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Petrobras autoriza estudos para construir mega centro logístico no Amapá enquanto inicia exploração na Foz do Amazonas, em área considerada a nova fronteira petrolífera brasileira

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 31/10/2025 às 11:46
A Petrobras avança com estudos para um centro logístico no Amapá e inicia exploração na Foz do Amazonas, consolidando nova fronteira energética brasileira.
A Petrobras avança com estudos para um centro logístico no Amapá e inicia exploração na Foz do Amazonas, consolidando nova fronteira energética brasileira.
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A estatal confirmou o início dos estudos para um mega centro logístico no Amapá, voltado a dar suporte às operações na Foz do Amazonas, região que desponta como a nova fronteira de exploração offshore do Brasil e que já mobiliza empresas globais do setor.

A Petrobras autorizou a Transpetro, sua subsidiária de logística, a iniciar estudos técnicos e de viabilidade para a instalação de um centro logístico no litoral do Amapá, como parte da estrutura de apoio à exploração do bloco em perfuração na Foz do Amazonas. A medida ocorre uma semana após a liberação ambiental do Ibama para a perfuração do primeiro poço exploratório na região, localizada na costa de Oiapoque, extremo norte do país.

O empreendimento marca um avanço na estratégia da estatal de expandir o mapa de exploração para áreas consideradas de alto potencial geológico, semelhantes às da Guiana, onde grandes reservas foram descobertas na última década. O governo do Amapá vê o projeto como oportunidade de transformação econômica e início de um novo ciclo de investimentos estruturantes na região.

O contexto da exploração na Foz do Amazonas

A Foz do Amazonas é classificada como uma das fronteiras petrolíferas mais promissoras do planeta, com formações geológicas comparáveis às bacias guianesas e surinamesas, onde a ExxonMobil lidera descobertas expressivas.

O poço em perfuração pela Petrobras deve levar cerca de cinco meses para ser concluído, etapa essencial para avaliar o potencial comercial da área.

O início das operações ocorre após um longo processo de licenciamento ambiental e consultas técnicas conduzidas pelo Ibama.

A estatal reforçou que o projeto segue padrões internacionais de segurança e monitoramento ambiental, em conformidade com protocolos de proteção da biodiversidade marinha e das comunidades locais.

O papel estratégico do centro logístico no Amapá

A implantação de um centro logístico de grande porte no Amapá é vista como elemento fundamental para sustentar a fase de exploração e futura produção.

A estrutura deverá concentrar operações de armazenamento, transporte, abastecimento e suporte offshore, reduzindo custos operacionais e ampliando a autonomia da base norte da companhia.

De acordo com o governador Clécio Luís, que participou da OTC Brasil 2025, o Estado trabalha para adequar legislações, preparar áreas e qualificar mão de obra, antecipando as demandas que podem surgir em caso de descoberta comercial.

“Estamos nos preparando para absorver os efeitos econômicos e sociais desse investimento, garantindo estrutura local para atender à Petrobras e seus parceiros”, afirmou durante o evento.

Cidades cotadas e condições para a instalação

Os estudos da Transpetro deverão considerar diferentes opções de localização, com Calçoene e Santana entre as mais prováveis.

Calçoene, situada entre Oiapoque e Macapá, possui grande área disponível e está próxima de outros blocos em análise exploratória.

Santana, por outro lado, apresenta infraestrutura portuária pré-existente e acesso facilitado à capital, o que favorece sua adaptação para operações industriais e logísticas.

Oiapoque, que abriga a base inicial de apoio às sondas de perfuração, não deve sediar o centro logístico devido à proximidade com terras indígenas e unidades de conservação, fatores que limitam o uso do solo para empreendimentos de grande porte.

A definição do local definitivo dependerá da conclusão dos levantamentos técnicos e ambientais, que ainda não têm prazo divulgado.

Desafios e preocupações ambientais

O licenciamento para a exploração na Foz do Amazonas foi comemorado por autoridades locais e pelo governo federal, mas também provocou críticas de grupos ambientais.

As principais preocupações envolvem o risco de impactos sobre ecossistemas marinhos e comunidades tradicionais do litoral do Amapá, uma das áreas mais preservadas da Amazônia costeira.

A Petrobras reforçou que dispõe de planos de contingência, equipes de monitoramento e sistemas de resposta emergencial específicos para atividades em águas profundas, com protocolos alinhados às melhores práticas internacionais.

A empresa sustenta que a exploração na região seguirá critérios técnicos e ambientais rigorosos, compatíveis com sua política de sustentabilidade e governança corporativa.

Impacto econômico e projeções para o Estado

Com cerca de 800 mil habitantes, o Amapá é um dos estados de menor PIB per capita do país, mas pode ver sua realidade econômica mudar substancialmente caso a exploração na Foz do Amazonas confirme volumes comerciais relevantes.

O governo estadual projeta aumento expressivo na arrecadação e entrada de royalties capazes de financiar políticas de infraestrutura, saneamento e educação técnica.

Além da Petrobras, empresas globais de engenharia e energia, como SBM Offshore, Siemens, Subsea 7 e Technip FMC, já manifestaram interesse em avaliar oportunidades de instalação no Estado, sinalizando o potencial de formação de um novo polo industrial ligado à cadeia offshore.

Você acredita que o avanço da Petrobras na Foz do Amazonas pode equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental na região amazônica?

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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