O modelo do desinvestimento ainda não está fechado pela Petrobras. A experiência bem-sucedida com a alienação dos gasodutos terrestres pode ser uma inspiração.
A Petrobras estuda reunir todos os gasodutos marítimos do pré-sal numa única empresa e, depois disso, privatizá-la por meio de um processo de abertura de capital. A petroleira informou nesta quarta, 11, que recebeu aval da ANP para acordos de individualização das jazidas de Atapu e Sépia.
Dona de três rotas que ligam os campos da Bacia de Santos até a costa, a petroleira negocia com seus sócios — Shell, Repsol e Galp — a formação de um Sistema Integrado de Escoamento (SIE) e avalia, ao fim, vender parte ou toda a sua fatia no ativo.
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A experiência bem-sucedida da Petrobras com a alienação dos gasodutos terrestres — vendidos diretamente para controladores privados: Engie, no caso a Transportadora Associada de Gás (TAG), e Brookfield, no caso da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) — pode ser uma inspiração.
A Petrobras até o momento não finalizou o modelo do desinvestimento. O início da oferta foi marcado para o dia 8 de outubro, quando será disponibilizado o prospecto definitivo.
O dinheiro arrecadado será utilizado em projetos de exploração e produção de petróleo e gás natural, do contrato de sessão onerosa, e no reforço do caixa, segundo o prospecto divulgado inicialmente.
Reestruturação de gasodutos
Neste ano a Petrobras planeja a reestruturação societária de seu sistema de gasodutos marítimos. A estatal opera três rotas na Bacia de Santos, responsáveis pela interligação dos campos do pré-sal da à costa do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Os gasodutos de escoamento levam o gás dos campos do présal até as unidades de processamento de gás natural (UPGNs), na costa. Uma vez tratado, esse gás é, então, injetado na malha de transporte terrestre, para abastecimento ao mercado.
O desinvestimento da Petrobras nos gasodutos de escoamento faz parte de um movimento maior de abertura do mercado brasileiro de gás natural.
A companhia assinou um termo de compromisso com o Cade para sair integralmente da distribuição e do transporte (gasodutos terrestres) até o fim de 2021.
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