Caso não haja um acordo de indenização, a Petrobras pode ser alvo de cobranças ainda maiores. O impasse com a Sete Brasil tem se tornado tema central de discussão no mercado de petróleo e gás.
Um longo impasse no Conselho de Administração da Petrobras relacionado à Sete Brasil, empresa ligada à exploração do pré-sal, coloca a estatal diante de um potencial prejuízo bilionário nesta segunda-feira, (28/08). A incerteza gira em torno da decisão de oferecer ou não um acordo de indenização à Sete Brasil, cujo valor discutido é de R$ 1 bilhão. A ausência de acordo pode desencadear ações judiciais mais prejudiciais para a Petrobras no setor de petróleo, enquanto um entendimento pode proteger a empresa de possíveis impactos financeiros e legais.
Conselho de administração da Petrobras entra em impasse quanto à Sete Brasil
Um dilema que se arrasta há cinco anos no Conselho de Administração da Petrobras está no centro das atenções, trazendo a possibilidade de um prejuízo significativo para a estatal.
O impasse com a Sete Brasil, empresa responsável por sondas de exploração do petróleo do pré-sal, tem provocado adiamentos e divergências entre os conselheiros, levando a Petrobras a avaliar se deve ou não apresentar uma proposta de acordo para indenizar a Sete Brasil.
- É oficial: a Novonor decidiu mexer suas peças no tabuleiro petroquímico e traz ninguém menos que o ex-Ocyan para assumir o comando da Braskem
- PetroReconcavo surpreende o mercado com mega investimento de R$ 340 milhões em nova planta de gás natural na Bahia — Capacidade promete revolucionar o setor energético do Nordeste!
- Washington em alerta! Exportações de petróleo da Rússia para o Brasil explodem para o surpreendente valor de R$ 40,3 bilhões em 2024,
- Petrobras suspende operações do FPSO Cidade de Santos: milhões perdidos e impacto na produção de petróleo e gás no Brasil!
A trajetória da Sete Brasil remonta a 2010, quando foi estabelecida pela própria Petrobras como parte de um plano para fortalecer a indústria naval brasileira voltada à exploração do petróleo do pré-sal.
Originalmente responsável pela construção de navios-sonda, o projeto naufragou devido a alegações de corrupção sob investigação na Operação Lava Jato, resultando na não entrega das 28 sondas planejadas.
No cenário interno da Petrobras, o impasse em torno da indenização à Sete Brasil é agravado pela divisão no conselho.
Segundo relatos, essa divisão reflete duas perspectivas opostas: os membros alinhados com o governo e a cúpula da estatal apoiam o pagamento, enquanto acionistas minoritários se opõem a essa medida.
A cifra em discussão gira em torno de R$ 1 bilhão. No entanto, a falta de um acordo pode abrir portas para ações de cobrança de valores ainda maiores contra a Petrobras.
Se a situação evoluir para um conflito judicial, a estatal poderá ser confrontada não apenas com questões financeiras, mas também com responsabilidades pelos crimes ligados ao escândalo do petrolão, onde a empresa é considerada vítima no âmbito penal.
Estatal pode enfrentar multas pesadas nos processos que envolvem a Sete Brasil
Enquanto nos processos criminais relacionados à Lava Jato a Petrobras figura como vítima e busca compensações por esquemas de corrupção, o cenário empresarial pinta um quadro diferente.
Isso, pois a empresa pode enfrentar multas pesadas se houver provas de ciência de corrupção entre seus altos escalões no mercado de petróleo.
Acionistas estrangeiros já buscam compensações em arbitragens devido à Lava Jato.
O próprio pedido de recuperação judicial da Sete Brasil ressalta sua estreita relação com a Petrobras.
Isso poderia permitir que credores acionassem a arbitragem e o Judiciário, alegando que a estatal é responsável pelos danos e dívidas da Sete Brasil.
A possibilidade de uma indenização da Petrobras à fornecedora surge então como possível solução.
O acordo em discussão traria uma cláusula que impediria os credores da Sete Brasil de entrar com ações judiciais contra a Petrobras em troca da indenização.
O desfecho desse impasse terá implicações significativas para a Petrobras e para o cenário empresarial do país. A busca por uma solução amigável é um desafio delicado, mas pode evitar consequências ainda mais graves para a estatal e para o setor do petróleo como um todo.