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Fomos a fundo na engenharia do Maverick, a fortaleza sobre rodas usada por tropas de elite. Descubra do que é feita sua couraça, qual motor o move e quanta tecnologia ele carrega para sobreviver em zonas de conflito.
Imponente, intimidador e projetado para resistir ao extremo. O veículo blindado popularmente conhecido como “Caveirão”, um ícone das operações de forças especiais como o BOPE, é muito mais do que um simples veículo de transporte. É uma ferramenta de sobrevivência, uma fortaleza móvel cuja engenharia é focada em um único objetivo: proteger sua tripulação em um dos ambientes mais hostis do mundo.
Mas o que há por trás da lenda? O modelo mais moderno em uso por diversas forças policiais no Brasil é o Maverick, fabricado pela sul-africana Paramount Group. Fizemos um raio-x completo na tecnologia e na engenharia desta máquina para responder às principais dúvidas sobre ela.
‘A Casca do Tatu’: de que material é feita a blindagem?
A principal característica de um veículo como o Maverick é sua couraça. Ele não é feito de aço comum. A estrutura é um monobloco de aço balístico soldado, projetado para oferecer proteção máxima. A blindagem do Maverick atinge o nível de proteção STANAG 4569 Nível III.
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- O que isso significa na prática? Significa que a blindagem do casco e dos vidros é capaz de resistir a múltiplos impactos de munição de fuzil calibre 7.62mm, o tipo de armamento pesado frequentemente encontrado em situações de confronto. Além disso, o design do casco em formato de “V” na parte inferior é uma herança de veículos militares, projetado para defletir a energia de explosões de minas ou artefatos explosivos improvisados para longe da cabine da tripulação.
Qual motor move as 13 toneladas?
Mover um veículo que pesa, dependendo da configuração, entre 11 e 15 toneladas com a agilidade necessária para uma operação tática exige um motor extremamente potente. O Maverick é equipado com um motor Cummins de 6.7 litros, turbodiesel de 6 cilindros, acoplado a uma transmissão automática.
Este conjunto mecânico gera a força necessária não apenas para o transporte de até 11 policiais equipados mais o motorista e o comandante, mas também para superar obstáculos. A engenharia do veículo permite que ele atravesse barricadas, mesmo em chamas, e opere em terrenos urbanos degradados com máxima eficiência.
Tecnologia embarcada: os ‘sentidos’ da fortaleza
Além da força bruta, o Maverick conta com uma série de tecnologias para aumentar a consciência situacional e a capacidade de resposta da equipe.
- Seteiras de Disparo: pequenas aberturas na blindagem que permitem que a tripulação dispare de dentro do veículo com segurança.
- Pneus Run-Flat: os pneus são projetados para continuar rodando por vários quilômetros mesmo após serem perfurados por tiros, garantindo que o veículo não fique imobilizado em uma zona de risco.
- Sistemas de Câmeras: pode ser equipado com câmeras de 360 graus e visão térmica ou noturna, permitindo que a equipe observe o ambiente externo sem se expor.
- Torre para Armamento: possui uma escotilha no teto onde pode ser montada uma estação de armas para um atirador.
A linha de fundo: quanto custa um ‘Caveirão’?
O valor de um veículo tático como este varia muito dependendo do nível de blindagem, dos opcionais tecnológicos e do tamanho do contrato de compra. No entanto, com base em licitações e compras realizadas por governos estaduais no Brasil, estima-se que o custo de cada unidade do blindado Maverick fique entre R$ 1,5 milhão e R$ 2,5 milhões. É um investimento pesado em tecnologia, focado exclusivamente na proteção e na capacidade operacional das equipes de segurança em cenários de altíssimo risco.
Na sua opinião, qual a tecnologia mais impressionante embarcada em um veículo como o Maverick? E qual o papel da engenharia avançada na segurança pública moderna?
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