A descoberta de bilhões de litros de água no manto terrestre desafia teorias antigas sobre a origem dos mares e redefine o futuro da geologia planetária.
Em setembro de 2024, uma pesquisa publicada na revista Science e repercutida por veículos como O Globo revelou uma das maiores surpresas da ciência recente: a existência de um vasto “oceano subterrâneo” localizado a 700 quilômetros de profundidade. A análise sísmica mostrou que essa descoberta de bilhões de litros de água não está em estado líquido, mas presa na estrutura de minerais do manto terrestre chamados ringwooditas.
Essa revelação muda a forma como entendemos a Terra. Até então, prevalecia a teoria de que a água teria vindo majoritariamente de cometas que colidiram com o planeta em sua formação.
Agora, cresce a hipótese de que uma parte significativa da água que abastece nossos oceanos emergiu do interior do próprio planeta.
-
CDC garante: Telefone e internet falharam ou cobraram serviços não contratados? Consumidor tem direito à devolução em dobro e pode receber indenização por má prestação de serviço
-
O drama continua: 3 Países vizinhos do Brasil que enfrentam crise de refugiados Venezuelanos e não estão no radar em 2025!
-
Filho fora do casamento tem direito a pensão imediata — tribunais garantem alimentos provisórios mesmo sem registro do pai
-
Filho que paga sozinho hospital e remédios de pais idosos pode cobrar ressarcimento dos irmãos na herança, confirmam tribunais
Como a descoberta foi feita
A constatação só foi possível graças a uma rede de 2.000 sismógrafos espalhados pelos Estados Unidos, que analisaram dados de mais de 500 terremotos.
Os cientistas perceberam que as ondas sísmicas desaceleravam em certas profundidades, indicando a presença de moléculas de água misturadas às rochas.
Essa foi a primeira evidência robusta de que o interior da Terra funciona como um gigantesco reservatório natural de água, alterando o equilíbrio hídrico do planeta e sua dinâmica geológica.
A importância da ringwoodita
O mineral ringwoodita desempenha papel central nessa descoberta. Ele possui a capacidade de armazenar enormes quantidades de água em sua estrutura cristalina, formando um verdadeiro oceano oculto.
Essa reserva pode ser até três vezes maior do que toda a água existente nos oceanos superficiais.
Segundo os geólogos, se essa água fosse liberada, o nível dos oceanos subiria a ponto de submergir quase todo o relevo da Terra, deixando apenas o topo das maiores montanhas visível.
Impacto sobre as teorias da origem da água
Até 2024, a teoria mais aceita era de que os mares se formaram a partir do impacto de cometas e asteroides ricos em gelo.
Com essa nova descoberta, ganha força a hipótese de que a água do planeta já existia em abundância no interior da Terra, sendo liberada gradualmente ao longo de bilhões de anos.
Isso significa que os mares atuais podem estar diretamente conectados a esse reservatório subterrâneo, em um ciclo profundo de armazenamento e liberação que ainda está sendo mapeado pela ciência.
O ciclo da água no manto
A pesquisa também mostrou como ocorre esse movimento. Durante processos de subducção tectônica, quando uma placa oceânica mergulha sob outra, a água é levada para o interior do planeta.
Milhões de anos depois, parte dessa água retorna por erupções vulcânicas ou fusões do manto, ajudando a equilibrar os níveis oceânicos.
Esse ciclo lento e contínuo reforça a ideia de que a Terra possui um sistema natural de regulação hídrica, essencial para a manutenção da vida e do clima ao longo das eras geológicas.
Consequências para o futuro
A descoberta de bilhões de litros de água no interior do planeta abre novas perspectivas para a ciência.
Além de redefinir a origem dos oceanos, ela ajuda a explicar como a Terra manteve estabilidade suficiente para sustentar a vida durante bilhões de anos.
Pesquisadores acreditam que mais estudos sísmicos poderão identificar reservatórios semelhantes em outras regiões, ampliando o entendimento sobre o funcionamento interno do planeta e seu impacto direto sobre a superfície.
A revelação de um oceano escondido a 700 km de profundidade em 2024 não apenas derruba teorias antigas, mas também reforça a necessidade de repensar como a Terra regula seus recursos mais preciosos.
Esse reservatório oculto mostra que o planeta guarda segredos capazes de mudar a ciência e influenciar nosso futuro.
E você? Acredita que a descoberta de bilhões de litros de água no interior da Terra pode redefinir o futuro climático e geológico do planeta?
Deixe sua opinião nos comentários sua visão pode enriquecer esse debate.