Construção da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná revoluciona transporte entre estados
Se você acha que já viu grandes obras de engenharia, espere até conhecer a construção da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná, uma façanha monumental que parece ter saído de um conto épico! Situada entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, aproximadamente 70 km a montante da usina hidrelétrica de Ilha Solteira, esta ponte não é apenas uma conexão física, mas um símbolo de inovação e determinação.
A Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná, oficialmente chamada de Ponte Rodoferroviária Rollemberg-Vuolo, homenageia duas figuras importantes: o ex-deputado Roberto Rollemberg, que dá nome à parte rodoviária, e o ex-senador Vicente Vuolo, nomeando a parte ferroviária. Ambos tiveram papéis fundamentais na construção desta obra, unindo forças para realizar um projeto sonhado desde o início do século XX.
Construção da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná
A ideia da construção da ponte surgiu em 1901, com o engenheiro Euclides da Cunha defendendo uma solução para conectar as regiões. Contudo, somente em 1975, o deputado federal Vicente Vuolo apresentou um projeto de lei para incluir a ligação ferroviária entre São Paulo e Cuiabá, aprovado pelo Congresso como Lei nº 6.346.
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A construção da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná começou efetivamente em 1989, após a Ferronorte vencer a licitação para construir e explorar o trecho ferroviário por 90 anos. A obra é pioneira no Brasil por sobrepor sistemas rodoviário e ferroviário, contando com uma estrutura metálica principal de 2.600 metros, dividida em 26 módulos de 100 metros fabricados em Ipatinga, Minas Gerais.
Fundação exigiu a utilização de tubulões que atingiram 55 metros de profundidade
A logística para transportar esses módulos até o local foi um desafio à parte. A equipe técnica enfrentou condições adversas, como ventos de até 150 km/h, correntezas de 3 km/h e ondas de 2 metros de altura. A fundação exigiu a utilização de tubulões que atingiram 55 metros de profundidade, consumindo cerca de 64 mil metros cúbicos de concreto.
Para acelerar a construção, uma plataforma inovadora foi idealizada na Holanda para auxiliar na perfuração e concretagem das fundações. O cuidado com a corrosão da estrutura metálica levou à utilização de aço de alta resistência mecânica, totalizando um consumo de 20.007 toneladas de aço.
Custo total da construção foi estimado em R$ 550 milhões
Após a conclusão, o custo total da construção foi estimado em R$ 550 milhões. A ponte não apenas facilita o transporte de cargas pesadas — sendo responsável por 10% da produção nacional de grãos para o Porto de Santos — mas também se tornou um ponto turístico devido à sua beleza arquitetônica e à paisagem deslumbrante que a cerca.
A ponte possui 26 metros de altura e 18 metros de largura
A ponte possui 26 metros de altura e 18 metros de largura, com dois viadutos de acesso de concreto de 720 e 450 metros. Sua estrutura metálica é formada por duas treliças de banzos paralelos, contraventadas entre si. Para garantir a segurança, foram realizados testes de carga utilizando locomotivas e caminhões carregados, comprovando que a construção se comportava conforme o previsto nos projetos estruturais.
Em maio de 1998, a Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná foi finalmente inaugurada, juntamente com 110 km de linha férrea de Aparecida do Taboado ao terminal de Inocência. Recentemente, a ponte recebeu manutenção em sua iluminação, com a instalação de 136 postes ao longo de seus 3.600 metros e 54 luminárias náuticas na parte fluvial.
Construção da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná foi um verdadeiro quebra-cabeça
A construção da Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná foi um verdadeiro quebra-cabeça, mas graças ao esforço incansável de toda a equipe e dos trabalhadores envolvidos, essa mega obra trouxe grande progresso para inúmeros municípios. Infelizmente, há poucos registros ou acervos digitais sobre essa obra impressionante, mas seu legado permanece como um testemunho da capacidade de superação e inovação da engenharia brasileira.
E você, o que pensa sobre o impacto da construção dessa ponte no desenvolvimento regional e na engenharia nacional? Compartilhe sua opinião nos comentários!