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Pacheco agenda reunião sobre política de preços com a Petrobras

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 29/10/2021 às 15:41
Pacheco agenda reunião sobre política de preços com a Petrobras

Nesta sexta-feira (29), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, marcou uma reunião com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, para discutir sobre a política de preços que a estatal brasileira vem adotando no ano de 2021: o registro de aumentos e variações chega a mais de 60% para o diesel e de 50% para a gasolina.

Pacheco argumentou, em entrevista de imprensa, que seu objetivo é descobrir e solucionar onde está a raiz do problema. No início do ano, o presidente da República, Bolsonaro, havia aprovado um projeto que pretendia anular os impostos federais em 5% sobre o valor do litro. Mas isso não foi o suficiente: no mesmo dia, a Petrobras trabalhou em um aumento na mesma porcentagem, anulando os esforços federais.

A crítica surge desde o governo Temer, que entrou para a administração do país, após a presidente Dilma (2016). O mesmo teria aprovado medidas provisórias que alteraram as políticas de preço, fazendo com que a Petrobras tivesse mais variações conforme pré determinado pelo mercado cambial e setores, tanto internos quanto externos. Antes disso as variações eram menores, visto que havia uma tentativa de não rendimento às variações de forma tão expressiva.

Vídeo: Rodrigo Pacheco sobre o ICMS dos Combustíveis

Fonte:CNN Brasil

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Pacheco acrescenta, ainda, que podem voltar a discutir novas formas para fazer com que os preços não variem tanto com o valor do dólar. Nesta sexta-feira (29), o dólar iniciou o dia em queda para R$ 5,64, após as mudanças da taxa Selic com a reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), saindo assim de 6,2% ao ano para 7,75%. A alteração da taxa de juros fez com que os investidores em escala internacional sentissem mais segurança nas aplicações.

Vale salientar que as mudanças da taxa Selic podem impactar diretamente nos investimentos de renda fixa, principalmente no caso da poupança que sairá do rendimento de 4,2% para 5,3% ao ano. Já CRI, CRA, LCI, LCA e CDB também serão impactados. A Selic também pode trazer impactos para os brasileiros que precisam solicitar empréstimos ou financiamentos, contando assim, com taxas ainda mais elevadas, superando a média de 80% ao ano.

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Está em análise pela Câmara dos Deputados e também pelo Senado, um projeto que prevê a distribuição de um Vale Gás para toda a população brasileira que vive com menos de R$ 550 por mês, equivalente a um salário mínimo. O gasto da estatal pode chegar a níveis bilionários e o financiamento do valor gasto em escala federal pode chegar a 50%. O programa deve ser distribuído, inicialmente, para os beneficiários do Bolsa Família, que tem a média mensal de pagamentos na faixa de R$ 190 ao mês, mas que em novembro, pode passar por reajustes que sejam superiores a 50%.

A criação do projeto ocorreu, inicialmente, no estado de São Paulo, liderado pelo governador João Dória, que pretendia pagar três parcelas de R$ 100 para cada família que vivesse com menos de R$ 178 por mês (valor que indicava índices de pobreza extrema). No entanto, alastrou-se para o âmbito federal. Não se sabe ao certo, ainda, quais são os valores e com qual frequência o programa pode ser pago. Mas, é estimado que seja na faixa de R$ 50, equivalente a metade do valor de um botijão.

O governo também estuda a criação de um voucher combustível para os caminhoneiros que, no ano de 2021, são os grupos que mais sofrem com as variações do diesel, assim como o dólar. 

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