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Parques eólicos offshore só deverão iniciar produção de energia em 2030, segundo a Abeeólica

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 01/06/2022 às 14:54
A Abeeólica está com projeções para o início da produção de energia offshore com a instalação de parques eólicos no mar para o ano de 2030
Foto: Pixabay

A Abeeólica está com projeções para o início da produção de energia offshore com a instalação de parques eólicos no mar para o ano de 2030 e, até lá, as empresas aguardam as novas regulamentações em relação aos projetos que estão em desenvolvimento

Segundo as projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) para essa quarta-feira, (01/06), os parques eólicos offshore só devem iniciar as operações por volta do ano de 2030. Atualmente, diversas empresas aguardam as regulamentações em relação à produção de energia eólica no mar e, com a entrega das normas previstas para o ano de 2022, elas poderão dar continuidade aos projetos de construção dos parques eólicos offshore. 

Produção de energia eólica offshore poderá iniciar por volta do ano de 2030 com o início da operação dos parques eólicos no mar, de acordo com a Abeeólica

A produção de energia eólica em alto mar, também conhecida como offshore, é a mais nova aposta do segmento energético para os próximos anos na costa brasileira, em razão do alto potencial de geração da energia. Mas, segundo Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica, o início da operação dos parques eólicos poderá demorar um pouco e a executiva avalia que, pelo menos, nos próximos 7 anos, não haverá ainda um empreendimento em operação offshore no país.

A presidente da Abeeólica ainda reforça: “Esperamos a regulamentação para este ano e, sendo assim, acredito que o primeiro leilão de energia elétrica para segmento offshore deverá ocorrer em 2023. A partir de então, as empresas precisarão entre cinco e sete anos para construir uma instalação eólica offshore”.

Assim, a expectativa é de que o início da produção de energia eólica offshore seja iniciada por volta do início do ano de 2030, com as empresas cada vez mais investidas nessa nova alternativa para o segmento energético. Isso acontece pois, atualmente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) tem em mãos mais de 80 GW de projetos offshore em análise, comprovando a busca das companhias energéticas pela geração offshore.

Apesar dos altos custos de instalação e necessidade de um forte investimento inicial para a construção dos parques eólicos, essa é a nova grande jogada das grandes companhias para o segmento. E, entre as interessadas na produção de energia eólica offshore estão a Shell Energy, TotalEnergies, Equinor e a Acciona, as quais buscam fortemente as regulamentações para o desenvolvimento dos projetos. 

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Parques de energia eólica offshore são a nova aposta do segmento energético para o futuro do mercado de produção no Brasil 

Apenas entre os anos de 2020 e 2021 a capacidade adicional de energia eólica offshore no mundo mais do que triplicou, passando de 6 GW para 21 GW e, com isso, o mercado nacional enxerga agora os benefícios desses empreendimentos.

Assim, a Abeeólica agora vê um forte cenário futuro para o segmento no Brasil, principalmente após a publicação do Decreto 10.946, que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais no mar para a geração de energia elétrica offshore. 

Isso acontece principalmente em razão dos fortes ventos na costa brasileira, os quais os projetos offshore têm observado em diferentes regiões do país um fator médio de capacidade de 41%, superior ao de projetos onshore, com média 36%. Além disso, a integração com o setor petrolífero também é um dos atrativos para as empresas que analisam a instalação de parques eólicos offshore no Brasil. 

Agora, companhias e a Abeeólica aguardam as regulamentações em relação aos projetos, previstas para serem entregues ainda em 2022, e esperam um futuro de fortes investimentos e aplicações financeiras no mercado brasileiro.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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