O Complexo Eólico Palmas II recebe licença em Palmas (PR), marcando um investimento de R$ 3,5 bilhões em energia renovável no Paraná e reforçando a matriz limpa do estado
No dia 4 de outubro de 2025, o Governo do Paraná oficializou a emissão da Licença de Instalação (LI) para o Complexo Eólico Palmas II, localizado no município de Palmas, na região Sudoeste do estado. Segundo matéria publicada pelo estado nesta terça-feira (7), o projeto, que representa um dos maiores investimentos privados em energia renovável no Brasil, contará com 72 turbinas de 160 metros de altura e potência instalada de 504 megawatts (MW). O valor total do investimento é de R$ 3,5 bilhões, com previsão de geração de energia suficiente para abastecer cerca de 300 mil residências.
Complexo Eólico Palmas II: estrutura e capacidade
A iniciativa é liderada pela empresa Vento Sul Energia e recebeu autorização do Instituto Água e Terra (IAT), órgão ambiental do estado. A construção deve durar dois anos e gerar até 5 mil empregos diretos e indiretos, priorizando mão de obra local.
O Complexo Eólico Palmas II será composto por sete parques eólicos, distribuídos em uma área de aproximadamente 145 hectares. Cada turbina terá capacidade de 7 MW, totalizando os 504 MW previstos.
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As torres serão construídas em concreto e terão 160 metros de altura, fornecidas pela empresa brasileira Weg. A geração mensal estimada é de 150 mil megawatts-hora (MWh), o suficiente para atender cerca de 1,2 milhão de pessoas.
A conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) será feita por uma linha de transmissão de 525 kV, ligando a Subestação Coletora de Palmas ao ponto de conexão da Eletrosul, em General Carneiro. Esse será o maior complexo eólico já instalado no Paraná.
Energia renovável e segurança energética no Paraná
A matriz energética do Paraná é historicamente baseada na geração hidrelétrica. No entanto, a diversificação com fontes como a energia renovável eólica é essencial para garantir segurança energética, especialmente em períodos de estiagem.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil possui mais de 25 GW de capacidade instalada em energia eólica, com destaque para o Nordeste. Com o Complexo Eólico Palmas II, o Paraná se posiciona como novo polo estratégico no setor.
A energia eólica é limpa, abundante e estratégica para o futuro energético nacional.
Benefícios ambientais e sociais da nova usina eólica
A implantação da nova usina eólica em Palmas traz impactos positivos para o meio ambiente e para a sociedade:
- Redução de emissões de gases de efeito estufa: substituição de fontes fósseis por energia limpa.
- Geração de empregos: até 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos durante a construção.
- Desenvolvimento regional: aumento da arrecadação municipal e melhoria da infraestrutura local.
- Capacitação profissional: formação de mão de obra especializada na área de energias renováveis.
Além disso, o projeto respeita rigorosos critérios ambientais, com monitoramento contínuo e cumprimento de condicionantes estabelecidas pelo IAT. O Complexo Eólico Palmas II é um exemplo de como o investimento em energia renovável pode transformar comunidades.
Licenciamento ambiental do Complexo Eólico Palmas II
A Licença de Instalação (LI) emitida pelo Instituto Água e Terra (IAT) é válida até 2031 e autoriza a construção das torres, acessos, subestações e demais estruturas do parque eólico. Após a conclusão das obras, será necessário solicitar a Licença de Operação (LO) para iniciar a geração efetiva de energia.
O processo de licenciamento envolveu estudos de impacto ambiental, audiências públicas e pareceres técnicos. A emissão da LI também facilita a atração de investidores e parceiros financeiros, garantindo segurança jurídica e ambiental ao projeto.
O licenciamento ambiental é rigoroso e garante que o projeto respeite a fauna, flora e comunidades locais.
Investimento estratégico em energia renovável
O investimento de R$ 3,5 bilhões no Complexo Eólico Palmas II é um dos maiores já realizados no setor energético do estado. Ele demonstra a confiança do setor privado na estabilidade regulatória e no potencial eólico da região Sul do Brasil.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou que o projeto é um marco para o desenvolvimento regional e para a segurança energética do estado. Por muitos anos, o potencial eólico de Palmas permaneceu subestimado.
Agora, esse recurso começa a ser convertido em desenvolvimento econômico e oportunidades para a população local. Investir em energia renovável é investir no futuro do Brasil.
Potencial eólico do Paraná e perspectivas futuras
Estudos do Atlas Eólico do Paraná indicam que há potencial para mais de 5 GW de capacidade instalada em diversas regiões do estado. A região Sudoeste, onde está localizado o município de Palmas, apresenta ventos constantes e favoráveis à geração eólica.
Com o sucesso do Complexo Eólico Palmas II, outros projetos poderão ser viabilizados, atraindo novos investimentos e consolidando o estado como referência em inovação energética. O Paraná está se tornando um polo estratégico para a energia eólica no Brasil.
Complexo Eólico Palmas II como símbolo de progresso
A autorização do Complexo Eólico Palmas II representa um avanço significativo para o Paraná e para o setor de energia renovável no Brasil. Com tecnologia de ponta, compromisso ambiental e geração de empregos, o projeto reforça a importância da transição energética para um modelo mais sustentável.
Ao priorizar iniciativas como essa, o estado fortalece sua economia, protege o meio ambiente e melhora a qualidade de vida da população. A nova usina eólica em Palmas é mais do que uma obra de engenharia: é um símbolo de progresso, inovação e responsabilidade.