Petrobras faz parte do grupo de 20 empresas responsáveis por mais de 1/3 das emissões de gases do efeito estufa desde 1965.
A Petrobras foi listada entre as vinte empresas produtoras de petróleo, gás natural e carvão que mais contribuem para a poluição global segundo o estudo, discutido pelo jornal britânico The Guardian nesta quarta-feira 9 de outubro. No início deste mês a estatal passou a reduzir o enxofre de combustível marítimo para 0,5% em detrimento ao meio ambiente.
O estudo avaliou o que as empresas globais extraíram do solo e as emissões subsequentes pelas quais esses combustíveis fósseis são responsáveis, desde 1965, ano em que os especialistas dizem que o impacto ambiental dos combustíveis fósseis começou a ser conhecido pelos líderes da indústria e pelos políticos.
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As 20 empresas produtoras de petróleo, gás natural e carvão são responsáveis por (35%) 480,16 bilhões de toneladas da emissão dos dois poluentes, em meio a um total de 1,35 trilhão de toneladas.
Compõe a lista 12 empresas estatais e oito privadas. Na liderança está a estatal saudita Saudi Aramco, responsável pela emissão de 59,26 bilhões de toneladas de dióxido de carbono e equivalentes, 4,38% do total mundial no período analisado.
Em seguida aparecem a americana Chevron, com 3,20% do total, e a russa Gazprom, com 3,19%. A Petrobras responde por 8,68 bilhões de toneladas de carbono equivalente, o que representa 0,64% do total.
A defesa da Petrobras
A Petrobras disse, por meio de nota da assessoria de imprensa, buscar maneiras de aplicar em suas operações “tecnologias que têm como consequência direta a redução da intensidade de carbono, com resultados significativos já alcançados”.
Segundo comunicado da empresa, “desde 2008, já foram reinjetadas 9,8 milhões de toneladas de CO2 dos campos de pré-sal na Bacia de Santos”, e até 2025, “a companhia projeta reinjetar cerca de 40 milhões de toneladas de CO2”.
“Entre 2009 e 2018, foi evitada a emissão de mais de 120 milhões de toneladas de CO2, o que equivale a dois anos de emissões totais da Petrobras”, diz o comunicado.
O chamado processo de reinjeção envolve separar o CO2 do petróleo e do gás extraído do poço e injetá-lo novamente no bolsão de petróleo ou gás, aumentando também a pressão interna o que acaba por induzir uma produção maior.
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