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Carros elétricos não vão substituir totalmente os a combustão, mas ônibus urbanos terão frota 100% eletrificada no Brasil até 2045, diz Sergio Habib

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 09/09/2025 às 20:59
Ônibus elétrico circulando em avenida urbana no Brasil, simbolizando a transição para transporte coletivo sustentável até 2045.
Projeção de Sergio Habib aponta que todos os ônibus urbanos brasileiros serão elétricos até 2045.
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CEO da JAC Motors prevê futuro elétrico no transporte coletivo, mas destaca limitações para carros elétricos no Brasil

Uma análise sobre o futuro da mobilidade no Brasil foi apresentada em agosto de 2024 por Sergio Habib, CEO da JAC Motors Brasil, durante entrevista ao videocast POWER, do Brazil Journal, conduzido por Adriano Pires.

Na ocasião, o executivo destacou que, mesmo com o avanço da eletrificação, os carros a combustão nunca serão totalmente substituídos pelos elétricos. Essa visão contrasta com o que ocorre na China, onde os BEVs (Battery Electric Vehicles) já alcançaram 31% das vendas em 2023, segundo dados da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.

Enquanto a China segue um caminho próprio, motivado por questões geopolíticas e pela redução da dependência do petróleo, o Brasil terá um processo diferente, marcado por limitações estruturais e desafios energéticos.

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Diferenças entre a China e o Ocidente

De acordo com Habib, o crescimento chinês se deve a uma decisão política estratégica. O país aposta na eletrificação total, mas também conta com uma infraestrutura ferroviária robusta.

Na China, se você quer andar 500 km, vai de trem. É outro desenho”, afirmou o executivo. O contraste com o Brasil é evidente, já que o país possui poucos trens de passageiros e uma rede limitada de carregadores.

Carros elétricos restritos a um nicho no Brasil

Para Habib, a adoção dos carros elétricos no Brasil permanecerá em um patamar reduzido. A previsão é de que eles representem apenas entre 3% e 5% do mercado nas próximas décadas.

O motivo está na infraestrutura. Segundo ele, os elétricos fazem sentido apenas para uso urbano e para quem pode carregar em casa. Porém, para quem vive em prédios sem tomadas ou costuma viajar longas distâncias, os obstáculos são claros.

O carro elétrico nunca vai substituir completamente o carro a combustão. Nunca, em nenhum país”, reforçou.

O protagonismo dos ônibus elétricos

Enquanto os carros enfrentam barreiras, a perspectiva para o transporte coletivo urbano é oposta. Habib afirmou que até 2045 todos os ônibus urbanos brasileiros serão elétricos.

Essa mudança, segundo ele, será inevitável, resultado da pressão ambiental, de políticas públicas e da necessidade de reduzir custos no setor de transporte. “Daqui a 20 anos, todos os ônibus urbanos brasileiros vão ser elétricos. Eu não tenho dúvida”, declarou.

Energia e custos: o maior desafio da transição

Apesar da confiança na eletrificação dos ônibus, o executivo destacou que o verdadeiro desafio não está na geração de energia, mas na distribuição.

A rede elétrica nacional ainda não está preparada para suportar a alta demanda de carregamento. Além disso, falta clareza sobre quem arcará com os custos dessa modernização. Governos, empresas e consumidores terão de discutir soluções viáveis para que o processo avance de forma sustentável.

Pontos centrais da análise de Habib

  • Carros a combustão continuarão relevantes mesmo com a chegada dos elétricos.
  • China cresce rapidamente com BEVs, mas apoiada em infraestrutura ferroviária.
  • Carros elétricos no Brasil seguirão como nicho, limitados a 3% a 5% do mercado.
  • Ônibus urbanos serão todos elétricos até 2045, segundo projeção do CEO.
  • Distribuição de energia será o principal desafio da eletrificação em larga escala.

Contexto global e brasileiro da eletrificação

O posicionamento de Habib deve ser entendido dentro do debate internacional sobre descarbonização. Desde o Acordo de Paris, assinado em 2015, países buscam cortar emissões de gases de efeito estufa.

Enquanto a União Europeia planeja banir carros a combustão até 2035, o Brasil segue outro caminho. Entre os entraves estão a frota envelhecida, a falta de carregadores e a dependência de combustíveis fósseis.

Perspectivas para o futuro

Com isso, a análise do executivo sugere que o Brasil terá um modelo híbrido, em que os carros a combustão ainda dominarão o mercado particular, enquanto os ônibus elétricos assumirão papel central no transporte coletivo.

A transformação, portanto, será gradual e adaptada às condições locais.

O que você acha: o Brasil conseguirá realmente eletrificar totalmente os ônibus urbanos até 2045 ou ainda enfrentará barreiras que podem atrasar essa transição?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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