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Obras do Polo Gaslub ( Antigo Comperj) serão retomadas após a Petrobras fechar contrato com a Toyo Setal

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 28/03/2023 às 15:13
Polo Gaslub antigo comperj petrobras Toyo Setal
Polo Gaslub | Via Petrobras

Com as obras paradas desde 2022, agora Itaboraí voltará a contratar mão de obra para a conclusão do projeto sob o comando da Petrobras

No fim de semana, a Petrobras anunciou que a Toyo Setal seria a empresa responsável pela conclusão das reformas do Polo Gaslub da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Itaboraí, anteriormente chamado de Comperj. Ambas as empresas assinaram o acordo entre eles.

A rescisão do contrato do consórcio Kerui-Método em junho de 2022 congelou efetivamente a construção do projeto. Mas Lula disse que retomar as obras, caso fosse reeleito em 2022.

A Petrobras luta contra o tempo para manter o projeto UPGN nos trilhos agora que uma nova empresa está supervisionando sua construção. De acordo com o Plano Estratégico 2023-2027 da empresa, a entrada em operação da fábrica está prevista para 2024.

As unidades adicionais necessárias para iniciar essas operações, incluindo unidades auxiliares no Polo GasLub, dutos submarinos e terrestres, estão em fase final de comissionamento ou pré- fase de operação de seus respectivos projetos.

Polêmica envolvendo a joint venture e a Petrobras

Para refrescar a memória, uma joint venture entre a chinesa Kerui e a brasileira Método foi responsável pela construção do Gaslub UPGN. Mas, a Petrobras rescindiu o contrato com a Kerui-Método em julho do ano passado.

O consórcio já havia demitido 2.000 trabalhadores da obra antes desse adiamento. Uma disputa entre o consórcio e a Petrobras sobre o preço das obras está no cerne da atual confusão na UPGN do Polo Gaslub.

Os chineses planejavam gastar cerca de R$ 2 bilhões com a UPGN, mas por conta das oscilações do valor do renminbi, efeitos da epidemia e outros fatores, o custo final acabou sendo mais de R$ 3 bilhões.

Quando estiver em plena operação, a UPGN do Polo Gaslub terá a maior capacidade de processamento do país, com até 21 milhões de m3 por dia. Com a conclusão dessa obra, a Petrobras poderá aumentar o volume de gás do pré-sal que sai de suas instalações de 23 milhões para 44 milhões de m3 por dia. O gás teria múltiplas aplicações, incluindo geração de energia, transporte e fabricação.

Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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