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Petrobras aumenta produção e busca novas reservas para garantir abastecimento de petróleo e gás por mais 12 anos

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 29/01/2024 às 13:51
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Fachada do edifício sede da Petrobras (Edise) na Avenida Chile, no Rio de Janeiro – Todos os direitos: EPBR

A Petrobras encerrou 2023 com 10,9 bilhões de boe; 84% são óleo e 16% gás natural. Novas escaladas em petróleo e gás, produção elevada e redução de custos impulsionaram o valor de mercado.

A Petrobras está investindo em novas tecnologias para explorar as reservas de petróleo e gás que possui, garantindo assim sua posição de destaque no mercado nacional e internacional.

A petroleira estatal vem passando por uma série de mudanças para se adaptar ao cenário global, buscando se modernizar e se tornar mais competitiva. As ações da Petrobras no mercado têm sido tema de debate entre especialistas e investidores, que acompanham de perto as movimentações da empresa.

Relatório da Petrobras sobre reservas de petróleo

A estatal Petrobras divulgou informações sobre suas reservas de petróleo que indicam um suprimento suficiente para mais de 12,2 anos, mantendo o atual nível de produção. De acordo com a empresa, o fechamento do ano de 2023 revelou um acúmulo de 10,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), sendo 84% óleo e condensado, e 16% de gás natural.

  • O critério das reservas, definido pela DeGolyer and MacNaughton (D&M), certifica as quantidades existentes conforme o critério SEC. Já o padrão da ANP/SPE, que considera a extração além dos contratos atuais de concessão, registra um total de 11,1 bilhões de boe.

Com um aumento líquido de 400 milhões de boe nas reservas, a companhia anunciou um adicional de 1,5 bilhão de boe ao longo de 2023, desconsiderando a produção de 900 milhões de boe e o desinvestimento de 200 milhões de boe.

De acordo com a Petrobras, o próximo desafio é manter a ampliação das reservas, especialmente no pré-sal, que se prevê entrar em declínio na próxima década sem novas descobertas.

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  • A empresa destacou a importância de investir na maximização do fator de recuperação e na exploração de novas fronteiras para repor as reservas de petróleo e gás. A expectativa é que, sem novas descobertas, a produção de petróleo no pré-sal atinja o pico entre 2029 e 2030, de 4,3 milhões de barris/dia, e entre em declínio em seguida.

Foco da Petrobras na Margem Equatorial

A grande aposta exploratória da Petrobras está na Margem Equatorial, uma área litorânea que abrange diversas bacias, como Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

Até o momento, a empresa está enfrentando a oposição do Ibama, especialmente na Foz do Amazonas, em meio a entraves ambientais que ainda carecem de uma previsão para serem superados.

Apesar das dificuldades na Foz do Amazonas, a Petrobras tem avançado na exploração da Bacia Potiguar, também localizada na Margem Equatorial. A estatal concluiu a primeira perfuração do poço de Pitu Oeste, identificando a presença de hidrocarboneto, mesmo que as evidências sobre a viabilidade econômica ainda sejam inconclusivas.

  • O próximo passo é a segunda perfuração na Bacia Potiguar, no poço Anhangá, na concessão POT-M-762, que está prevista para fevereiro e marcará mais um avanço na exploração da região.

Geopolítica do petróleo: guerra no Oriente Médio

Enquanto a Petrobras se concentra em suas operações, a geopolítica do petróleo continua a influenciar os mercados, especialmente devido à nova escalada de conflitos no Oriente Médio. Um ataque com drones a uma base militar na Jordânia, atribuído ao Irã, aumentou a expectativa de uma participação mais incisiva dos EUA nos conflitos da região.

  • Os recentes ataques tornaram mais tensas as relações entre os EUA e o Irã, que agora enfrentam a ameaça de retaliação das forças americanas.
  • Além disso, o Irã também oferece suporte aos Houthis, responsáveis por ataques que afetam a navegação de carga no Mar Vermelho, ampliando as tensões na região.

Impactos do Oriente Médio nos preços do petróleo

Um possível agravamento dos conflitos no Oriente Médio contribuirá para pressionar ainda mais o preço do petróleo, que já registrou uma alta significativa nas últimas semanas, atingindo níveis de US$ 78,01 para o WTI e US$ 83,55 para o Brent, em março. esse. O recente aumento dos preços já reflete não apenas os conflitos geopolíticos, mas também o desempenho econômico dos EUA e estímulos na China, resultando em uma alta de 6% nas últimas semanas.

Impacto no setor energético

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Joe Biden, anunciou a suspensão temporária de novos projetos de exportação de gás natural liquefeito (GNL), sob pressão de ambientalistas, enquanto avalia o impacto da indústria de GNL. Essa medida tem reflexos significativos no mercado global de energia, uma vez que os Estados Unidos têm se destacado como um grande exportador de GNL nos últimos anos.

  • Por outro lado, a China registrou um crescimento expressivo na instalação de energia solar, ultrapassando o recorde de 87,4 GW em 2022, com a instalação de 216,9 GW de energia solar em 2023, superando toda a capacidade atual dos Estados Unidos, segundo dados da BloombergNEF.
  • Além disso, a petroleira francesa TotalEnergies registrou novos pedidos de licenciamento no Ibama para parques eólicos offshore, somando 12,1 GW em capacidade instalada, ampliando ainda mais a presença das energias renováveis no setor energético global.
  • Ao mesmo tempo, a produtora de energia renovável Qair e a fabricante de aeronaves Airbus assinaram um memorando de entendimento para identificar oportunidades comerciais para combustíveis sintéticos (e-SAF), produzidos a partir de hidrogênio verde, atentando para a importância de buscar alternativas mais sustentáveis para a matriz energética global.

Fonte: EPBR

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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