Organização prevê alta no PIB brasileiro, mas sinaliza incertezas sobre produção de petróleo no Brasil com aumento de custos e inflação no horizonte.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) divulgou um relatório otimista sobre o crescimento econômico do Brasil, mas trouxe também alertas importantes sobre a produção de petróleo no Brasil. Segundo o documento, publicado nesta segunda-feira (14), o país deve manter um papel fundamental no cenário global de oferta de combustíveis, porém, desafios como a inflação e o aumento nos custos da produção offshore podem impactar o desempenho no setor.
Mesmo com a redução das expectativas de oferta de combustíveis líquidos, a Opep vê o Brasil como um dos principais impulsionadores da produção global, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Canadá e China. Isso mantém o Brasil em destaque no cenário energético mundial, ainda que enfrente obstáculos.
Projeção do PIB brasileiro em alta
No campo econômico, a Opep ajustou suas previsões para o PIB do Brasil, elevando a projeção de crescimento para 2024 de 2,2% para 2,5%. De acordo com o relatório, a “força contínua da economia doméstica brasileira” e uma demanda sólida do consumidor são alguns dos principais motores dessa expectativa otimista. No entanto, a organização aponta que a volatilidade do setor industrial e pressões inflacionárias podem desacelerar esse crescimento.
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Apesar dos desafios na produção de petróleo no Brasil, como a inflação e as incertezas sobre a política monetária, a Opep manteve a projeção do PIB em 1,5% para 2025, sem alterações em relação ao relatório anterior.
Impactos na produção de petróleo no Brasil
Em relação à produção de petróleo no Brasil, a Opep reduziu suas expectativas. O país, que havia apresentado uma produção inferior ao esperado nos últimos meses, agora tem uma projeção de aumento de 60 mil barris por dia (bpd) em 2023, resultando em uma média de 4,2 milhões de bpd. Essa revisão é resultado de desafios técnicos e operacionais, além do aumento nos custos de produção offshore.
Para 2024, o cartel prevê que novos campos de petróleo, como Búzios, Tupi e Itapu, contribuam para um aumento da produção, mas alerta que “problemas técnicos e operacionais podem atrasar o cronograma de produção das plataformas”. A Opep projeta um incremento de 200 mil bpd em 2025, levando a produção brasileira para 4,4 milhões de bpd, um corte em relação aos 4,5 milhões estimados anteriormente.
Demanda global por petróleo em queda
Além das questões envolvendo a produção de petróleo no Brasil, a Opep também revisou a demanda global pela commodity. O crescimento previsto para a demanda mundial de petróleo foi reduzido em 106 mil bpd para este ano, totalizando 1,9 milhão de bpd. A mesma tendência de queda é projetada para 2025, com uma redução de 102 mil bpd, chegando a 1,6 milhão de bpd.
Dentro da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a demanda deve continuar em alta, enquanto fora do grupo, a expectativa é de um aumento mais modesto. Vale lembrar que o Brasil não faz parte da OCDE.
Dado esse cenário, como o Brasil pode equilibrar o crescimento econômico com os desafios na produção de petróleo? Deixe sua opinião nos comentários!