Leilão da ANP da 6ª Rodada de Partilha de Produção arrecada R$ 5 bilhões dos R$ 7,85 bilhões previstos e com somente uma área arrematada pela Petrobras
A história se repetiu, a Petrobras (em consórcio com chineses) novamente foi a única a apresentar proposta em um leilão da ANP. O fato já tinha acontecido ontem e voltou a acontecer hoje no leilão da 6° rodada de Partilha. Veja como foi o leilão do dia anterior aqui !
A Petroleira brasileira, em consórcio com a chinesa CNODC, a exemplo do leilão de ontem da cessão onerosa, arrematou o bloco mais caro do leilão.
O bloco adquirido pela Petrobras (80%) com a CNODC (20%) foi o de Uram, na Bacia de Santos e foi pago pelas petroleiras a oferta minima de R$ 5,05 bilhões.
Assim, os outros quatro blocos do leilão (Bumerangue, Cruzeiro do Sul, Sudoeste de Sagitário e Norte de Brava) não foram arrematados e serão oferecidos na próxima oportunidade, que segundo a ANP deve ser no ano que vem.
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A arrecadação do leilão de hoje, também ficou aquém do esperado, ficou em 64,3% do total e sem grandes propostas de petroleiras estrangeiras, o leva a ANP e a equipe do governo a repensarem se o regime de partilha é o considerado ideal e se ele teria sido a razão do desinteresse das petroleiras estrangeiras. A tendência é que o modelo de concessão ganhe espaço.
No modelo de partilha o estado é dono do petróleo, a operadora que vencer o leilão paga um valor fixo de bônus de assinatura do contrato e um percentual de óleo excedente da produção (descontado os custos de exploração e investimentos) a partir do mínimo exigido em edital.
Expectativas
Décio Oddone, diretor-geral da ANP, se mostrou desapontado e declarou que “Estou surpreendido, sim. Esperava que houvesse a contratação dessas três áreas (pelas quais a Petrobras manifestou direito de preferência)”, apontou. “Mas isso não tira o brilho do conjunto da obra dos leilões que realizamos este ano. O que foi contratado já garante a retomada da indústria”.
Estavam habilitadas a participar do leilão 17 empresas, mas nenhuma delas com exceção dos chineses que formaram o consórcio com a Petrobras fizeram ofertas evidenciando a insatisfação com o modelo de concessão brasileiro.
Na negociação pelo bloco de Uram, a Petrobras ofereceu o percentual mínimo de óleo excedente para a área que era de 29,96% e estão estimados que o ativo necessite de investimentos de R$ 278 milhões.
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