A boia de medição de ventos é a mais nova tecnologia da Petrobras para futuros projetos de energia eólica offshore em todo o Brasil. A empresa está realizando testes no litoral do Rio Grande do Norte para verificar a qualidade e funcionalidade do novo equipamento.
Em meio ao crescimento de projetos de energias renováveis em todo o Brasil, a Petrobras mira em um mercado próspero no futuro, as eólicas offshore. A empresa está realizando testes operacionais com a sua nova tecnologia de medição de ventos no Rio Grande do Norte. Batizada de Bravo, a Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore é o mais novo equipamento da companhia, que pode contribuir fortemente com os projetos de energia eólica offshore.
Petrobras desenvolve boia remota com tecnologia de medição de ventos e mira nos projetos futuros de energia eólica offshore no Brasil
A Petrobras deu início, nos últimos dias, aos testes operacionais de sua mais nova tecnologia de medição de ventos no litoral do estado do Rio Grande do Norte, desenvolvida pela empresa num projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) com o Senai.
A empresa realiza agora a testagem mirando no futuro do mercado energético brasileiro, os projetos de energia eólica offshore.
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Isso, pois esses projetos necessitam de uma etapa essencial para serem levadas adiante, o Estudo de Potencial Energético Offshore, que demanda da medição de ventos.
Dessa forma, o novo equipamento da empresa pode acelerar esse processo e garantir um controle maior do desenvolvimento de projetos no setor.
Para a criação da Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (Bravo), a nova tecnologia da empresa, a petroleira aplicou um investimento total de R$ 9 milhões.
O projeto foi desenvolvido com recursos do programa de P&D do setor de energia elétrica da Aneel, em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis do Rio Grande do Norte e o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados de Santa Catarina.
O equipamento possui cerca de 2,5 metros de diâmetro e 3,5 metros de altura, sendo abastecida a partir de módulos fotovoltaicos e aerogeradores, o que permite que ele funcione de forma remota com qualidade.
Com a nova tecnologia, a Petrobras espera obter uma redução de 40% de custo em relação à contratação da tecnologia no exterior para a medição de ventos a partir da boia, uma alternativa às torres fixas.
Estatal estuda alternativas e novas tecnologias para investir em projetos de energia eólica offshore nos próximos anos
O mercado da energia eólica offshore á a grande aposta do setor energético para os próximos anos, e a Petrobras pretende ingressar nessa corrida por novos empreendimentos no ramo.
Dessa forma, a petroleira estuda alternativas que permitam à empresa definir um segundo motor de geração de caixa para o futuro.
Em seu plano estratégico para o período de 2023 – 2027, divulgado nos últimos meses, a estatal disse que pretende investir e está realizando estudos para projetos em três áreas: captura de carbono, hidrogênio e, por último, a energia eólica offshore.
O diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves, destacou que, apesar dos avanços com a nova tecnologia, ainda é necessário encontrar uma sustentabilidade financeira no empreendimento.
“Um projeto que tire nota dez em sustentabilidade climática, mas que não tenha sustentabilidade financeira, ele está fadado ao fracasso. Então, nós temos que encontrar projetos que tenham dupla resiliência”, afirmou ele.
Agora, a empresa continuará com os testes do equipamento de medição de ventos e os estudos para projetos futuros viáveis no ramo.