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Petrobras defende atual política de preços de combustíveis e caminhoneiros falam em nova greve

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 18/10/2021 às 18:16
Petrobras - combustíveis - greve - caminhoneiros
Caminhão da Petrobras/Fonte: Blog do Caminhoneiro

O presidente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, defendeu sua gestão e negou que a empresa seja a responsável pela alta de preços

Em entrevista ao UOL, o presidente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, defendeu sua gestão e negou que a empresa seja a responsável pela alta de preços. Silva e Luna defendeu a política de reajustes da empresa, em meio à disparada dos preços dos combustíveis e com a Petrobras no centro de críticas, inclusive da classe política. Já os caminhoneiros no último dia 16, após reunião realizada no Rio de Janeiro, prometeram uma nova paralisação a partir de 1º de novembro. Leia ainda esta notícia: Caminhoneiros ameaçam greve e podem parar a qualquer momento contra o novo aumento do diesel e preços dos combustíveis praticados pela Petrobras

O CEO da Petrobras defende o reajuste dos combustíveis

O general disse que a Petrobras não vai aceitar intervenção, que o “tabelamento de preços sempre trouxe as piores consequências”, que a busca pelo lucro não deve ser condenada e que a decisão sobre privatizar ou não a empresa cabe ao governo. “O que evita o desabastecimento nos mercados e viabiliza o crescimento equilibrado da economia é justamente a aceitação de que os preços são determinados pelo mercado, não por ‘canetadas’”, disse Silva e Luna.

A atual política de preços da Petrobras está em vigor desde outubro de 2016, no governo do presidente Michel Temer, que estabeleceu a Paridade de Preço de Importação (PPI), repassando os aumentos dos preços do petróleo no mercado internacional e também do dólar, que subiu quase 30% em 2020 e acumula alta de 5% neste ano. A política de preços da Petrobras causou a maior greve de caminhoneiros do país, em maio de 2018, que causou desabastecimento de produtos em todo o país. Na ocasião, Temer alterou as regras dos reajustes e demitiu o então presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Caminhoneiros projetam uma nova greve

Representantes de várias entidades de caminhoneiros estão alertando seus associados, para um possível desabastecimento de diesel por causa de cortes que a Petrobras estaria promovendo no fornecimento às distribuidoras. Um comunicado encaminhado no sábado (15), pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava), informa aos motoristas que a diminuição da oferta nos postos fará os autônomos sofrerem bastante já que, diferente de empresas ou frotas, eles não possuem bombas para manter o próprio abastecimento. 

Com o corte na entrega do combustível pela Petrobras, a Abrava aponta que provavelmente o diesel terá que ser importado, “o que gerará um acréscimo no valor do litro próximo a R$ 0,60 (sessenta centavos) graças à política de paridade internacional de preço dos combustíveis que a Petrobras segue”, diz o texto.

Em reunião realizada no Rio de Janeiro, no sábado, vários representantes de motoristas autônomos decidiram que a categoria entrará em greve caso a pauta de reivindicações não seja atendida. O alto preço do diesel é um dos pontos mais importantes. Para o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como ¨Chorão¨, o risco de desabastecimento também pesou no indicativo de greve. “Foi um motivo a mais”, diz ele.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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