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OTAN em alerta máximo: Rússia e Bielorrússia realizarão exercício nuclear Zapad 2025 a apenas 500 km da capital alemã Berlim

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/08/2025 às 19:40
Rússia e Bielorrússia realizarão exercício nuclear e mostram dependência estratégica de Minsk, que já serve como base para tropas russas desde 2022
Rússia e Bielorrússia realizarão exercício nuclear e mostram dependência estratégica de Minsk, que já serve como base para tropas russas desde 2022
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Rússia e Bielorrússia realizarão exercício nuclear a 500 km de Berlim. Exercício militar conjunto entre Rússia e Bielorrússia inclui simulação de uso de armas nucleares e amplia tensão no coração da Europa.

A confirmação de que Rússia e Bielorrússia realizarão exercício nuclear reacendeu a preocupação no Ocidente sobre o risco de uma escalada militar no continente. O anúncio partiu do ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Krenin, que revelou a realização do treinamento Zapad 2025, marcado para setembro, com simulações de armamento nuclear russo em território aliado.

Segundo analistas militares, Rússia e Bielorrússia intensificam cada vez mais sua cooperação estratégica, consolidando a presença de armas nucleares a apenas 500 km de Berlim. O movimento acontece no mesmo período em que Donald Trump e Vladimir Putin devem se reunir no Alasca, reforçando o peso político e geopolítico dessa manobra.

O que envolve o exercício nuclear

De acordo com as autoridades, o treinamento será realizado na região de Borisov, no centro da Bielorrússia, entre 12 e 16 de setembro de 2025. A operação, chamada de Zapad 2025, contará com todas as Forças Armadas bielorrussas, com foco nas unidades do oeste e do noroeste do país, além de forças especiais.

O destaque será o uso do sistema Oreschnik, armamento de alcance intermediário que pode ser equipado com ogivas nucleares e já foi utilizado pela Rússia contra a Ucrânia. Rússia e Bielorrússia afirmam que o objetivo é reforçar a defesa contra possíveis ataques externos, mas para a OTAN o recado é claro: Moscou pretende manter pressão direta sobre os países vizinhos.

Por que Rússia e Bielorrússia intensificam essa parceria

Desde 2022, quando a guerra na Ucrânia começou, Rússia e Bielorrússia mantêm uma cooperação quase absoluta em segurança, política externa e logística militar. O regime de Alexander Lukashenko cedeu território para a entrada de tropas russas que tentaram conquistar Kiev nos primeiros dias da invasão.

A dependência política e econômica da Bielorrússia em relação a Moscou transformou o país em uma extensão natural da estratégia russa. Com fronteiras com Polônia, Lituânia e Letônia — todos membros da OTAN — Minsk se tornou um ponto-chave para a projeção de poder do Kremlin.

O impacto geopolítico na Europa

Especialistas no Ocidente avaliam que Rússia e Bielorrússia buscam enviar um recado de dissuasão: mostrar que qualquer apoio adicional à Ucrânia pode levar a uma escalada nuclear. Em 2024, Moscou revisou sua doutrina nuclear, reduzindo o nível de exigência para o uso dessas armas, o que aumentou a preocupação internacional.

Além disso, a presença de armas nucleares em solo bielorrusso significa que capitais europeias, como Varsóvia e Berlim, estão dentro do raio de alcance imediato. Isso coloca ainda mais pressão sobre a OTAN, que já intensificou sua vigilância no leste europeu.

A ligação com as negociações entre Putin e Trump

O anúncio de que Rússia e Bielorrússia realizarão exercício nuclear ocorre quase ao mesmo tempo em que Donald Trump e Vladimir Putin se encontram no Alasca para discutir possíveis caminhos de paz. Enquanto diplomatas tentam costurar acordos, o campo militar mostra sinais de tensão máxima.

Para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, trata-se de uma manobra de blefe do Kremlin, usada para pressionar negociações. Já para Washington, a medida reforça a necessidade de manter sanções e vigilância contra Moscou e seus aliados.

O fato de que Rússia e Bielorrússia realizarão exercício nuclear a 500 km de Berlim não é apenas um treinamento militar, mas uma mensagem geopolítica de peso. A movimentação reacende debates sobre segurança europeia, equilíbrio nuclear e os riscos de um confronto direto entre grandes potências.

E você, acredita que esse exercício conjunto é apenas um blefe estratégico ou representa uma ameaça real à estabilidade da Europa? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua análise sobre esse cenário tenso.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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