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Petrobras lança licitações para contratação dos FPSOs P-84 e P-85; juntos os gigantes terão a capacidade de produção diária de 450 mil barris de petróleo e 20 milhões de metros cúbicos de gás!

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 29/12/2022 às 13:15
licitações - petrobras - Shell - carioca - petróleo - gás
Obras de construção do FPSO P-66 no Estaleiro naval Brasfels – Imagem Brasfels

Campo de Atapu atingiu 150 mil barris de petróleo por dia e campo de Sépia iniciou produção por meio do FPSO Carioca, a maior plataforma em operação no Brasil em termos de complexidade!

No dia 23 de dezembro o gigante do petróleo brasileiro Petrobras lançou o edital do bid para contratação dos FPSOs dos projetos de Atapu e Sépia, marcando a data de entrega das propostas para 20 de julho e início da produção em 2028.

Batizadas de P-84 e P-85, as novas plataformas da Petrobras, do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) terão, cada uma, a capacidade de produção de 225 mil bpd de óleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Leilão da ANP une Petrobras, Shell e Total para exploração e produção de volumes excedentes da cessão onerosa nos campos de Atapu e de Sépia

Petrobras fez parceria em julho deste ano com a Shell Brasil e Total Energies EP e adquiriu os direitos de exploração e produção de petróleo e gás nos campos de Atapu e de Sépia. 

No leilão, a Petrobras adquiriu os direitos de exploração e produção dos volumes excedentes aos da cessão onerosa nos campos marítimos de Atapu e de Sépia. A estatal exerceu o direito de preferência na aquisição dos volumes excedentes do campo de Sépia, aderindo à proposta do consórcio vencedor. O consórcio tem a Petrobras como operadora, com participação de 30%, em parceria com a TotalEnergies EP (28%), Petronas (21%), e QP Brasil (21%).

Quanto ao campo de Atapu, a petroleira fez parceria com a Shell Brasil e Total Energies EP. O consórcio tema Petrobras como operadora, que passou a deter na jazida compartilhada de Atapu 65,7% de participação, a Shell 16,7%, a TotalEnergies 15%, a Petrogal 1,7%, e a União, representada pela Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA, 0,9% da jazida compartilhada de Atapu.

Para a jazida compartilhada de Sépia, a composição é Petrobras (55,3%) como operadora, TotalEnergies (16,9%), Petronas Petróleo Brasil Ltda. (12,7%), QatarEnergy (12,7%), Petrogal (2,4%). Em ambas jazidas a Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA atua como gestora do contrato de partilha.

Foi pago pelas petroleiras à Petrobras para Atapu e Sépia, respectivamente, o valor da compensação de US$ 3.253.580.741,00 e US$ 3.200.388.219,00

O campo de Atapu iniciou sua produção em junho de 2020 por meio do FPSO P-70, e atingiu em julho de 2021 sua capacidade de produção de 150 mil barris de óleo por dia. Possui capacidade para tratar até 6 milhões de m³/d de gás. O campo de Sépia iniciou sua produção em agosto de 2021 por meio do FPSO Carioca, maior plataforma em operação no Brasil em termos de complexidade.

A oferta do percentual do excedente em óleo a ser disponibilizado para a União foi o único critério adotado pela ANP para definir a proposta vencedora, já constando previamente no edital o valor fixo do bônus de assinatura. O valor total do bônus de assinatura a ser pago pela Petrobras é de R$ 4,2 bilhões.

Para Atapu e Sépia, o valor da compensação antes do “gross up” é respectivamente de US$ 3.253.580.741,00 e US$ 3.200.388.219,00 e foi pago pelas empresas parceiras à Petrobras na proporção de sua participação nos consórcios. Para Atapu, a Petrobras recebeu a compensação em abril de 2022. Já a data da compensação de Sépia foi definida após negociação com consórcio.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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