
Essa inversão em 2024 levanta uma questão importante: o que está acontecendo com a gigante do petróleo brasileiro?
Veja o ranking das maiores valorizações
Para visualizar melhor essa reviravolta no setor de óleo e gás, confira a lista das principais empresas brasileiras em 2024 e suas performances nos últimos 12 meses:
- Refinaria Manguinhos (RPMG3): 40,09% (2024) / 26,38% (12 meses)
- Petrobras (PETR3): 13,54% (2024) / 20,98% (12 meses)
- Petrobras (PETR4): 9,69% (2024) / 22,44% (12 meses)
- Vibra (VBBR3): 8,95% (2024) / 33,45% (12 meses)
- OceanPact (OPCT3): 8,19% (2024) / 22,46% (12 meses)
É impossível ignorar o fato de que empresas menores, como Manguinhos, estão começando a desafiar grandes nomes como a Petrobras, que sempre dominaram o cenário brasileiro de óleo e gás.
E enquanto os investidores buscam entender as razões por trás dessa mudança, um fator permanece constante no domínio da Petrobras: seus dividendos.
Petrobras segue imbatível em dividendos
Por mais que a valorização das ações da Refinaria Manguinhos tenha superado a da Petrobras em 2024, quando o assunto são dividendos, a gigante estatal continua no topo.
De acordo com a Quantum Finance, o dividend yield (retorno em dividendos) da Petrobras no acumulado de 2024 chegou a impressionantes 17,73% para as ações preferenciais e 16,14% para as ordinárias.
Até o segundo trimestre do ano, a estatal pagou R$ 23 bilhões em dividendos, consolidando sua posição como uma das maiores distribuidoras de lucros no setor.
Nenhuma outra petroleira brasileira chega perto desses números. A empresa que mais se aproxima é a PetroRecôncavo, que, segundo dados da Quantum, alcançou 11,30% de dividend yield no ano.
Confira abaixo o ranking das petroleiras brasileiras em termos de dividendos:
- Petrobras (PETR3): 17,73%
- Petrobras (PETR4): 16,14%
- PetroRecôncavo (RECV3): 11,30%
- Vibra (VBBR3): 7,31%
- Raízen (RAIZ4): 5,79%
Queda das ações e desafios futuros
Embora a Petrobras continue dominando em dividendos, o desempenho abaixo do esperado de suas ações acende um sinal de alerta.
A Refinaria Manguinhos, com uma volatilidade maior e uma capitalização de mercado bem inferior, não apenas superou a Petrobras em valorização de ações, mas também levantou dúvidas sobre a capacidade da gigante de sustentar seu crescimento a longo prazo.
Outras empresas do setor também enfrentam desafios, como a Ultrapar (UGPA3), que viu suas ações caírem 18,01% em 2024, e a Raízen (RAIZ4), com uma queda de 22,46% no mesmo período.
Esse cenário ressalta a complexidade e a volatilidade do setor de petróleo no Brasil, onde nem sempre as maiores empresas garantem os maiores retornos.
O que o futuro reserva para a Petrobras e suas concorrentes? Com uma pequena refinaria tomando a dianteira em valorização e grandes incertezas pela frente, a única certeza é que o mercado de óleo e gás ainda reserva muitas surpresas.