Governo do Paraná realiza parceria com Compagas e Scania para utilizar ônibus movido a GNV no transporte coletivo urbano da região metropolitana de Curitiba.
O governo do Paraná, em parceria com a Compagas e Scania, planeja implementar a partir desta sexta-feira (3), um ônibus movido a GNV no transporte coletivo urbano da região metropolitana de Curitiba. O veículo está em fase de teste de um mês e tem como objetivo certificar os indicadores de eficiência e reduzir as emissões de gases poluentes.
Ônibus movido a GNV da Compagas e Scania conta com 280 cavalos
O modelo utilizado pelo governo do Paraná integrará a frota da Viação São José e fará a linha São José/Guadalupe, com trajeto diário de mais de 280 km entre São José dos Pinhais e Curitiba. Após os testes iniciais, a ideia é que o ônibus movido a GNV da Scania e Compagas rode por mais 30 dias em uma linha municipal. A Scania é a montadora por trás do Padron K 280, com 13,2 metros de comprimento e capacidade para 86 passageiros.
O veículo conta com 280 cavalos de potência, com um motor Ciclo Otto. O modelo não é convertido do diesel para o gás, mas pode atuar tranquilamente com o GNV, biometano ou com ambos os combustíveis. Para a fase de teste, foram instalados no ônibus oito cilindros de gás na lateral dianteira com uma autonomia de 300 km.
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A Scania afirma que é possível avaliar a colocação de mais cilindros caso o cliente opte por uma autonomia maior. A iniciativa é realizada pela Compagas, em parceria com a Agência de Assuntos Metropolitanas do Paraná (AMEP) e com o Governo do Paraná.
Carlos Massa Ratinho Junior, governador do estado, destacou que o objetivo é ampliar a frota de veículos do transporte público com ônibus que utilizem o gás natural no futuro, se a ação apresentar resultados positivos.
Ônibus movido a GNV da Scania não deve passar por alterações significativas
Segundo o governador, com os testes sendo aprovados, o objetivo é ajudar os municípios do Paraná a expandirem sua frota movida a gás natural, para que o custo operacional fique menor, visto que o diesel no dia a dia acaba sendo caro para o transporte público.
Para tornar o ônibus movido a GNV viável, a Compagas afirmou que não serão necessárias alterações importantes nos projetos das carrocerias. As instalações dos cilindros de gás podem ser realizadas entre as longarinas do Chassi ou sobre o teto. Caso seja necessária uma autonomia maior, é possível estudar a colocação de mais cilindros.
O veículo conta com três válvulas que liberam o gás em caso de anomalia em um destes três quesitos. Já os cilindros, a Scania garantiu que são robustos, feito com material de ogivas de mísseis. Ambos os equipamentos são certificados pelo Inmetro.
Já em caso de incêndio ou batida, a empresa afirmou que o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão. Modelos parecidos abastecidos a diesel são mais perigosos, pois o líquido fica no chão ou pode se espalhar ao longo da carroceria.
Modelo da Compagas e Scania foca na sustentabilidade
Já em relação ao meio ambiente,os veículos movidos a gás emitem menos poluentes se comparados aos de diesel. A distribuidora informou, em nota, que o índice pode chegar a até 20% menores de CO2. A redução de óxido de nitrogênio (NOx) é de quase 90% e a de material particulados chega a 85%.
Segundo o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr, o projeto coloca o Paraná em um movimento de destaque em sustentabilidade e mobilidade urbana. Ele salientou que o gás natural é reconhecido como uma energia verde e colabora para a transição energética.