A Petrobras e a Amazônica Energy avançam na transição energética com a comercialização inédita de GNL em pequena escala, ampliando o acesso ao gás natural e fortalecendo o desenvolvimento sustentável da Região Norte
Em 10 de novembro de 2025, a Petrobras e a Amazônica Energy anunciaram a assinatura de um contrato pioneiro para a comercialização de GNL (gás natural liquefeito) em pequena escala, extraído do Polo Urucu, localizado em Coari (AM).
Este acordo representa um avanço estratégico na monetização das reservas da Bacia Sedimentar do Solimões, com o objetivo de levar gás natural a localidades isoladas da Região Norte, transformando a demanda logística e energética da região.
Petrobras e Amazônica Energy lideram inovação logística
O contrato tem duração inicial de dez anos, com previsão de início das operações em fevereiro de 2028. O volume contratado é de 100 mil metros cúbicos por dia, o suficiente para abastecer cerca de 6.600 veículos movidos a gás diariamente.
-
COP30 em Belém reacende debate sobre petróleo na foz do Amazonas após críticas de ambientalistas e povos tradicionais
-
Cresce o apoio da população à exploração de petróleo na Margem Equatorial, aponta pesquisa
-
Petróleo da Margem Equatorial no Amapá: nova receita estatal promete financiar infraestrutura, proteger terras indígenas e impulsionar o desenvolvimento regional sustentável
-
Chevron fecha compra dos blocos 9 e 10 no Suriname — 5.456 km² e 30% de operação reforçam avanço na bacia Guiana-Suriname
A parceria entre Petrobras e Amazônica Energy inaugura uma nova fase na infraestrutura energética da Amazônia. O modelo de comercialização em pequena escala de GNL permite que o combustível seja transportado por vias fluviais e terrestres, superando os desafios impostos pela geografia da região.
Álvaro Tupiassu, gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras, destacou que estão sendo desenvolvidas soluções logísticas com o objetivo de ampliar a oferta de gás natural e reduzir as emissões de carbono na região amazônica.
Além disso, o projeto visa atender cidades que atualmente não são contempladas pelo gasoduto Coari-Manaus, como Tefé, Tabatinga e outras localidades com acesso limitado à infraestrutura energética convencional.
Polo Urucu e o potencial do GNL como vetor de desenvolvimento
O Polo Urucu, situado a 363 km de Manaus, é uma das principais províncias petrolíferas do Brasil. Operado pela Petrobras desde os anos 1980, o polo possui infraestrutura consolidada para extração e processamento de gás natural. A iniciativa de comercializar GNL diretamente a partir de Urucu representa uma otimização dos ativos existentes, com foco em sustentabilidade e eficiência.
A transformação do gás em GNL permite maior flexibilidade no transporte, especialmente em regiões com baixa densidade populacional e difícil acesso. O processo de liquefação reduz o volume do gás em até 600 vezes, facilitando o armazenamento e distribuição.
A substituição de combustíveis fósseis por gás natural em comunidades amazônicas tem potencial para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.
Além dos benefícios ambientais, o projeto também promove inclusão energética, levando uma fonte limpa e eficiente a populações que dependem de geradores a óleo combustível. Isso contribui para a melhoria da qualidade de vida, saúde pública e desenvolvimento econômico local.
Logística inovadora: GNL em pequena escala como alternativa viável
A Amazônia apresenta desafios únicos para a distribuição de energia. A ausência de estradas pavimentadas, a dependência de rios navegáveis e a distância entre centros urbanos tornam a logística tradicional inviável em muitos casos.
O uso de GNL em pequena escala é uma resposta inteligente a esses obstáculos. A flexibilidade do transporte por balsas, caminhões criogênicos e embarcações adaptadas permite que o gás chegue a locais antes inacessíveis.
A Amazônica Energy, especializada em soluções energéticas para regiões remotas, será responsável pela distribuição e comercialização do GNL, atuando como parceira estratégica da Petrobras na execução do projeto.
Petrobras e Amazon Energy: geração de empregos e estímulo à indústria
A iniciativa também tem forte impacto econômico. A expansão da infraestrutura de gás natural na Região Norte pode estimular novos investimentos industriais, especialmente em setores como cerâmica, alimentos, hospitalidade e transporte.
Estudos indicam que o acesso à energia é um dos principais fatores para o crescimento de pequenas e médias empresas em regiões periféricas. Com o fornecimento contínuo de gás natural, espera-se a criação de centenas de empregos diretos e indiretos, além da capacitação de mão de obra local.
A presença de uma cadeia energética mais robusta pode atrair novos empreendimentos, fortalecer o comércio regional e ampliar a arrecadação municipal.
Segurança energética e soberania nacional com apoio da Petrobras
A diversificação da matriz energética brasileira é um dos pilares da segurança nacional. Ao investir em projetos como o do Polo Urucu, a Petrobras reforça seu papel estratégico na autossuficiência energética do país, reduzindo a dependência de combustíveis importados e fortalecendo a presença estatal na Amazônia.
A parceria com a Amazônica Energy representa um modelo replicável, que pode ser expandido para outras regiões com características logísticas semelhantes, como o Pantanal e o interior do Pará.
Além disso, o projeto contribui para o cumprimento das metas climáticas assumidas pelo Brasil em acordos internacionais, como o Acordo de Paris.
GNL e gás natural como pilares da transição energética brasileira
O contrato firmado entre Petrobras e Amazônica Energy em novembro é mais do que um acordo comercial: é um marco na transformação energética da Região Norte. Ao apostar no GNL em pequena escala, as empresas estão promovendo sustentabilidade, inclusão e inovação logística.
A iniciativa fortalece a economia local, protege o meio ambiente e amplia o acesso à energia limpa, alinhando-se aos compromissos climáticos do Brasil e às metas globais de descarbonização.
Com início previsto para 2028, o projeto promete redefinir o papel do gás natural na Amazônia, tornando-o um vetor de desenvolvimento e qualidade de vida para milhares de brasileiros.


Seja o primeiro a reagir!