Inglês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
A busca por soluções energéticas mais eficientes e sustentáveis impulsiona o avanço de novas tecnologias. Agora, pesquisadores suecos acreditam que os LEDs de perovskita podem substituir as lâmpadas tradicionais, oferecendo benefícios como menor consumo de energia e maior durabilidade.
Os LEDs de perovskita estão emergindo como uma alternativa promissora às luzes tradicionais.
Com custo reduzido, alta eficiência e um impacto ambiental potencialmente menor, esses novos diodos emissores de luz podem mudar a maneira como iluminamos casas e dispositivos eletrônicos.
O Que SSão LEDs de Perovskita?
Diferente dos LEDs convencionais, que utilizam materiais caros como nitreto de gálio, os LEDs de perovskita (PeLEDs) são feitos de um mineral composto por óxido de cálcio e titânio.
- Monte Adams em alerta! Série de terremotos pode indicar atividade no vulcão mais ameaçador de Washington
- Informações vazadas apontam que o iPhone 17 Air pode ser o mais fino da história da marca
- Hidrogel autocurativo imita de perto a pele humana e promete revolucionar a medicina e a robótica com uma nova era de materiais inteligentes
- China desenvolve satélite espião com câmera a laser capaz de identificar rostos a mais de 100 km da Terra
Esse material já é conhecido por sua aplicação em painéis solares, mas agora ganha destaque na iluminação e em telas eletrônicas.
Os PeLEDs têm o potencial de serem mais baratos e fáceis de fabricar, além de oferecerem cores vibrantes. Feng Gao, professor de optoeletrônica da Universidade de Linköping, na Suécia, afirma que essa tecnologia pode representar a próxima geração de LEDs.
Benefícios e desafios
Para que os PeLEDs substituam os LEDs tradicionais, alguns desafios precisam ser superados.
Pesquisadores avaliaram 18 tipos diferentes de PeLEDs em termos ambientais e econômicos. Os dispositivos testados abrangem diversas cores, como vermelho, verde, azul, branco e infravermelho.
Os resultados mostraram que os PeLEDs têm um desempenho ambiental semelhante ao dos LEDs orgânicos (OLEDs). No entanto, ainda existem pontos a melhorar, especialmente em relação à produção e descarte.
Impacto ambiental
Uma análise do ciclo de vida dos PeLEDs revelou que o maior impacto ambiental ocorre na fase de produção, devido ao consumo de eletricidade e uso de substâncias específicas.
Solventes orgânicos, como acetona e isopropanol, têm um peso considerável no impacto ambiental da fabricação.
Os especialistas sugerem que avanços na produção podem reduzir esses impactos, tornando os PeLEDs uma opção ainda mais sustentável no futuro.
Vida útil
Para serem viáveis comercialmente, os PeLEDs precisam durar pelo menos 10.000 horas. Atualmente, os melhores dispositivos duram apenas algumas centenas de horas.
Muyi Zhang, doutorando na Universidade de Linköping, afirma que avanços estão sendo feitos para aumentar essa durabilidade.
A longevidade dos LEDs de perovskita será um fator decisivo para sua adoção em larga escala. Se essa questão for resolvida, eles podem superar os LEDs tradicionais em custo e eficiência.
Potencial de mercado
Além da iluminação, os PeLEDs podem ser utilizados em telas de dispositivos eletrônicos, comunicações e até equipamentos médicos.
Estudos recentes mostraram que esses LEDs podem ser milhares de vezes mais brilhantes que os OLEDs, ampliando suas aplicações.
Estima-se que, no futuro, o custo dos PeLEDs possa ser de aproximadamente US$ 100 por metro quadrado, tornando-os competitivos com outras tecnologias de iluminação e displays.
Com investimentos contínuos, os LEDs de perovskita podem se tornar a opção predominante no mercado.
O estudo conclui que os PeLEDs têm grande potencial de comercialização a longo prazo. Se sua vida útil for ampliada, essa tecnologia poderá transformar a forma como utilizamos a iluminação em nosso dia a dia.
Estudo publiado em Nature Sustainability.
