Em resposta à decisão da Petrobras de ampliar os dias de trabalho presencial, cerca de 4 mil funcionários iniciaram uma greve de 24 horas. Os trabalhadores criticam a falta de diálogo e defendem a manutenção do modelo atual de teletrabalho, que consideram benéfico para a saúde mental e produtividade.
O trabalho remoto ganhou força durante a pandemia e, para muitas empresas, tornou-se parte da rotina.
No entanto, algumas companhias têm revisto essa política e determinado o retorno gradual ao trabalho presencial.
Esse é o caso da Petrobras, que recentemente anunciou mudanças na carga horária presencial de seus funcionários administrativos, gerando insatisfação entre os trabalhadores.
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A decisão da petroleira determinou o aumento dos dias de trabalho presencial, passando de dois para três por semana.
A mudança foi recebida com resistência por parte de cerca de 4 mil funcionários, que entraram em greve por 24 horas para protestar contra a medida.
Segundo a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a decisão foi unilateral e não considerou os impactos na vida dos trabalhadores.
protesto e paralisação nas unidades da Petrobras
Os protestos ocorreram em quatro escritórios da Petrobras no Rio de Janeiro, onde centenas de empregados se reuniram para reivindicar a manutenção do regime atual de trabalho híbrido.
Conforme a rede de TV Bandeirantes, a mobilização foi organizada pelo Sindipetro-RJ e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que criticam a falta de diálogo da estatal com a categoria.
A diretora do Sindipetro-RJ e da FNP, Ana Paula Baião, ressaltou que a decisão foi imposta sem negociação.
“A Petrobras, de uma forma intransigente, mudou o regramento sem considerar os interesses dos trabalhadores e o impacto na cidade. O que queremos é que a companhia suspenda essa decisão e sente para negociar. O teletrabalho contribui para a saúde mental e qualidade de vida dos trabalhadores, sem prejudicar a produtividade da empresa”, afirmou Baião.
Enquanto no Rio houve greve, outras localidades optaram apenas por manifestações e atraso na entrada dos turnos de trabalho.
Sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizaram protestos em Minas Gerais, Bahia, Vitória e no Norte Fluminense, mas sem adesão à paralisação total.
Petrobras justifica mudanças e diz que impacto da greve foi nulo
Em nota oficial, a Petrobras minimizou os efeitos da paralisação e afirmou que suas operações não foram afetadas.
A empresa reiterou que respeita o direito de greve e mantém um canal de diálogo com os sindicatos para discutir as novas diretrizes do modelo híbrido.
A estatal justificou a decisão alegando que o aumento da carga horária presencial tem como objetivo melhorar a integração das equipes e os processos de gestão.
A medida também acompanha um momento de expansão da empresa, que prevê novos investimentos e contratações que exigem treinamento e ambientação de novos funcionários.
Segundo a Petrobras, as mudanças seguem as diretrizes do seu Plano Estratégico e buscam equilibrar as necessidades da empresa com as expectativas dos empregados.
A estatal declarou ainda que monitora tendências de mercado para avaliar a evolução dos modelos de trabalho no setor.
Como será o novo regime híbrido da Petrobras?
O modelo de trabalho híbrido implantado na Petrobras permitia até então que funcionários administrativos trabalhassem dois dias presencialmente e três dias de forma remota.
Com a nova determinação, a partir de 7 de abril de 2025, a proporção será invertida, exigindo três dias presenciais e dois em home office.
A empresa argumenta que essa alteração não impacta a produtividade, mas melhora a colaboração e o engajamento das equipes.
No entanto, os sindicatos alegam que a decisão pode gerar transtornos aos trabalhadores, sobretudo aqueles que enfrentam longos deslocamentos ou que estruturaram suas rotinas com base no regime atual.
mobilizações devem continuar?
Mesmo com o fim da paralisação de 24 horas, os sindicatos já indicam que novas mobilizações podem ocorrer.
A FNP mantém a posição de que a decisão deve ser revista, e reivindica a abertura de um novo canal de diálogo com a diretoria da Petrobras.
Além da questão do home office, os sindicatos também discutem outras pautas relacionadas às condições de trabalho e políticas internas da empresa.
Dependendo da resposta da Petrobras, a possibilidade de novas paralisações não está descartada.
A estatal, por sua vez, não deu sinais de que pretende rever a decisão, mas reforçou que continuará aberta ao diálogo com os representantes dos empregados.
Com o prazo para a nova política se aproximando, a expectativa é que os desdobramentos dessas negociações ocorram nas próximas semanas.
Boa tarde como enviar o currículo?
Título equivocado. Segundo o texto, não seria o FIM, mas diminuição. Só esse título leva dirigentes de outras grandes empresas, considerarem mudanças acreditando que, se uma grande estatal mudou o sistema, deve ter fortes indícios de prejuizo com o home office, o que não é verdade.
Petroleiros acham que mandam na Petrobrás e que suas vontades devem ser acatadas. O trabalho presencial nunca foi estressante na estatal onde a liberdade de horário e outras benefices deixam o ambiente de trabalho leve porém, com as obrigações inerentes aos cargos. Retornar ao trabalho presencial renova a gestão. Parabéns aos gestores e que o trabalho remoto seja extinto na sua totalidade em breve.