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Oficina alerta que quebras da bomba de alta CP4 em Ranger V6 3.0 vêm sendo atribuídas ao biodiesel, o que pode levar à negativa de garantia e a reparos de R$ 20 a R$ 60 mil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 03/09/2025 às 14:44
Oficina alerta: Ford Ranger V6 3.0 pode ter falha grave na bomba CP4 atribuída ao biodiesel
Oficina alerta: Ford Ranger V6 3.0 pode ter falha grave na bomba CP4 atribuída ao biodiesel
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Quebra da bomba de alta gera reparos de R$ 20 a 60 mil e pode levar à negativa de garantia; oficina recomenda instalação preventiva do “Protect Plug Lion”.

A picape Ranger V6 3.0 Lion, equipada com motor turbodiesel e sistema de injeção Bosch CP4, tem apresentado falhas em baixa quilometragem, segundo alerta do especialista Luciano Jaccoud, da AllVento Education. O problema está sendo atribuído ao teor de biodiesel B15 presente no combustível brasileiro, o que pode gerar negativas de garantia nas concessionárias e expor proprietários a reparos que variam entre R$ 20 mil e R$ 60 mil.

Casos relatados incluem veículos com apenas 20 a 43 mil km rodados que já tiveram a bomba de alta danificada. Quando ocorre a quebra, o risco é a contaminação de todo o sistema de injeção, aumentando drasticamente o custo da manutenção.

Por que a Ranger V6 3.0 sofre com a bomba CP4?

Oficina alerta que quebras da bomba de alta CP4 em Ranger V6 3.0 vêm sendo atribuídas ao biodiesel, o que pode levar à negativa de garantia e a reparos de R$ 20 a R$ 60 mil
especialista Luciano Jaccoud

De acordo com Luciano Jaccoud, a bomba de alta CP4 é sensível à qualidade do combustível.

No Brasil, o teor obrigatório de biodiesel chegou a 15% (B15) e pode atingir 20% até 2030.

Essa mistura, embora alinhada a metas ambientais, acelera o desgaste interno da bomba, provocando liberação de limalha metálica que se espalha pelo sistema.

O problema não é exclusivo da Ford. A Volkswagen Amarok, que utiliza configuração semelhante, já apresentava casos de quebra da CP4.

Agora, a mesma vulnerabilidade começa a ser registrada nas unidades da Ranger V6 3.0, reforçando a necessidade de atenção preventiva.

Quanto custa reparar a falha?

Segundo a AllVento, os valores médios variam entre R$ 40 mil e R$ 60 mil para troca completa de componentes contaminados — incluindo bicos injetores, tanque de combustível, tubos de alta pressão, válvulas e bomba de baixa.

Em alguns casos, o reparo pode ficar na faixa de R$ 20 a R$ 25 mil, dependendo da extensão do dano.

O impacto não é apenas financeiro. O veículo pode ficar meses parado em oficinas, aguardando diagnósticos, peças importadas ou até mesmo discussões judiciais quando há negativa de garantia.

O custo e o tempo de inatividade transformam o problema em um risco significativo para quem depende da picape no dia a dia.

Como funciona o kit “Protect Plug Lion”?

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Para reduzir o risco, a oficina recomenda a instalação do Protect Plug Lion, desenvolvido pela LAAB Diesel e já aplicado também na Amarok.

O sistema isola a bomba de alta do restante do circuito, evitando que a limalha contaminante alcance bicos e tubulações.

O kit vem com mangueiras adaptadoras e válvula integrada, não exigindo cortes ou modificações irreversíveis.

Se a bomba falhar, o dano fica restrito à própria peça, limitando o custo de reparo à substituição da CP4 e do módulo do kit — uma despesa estimada em cerca de R$ 5 mil, equivalente a 1/10 do valor de uma contaminação total.

Há solução definitiva?

Jaccoud cita que alguns fabricantes já testam bombas CP8 como alternativa, mas ainda não há comprovação prática de que a durabilidade seja superior.

Até que novos sistemas se consolidem, a recomendação é adotar medidas preventivas e estar atento aos sintomas de falha, como acendimento de luzes de alerta e comportamento irregular do motor.

Enquanto isso, concessionárias continuam atribuindo a causa das quebras ao biodiesel, o que abre brecha para negativas de cobertura em garantia.

O histórico já visto com Amarok e Hilux indica que proprietários devem se preparar para enfrentar resistência das montadoras em assumir o custo do reparo.

A vulnerabilidade da Ranger V6 3.0 diante do biodiesel expõe motoristas a um risco financeiro elevado e a longos períodos sem o veículo.

A instalação preventiva do Protect Plug Lion surge como alternativa para reduzir prejuízos, mas não elimina a raiz do problema.

E você, acha que a responsabilidade deve ser das montadoras, do combustível disponível no Brasil ou do consumidor em adotar soluções preventivas? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem já enfrentou essa situação na prática.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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