A China deixou de comprar soja dos Estados Unidos e passou a negociar com países do BRICS, que agora aceitam o yuan chinês nas transações e fortalecem a influência da moeda asiática no comércio agrícola global
Durante a atual temporada de exportações, a China interrompeu totalmente a compra de soja dos Estados Unidos, comprand o grão de países dos BRICS usando o yuan.
O país comunista não recebeu nenhum carregamento americano, consequência direta das tarifas e das tensões comerciais entre as duas potências.
A decisão tem impacto profundo sobre os agricultores norte-americanos, que dependem da China, principal compradora mundial do grão.
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Membros do BRICS fortalecem comércio com a China
A China voltou-se para seus parceiros do BRICS, especialmente o Brasil, para suprir sua demanda por soja. Além do Brasil, a Argentina, que não faz parte dos BRICS, passou a vender muita soja para os chineses.
O Brasil, em destaque, tem enviado grandes volumes do grão e aceitado o pagamento em yuan chinês, consolidando ainda mais a rota comercial dentro do bloco.
Essa mudança cria um cenário em que os produtores americanos acumulam estoques e enfrentam preços estáveis, sem espaço para escoar a produção.
Reação de Trump e tensões comerciais
O presidente Donald Trump prometeu agir diante da recusa chinesa. Ele afirmou que se reunirá com Xi Jinping em semanas para tratar do tema e garantiu que “tudo vai dar muito certo”.
Trump anunciou ainda que pretende lançar um pacote de tarifas para ajudar agricultores afetados, declarando que pretende “tornar a soja e outras culturas excelentes novamente”.
Enquanto isso, a China amplia o uso do yuan nas transações com países aliados. Além do Brasil, também negocia com a Argentina, que ainda não aceita a moeda chinesa, mas pode aderir em breve.
As políticas tarifárias impostas pelos Estados Unidos parecem estar prejudicando seus próprios produtores, enquanto a China fortalece alianças comerciais dentro do BRICS e reduz sua dependência do dólar.