A Petrobras havia iniciado um plano de venda da sua participação nas águas profundas do Bloco de Tayrona. Após a descoberta de gás offshore junto à Ecopetrol, a estatal abandonou o projeto.
A petroleira estatal Petrobras abandonou o seu projeto de venda da sua participação de 44% no Bloco de Tayrona, em águas profundas da Colômbia, e segue com o ativo nesta quarta-feira, (03/05). A decisão veio após a descoberta de um projeto com alto potencial de exploração de gás offshore na região, onde divide a participação com a petroleira Ecopetrol. Agora, ela se prepara para intensificar a atuação na região e aproveitar o empreendimento nos próximos anos.
Petrobras seguirá com sua participação de 44% no Bloco de Tayrona, em águas profundas da Colômbia, após projeto de gás offshore
A Petrobras, empresa brasileira de energia, anunciou na semana passada que decidiu manter sua participação na área de águas profundas de Tayrona, na Colômbia.
A decisão foi tomada depois de uma avaliação técnica e financeira da área exploratória de petróleo e gás natural.
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O bloco Tayrona está localizado na costa da Colômbia, e é uma área de grande potencial para exploração de recursos naturais.
A Petrobras possui uma participação de 44% na área, em parceria com a empresa estatal colombiana Ecopetrol, que detém 56% de participação.
Segundo a Petrobras, a decisão de manter sua participação na área de Tayrona está em linha com a estratégia da empresa de focar em ativos de classe mundial e de alta rentabilidade.
A decisão foi anunciada por um executivo da Petrobras durante uma conferência de energia em Houston na última segunda-feira.
A empresa brasileira havia colocado sua participação à venda após resultados negativos de exploração em um poço anterior, mas agora reconhece a relevância do projeto.
A descoberta de gás natural no bloco Tayrona, a 32 quilômetros da costa da Colômbia, é considerada promissora pela estatal e pela Ecopetrol.
Até 4 trilhões de pés cúbicos (TCF) de reservas de gás natural podem ser confirmados em Tayrona, segundo o executivo.
A Colômbia visa acelerar o desenvolvimento de suas reservas de gás offshore para impulsionar as indústrias de energia e petroquímica do país, e evitar a necessidade de importações.
Uma nova campanha de perfuração está prevista para 2024, e a produção de gás offshore deve começar em 2026.
Decisão da estatal em manter a participação no Bloco de Tayrona pode impulsionar mercado de gás offshore na América Latina
A decisão da Petrobras de não vender sua participação no projeto de gás offshore é um passo importante para a empresa e para a indústria de energia da América Latina.
A descoberta de gás offshore no Bloco de Tayrona é vista como uma oportunidade significativa para a Colômbia, que tem em vista aumentar sua produção e se tornar mais autossuficiente, aproveitando a presença da estatal e da Ecopetrol na área.
Elas estão otimistas quanto ao potencial do projeto, e a decisão da Petrobras de permanecer como parceira é um sinal positivo para a indústria e para a economia da região.
A Petrobras está analisando as informações coletadas na última campanha de perfuração. “Dependendo dessa análise, talvez possamos acelerar (a próxima campanha de perfuração). Estamos tendo uma experiência muito boa”, afirmou Carlos Travassos, diretor de desenvolvimento de produção da estatal.
Além disso, a decisão também reflete a visão da Petrobras de longo prazo e seu compromisso com o desenvolvimento do mercado de combustíveis na América Latina.
A sua presença na região da Colômbia será essencial para atrair ainda mais investimentos à exploração de óleo e gás na área.
Com a desistência do plano de venda da sua participação no Bloco de Tayrona, a Petrobras agora se prepara para se aproximar ainda mais da Ecopetrol na exploração do gás offshore.