A região Sul do Brasil, conhecida por sua conexão com países vizinhos e intensa atividade comercial, testemunha o avanço da maior obra viária do país. O contorno viário da Grande Florianópolis, com 50 km de extensão ligando Biguaçu a Palhoça, promete aliviar os congestionamentos significativos nas capitais. Com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2024, segundo o Ministro dos Transportes, este projeto monumental visa melhorar a mobilidade e a economia regional.
Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, a BR-101, que atravessa a cidade, tem contribuído para um aumento considerável no congestionamento. Essa rodovia estratégica para o comércio regional e nacional liga diversas cidades ao longo da costa brasileira, mas enfrenta o desafio de conciliar o trânsito interno e externo. Para resolver essa questão, em 2011, iniciou-se a construção do projeto do Contorno Viário da Grande Florianópolis.
Este projeto ambicioso demandou a desapropriação de 1179 áreas e investimentos acima de R$ 600 milhões. Com uma extensão total de 50 km, atravessando quatro municípios, incluindo a capital catarinense, o contorno viário promete ser um marco no desenvolvimento regional.
Como está sendo a construção
A obra, já 89% concluída, inclui a construção de cinco pontes, seis trevos, dois viadutos, quatro túneis duplos e 20 passagens em desnível. Integra-se ainda com as rodovias estaduais SC 408 e SC 407. A concessionária Arteris Litoral Sul estima a conclusão total até julho de 2024, projetando a nova rodovia para operar a 100 km/h.
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Os desafios da construção são inúmeros, incluindo o licenciamento ambiental, desapropriações, e complexidades geotécnicas. Mais de 500 equipamentos e 3.000 funcionários têm trabalhado no projeto, movimentando aproximadamente 9,5 milhões de metros cúbicos de terra.
Atrasos e desafios
A obra enfrentou diversos atrasos, incluindo alterações nas empresas responsáveis e desafios logísticos. Até o momento, foram realizadas seis pontes, 15 passagens em desnível, três trevos e 40 km de pavimentação. Para otimizar a logística, foi estabelecida uma unidade industrial no canteiro, responsável pelo beneficiamento de material pétreo, concretagem e produção de vigas.
Esse megaprojeto não apenas simboliza um avanço em infraestrutura, mas também reflete o esforço contínuo para aprimorar a mobilidade e a qualidade de vida na região. Com sua conclusão da construção, espera-se uma redução significativa no tempo de percurso, melhorando assim a eficiência do comércio e a vida dos cidadãos. Este projeto, marcado por sua escala e complexidade, promete ser um divisor de águas na infraestrutura viária brasileira, destacando a capacidade do país em realizar empreendimentos de grande porte.