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Parada da plataforma do campo de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, mais crise hídrica, obriga Petrobras elevar a importação de gás natural (GNL) pelo terminal da Baía de Guanabara (RJ) para 30 milhões de m³ por dia

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 16/06/2021 às 14:14
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Terminal de gás natural (GNL) da Baía de Guanabara (RJ) / Imagem: Divulgação Google

Petrobras posiciona dois navios regaseificadores afretados nos Terminais de Regaseificação de GNL, da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro

Alta demanda por termelétricas, causada pela crise hídrica, em conjunto com a operação do campo de gás Mexilhao e do gasoduto Rota 1, paralisada para manutenção por 30 dias, a partir de 15 de agosto, força a gigante do petróleo brasileiro Petrobras elevar em 36% a importação de gás natural liquefeito (GNL) pelo terminal da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

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“O esforço ocorre em momento de demanda em ascensão, devido ao incremento do despacho termelétrico determinado pelo ONS no quarto trimestre de 2020 e à aceleração da atividade econômica”, disse a Petrobras, ao ser questionada sobre informação de fonte do setor elétrico relativa à medidas para aumentar a oferta de gás.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse, ontem (15), em audiência na Câmara para debater a crise hídrica, que mudanças nas vazões dos reservatórios de hidrelétricas e o uso de energia termelétrica deverão permitir que o Brasil passe pela crise hidrelétrica de forma “segura”, afastando riscos de abastecimento de eletricidade.

Importação do gás boliviano pela Petrobras

Sobre a importação de gás boliviano, a Petrobras disse que busca a celebração de contrato interruptível com a estatal YPFB, “de forma a aumentar a oferta oriunda daquele país”.

A petroleira afirmou, também, que posicionou seus dois navios regaseificadores afretados nos Terminais de Regaseificação de GNL, possibilitando uma injeção total de 34 milhões de m³/dia.

Esse volume de injeção de gás natural, oriunda dos terminais, deve subir para até 44 milhões de m³/dia, com a ampliação do terminal de regaseificação do Rio de Janeiro, de 20 milhões para 30 milhões de m³/dia.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está autorizando a expansão, disse o diretor-geral da autarquia Rodolfo Saboia, na mesma audiência na Câmara.

Parada da plataforma do campo de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, mais crise hídrica, obriga Petrobras elevar a importação de gás natural (GNL)

Segundo a Petrobras, a oferta de GNL é fundamental para o atendimento das termelétricas, cuja demanda está em torno de 37 milhões de m³/dia.

A maior importação de GNL também ocorre diante da parada programada de 30 dias da plataforma do campo de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, a partir de 15 de agosto, para manutenção.

O gasoduto Rota 1 escoa o gás natural produzido em Mexilhão — que respondeu por quase 10% da produção do país em abril–, e em outras plataformas do pré-sal e pós-sal da Bacia de Santos para consumo termelétrico.

De acordo com a Petrobras, a estatal está atuando para conciliar a manutenção da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1 às paradas programadas de usinas termelétricas próprias e de terceiros, reduzindo, assim, a demanda por gás natural dessas térmicas no período, “em cronograma articulado antecipadamente com o ONS, buscando o mínimo impacto possível ao setor”.

A gigante do petróleo brasileiro vai receber, dos chineses, US$ 2,94 bilhões para oitava unidade do campo de Búzios, o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo

A Petrobras informou, ontem, 12 de junho, que assinou com a Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA) e as parceiras CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda (CNODC) e CNOOC Petroleum Brasil Ltda (CNOOC) o Acordo de Coparticipação de Búzios, que regulará a coexistência do Contrato de Cessão Onerosa e do Contrato de Partilha de Produção do Excedente da Cessão Onerosa para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.

A Petrobras vem afirmando que Búzios é o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo. Sendo assim, a empresa apontou mais de 11 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) recuperáveis no ativo.

O contrato prevê o atendimento ao conteúdo local de 25%, requisito previsto em edital e compromissado com a ANP para o campo de Búzios. Leia a matéria completa aqui.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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