Com a previsão de uma futura escassez de petróleo no mundo em 2050, pesquisadores destacam a resina como uma alternativa para substituir o petróleo. O material é um elemento biodegradável que pode produzir plástico e se decompõe mais rápido do que os derivados de petróleo
Pensando em substituir o petróleo, pesquisadores do outro lado do mundo estão “revivendo” tradições que foram passadas por gerações, para a existência da humanidade. Existe um local entre Tierra de Pinares e Sierra de Gredos, na Espanha, formada por uma floresta de pinheiros que liberam uma espécie de resina. O local de 400 mil hectares estende sua beleza até as montanhas, mas o que torna tão especial são suas resinas, que durante milhares de anos foi usada por diversas civilizações. De acordo com pesquisadores, a resina é um elemento biodegradável que pode, assim como o petróleo, produzir plástico.
Leia também
Pesquisadores destacam as vantagens da resina como uma alternativa capaz de substituir o petróleo
De acordo com os pesquisadores, a boa notícia é que a resina se decompõe mais rápido do que o plástico, derivado de petróleo, utilizado atualmente. A resina, alternativa para substituir o petróleo, também é muito usada na indústria farmacêutica e em aplicações de construção. Na Espanha, cerca de 95% de sua extração ocorre em cidades como León e Castilla. Daí vem a importância de manter essas florestas ancestrais conservadas.
De acordo com os pesquisadores, caso o governo espanhol prestasse mais atenção à essa atividade, que pode substituir o petróleo, os produtores poderiam trabalhar durante todo o ano nas montanhas. Sendo assim, os jovens também poderiam voltar à sua terra natal e o ecoturismo teria um aumento significativo.
- Vitória do petróleo e gás? Empresas petrolíferas estão se afastando da energia verde e faturando BILHÕES com combustíveis fósseis
- Petrobras choca o mundo ao prometer TRANSFORMAR o Brasil com investimento de US$ 111 BILHÕES e geração de milhares de empregos! Será a virada do país?
- Petrobras tem plano audacioso de investimentos: a área de exploração e produção contará com um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), enquanto US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) serão destinados ao refino
- Brasil e Argentina fecham mega-acordo para importar gás natural barato e revolucionar a integração energética na América do Sul!
Conheça a GO- RESINLAB
Já existe um grupo operacional com foco exclusivo no uso de resina para substituir o petróleo. O grupo Operacional RESINLAB é um laboratório experimental composto por uma rede de parcelas. Gestores, Proprietários, Pesquisadores, a indústria de transformação e fabricantes de resinas atuarão juntos para desenvolver inovação nos processos para obter a matéria prima.
Além disso, buscarão modelos profissionais que possibilitam uma rentabilidade maior aos proprietários de resinas e aos fabricantes e também no aprimoramento da cadeia de valor que garante a manutenção da atividade do mercado nacional.
O laboratório conta com três objetivos:
- Promoção de novas formas de profissionalização no setor;
- Criação de novas tecnologias de extração que tragam uma maior sustentabilidade da exploração na rede de parcelas do grupo operacional;
- Criação de um observatório de dados.
Entenda porque a extração de resina tem perdido forças
A extração de resina nos pinheiros é uma das atividades florestais tradicionais que mais demonstra a essência e a sustentabilidade do manejo florestal. Entretanto, a falta de mão de obra qualificada, o abandono rural, a sua baixa rentabilidade por conta das várias horas de trabalho e a situação do mercado internacional tem enfraquecido a atividade, comprometendo a gestão sustentável de vários hectares de terra.
No GO-RESINLAB, variadas técnicas de extração de resina serão estudadas para que seja melhorada a eficiência e a sustentabilidade no uso para substituir o petróleo, assim como a qualidade obtida.
Um avanço em eficiência no processo de manuseio e extração do produto é fundamental para que as condições de trabalho do produtor sejam melhoradas e também resolver problemas em regiões com pouca mão de obra.