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Super ‘avião farejador nuclear’ dos EUA surge sem aviso em meio à tensão entre Israel e Irã e acende alerta sobre armas atômicas

Publicado em 18/06/2025 às 10:23
Avião, EUA, farejador, ISrael
Ao longo da tarde, uma aeronave WC-135W Constant Phoenix realiza exercícios de pouso touch ‘n go na Base Aérea de Offutt, em Nebraska. Foto: Força Aérea dos EUA
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Avião “farejador nuclear” dos EUA decola sem aviso e levanta alerta em meio a tensão entre Israel e Irã sobre armas atômicas

Na noite de segunda-feira, uma movimentação incomum partiu da Base Aérea de Offutt, em Nebraska. O avião WC-135R “Constant Phoenix”, conhecido como “farejador nuclear”, decolou sem anúncio oficial do Pentágono. Essa aeronave é a única no mundo com capacidade para detectar materiais nucleares no ar.

O voo ocorreu no momento em que crescem relatos de ataques israelenses contra instalações nucleares no Irã. Teerã, por sua vez, aumentou o tom das ameaças de retaliação. A saída do WC-135R ganhou atenção entre observadores de defesa e entusiastas que monitoram voos militares.

O Constant Phoenix é operado pelo 45º Esquadrão de Reconhecimento da Força Aérea dos Estados Unidos, com apoio do Destacamento 1 do Centro de Aplicações Técnicas da Força Aérea (AFTAC). Atualmente, há apenas duas unidades em operação.

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O WC-135R é a única aeronave no planeta usada exclusivamente para coleta de material nuclear na atmosfera. A missão segue os termos do Tratado de Proibição Limitada de Testes Nucleares, assinado em 1963.

Durante o voo, o avião coleta partículas e gases do ar. Esses materiais são fundamentais para identificar a presença de isótopos nucleares. A análise ajuda a confirmar se houve explosões nucleares ou vazamentos radiológicos.

O equipamento de bordo permite capturar partículas radioativas por meio de filtros e comprimir o ar em esferas de contenção para exames posteriores em laboratório.

O WC-135R é baseado na plataforma C-135, com quatro motores Pratt & Whitney TF33. A aeronave tem envergadura de quase 131 pés e pode pesar mais de 300 mil libras na decolagem. Seu teto operacional é de 40 mil pés, com alcance superior a 4 mil milhas náuticas.

Apesar de não ser veloz — atinge no máximo 403 mph — o foco está na coleta precisa e nas missões de longa duração. A resistência e a capacidade técnica são os diferenciais.

O histórico da aeronave remonta à década de 1940. Em 1947, uma diretiva do General Dwight D. Eisenhower iniciou o desenvolvimento da frota. Em 1949, um WB-29 detectou o primeiro teste nuclear da União Soviética.

Ao longo das décadas, aviões da série Constant Phoenix participaram de ações como a detecção de radiação do desastre de Chernobyl, em 1986, e outras missões em regiões como a Baía de Bengala, o Oceano Índico, o Mediterrâneo e áreas polares.

Relatos de voos recentes indicam operações em Al Udeid, no Catar, e em Diego Garcia, dois pontos estratégicos. São locais frequentemente associados a zonas com potencial de conflito nuclear.

Mesmo com a ligação pública entre o voo atual e o Irã, especialistas alertam que a operação pode ter outro foco. Brandon Holley, engenheiro de infraestrutura, disse na rede X (ex-Twitter) que o trajeto do WC-135R pode ter feito parte de um treinamento sobre instalações do Comando Estratégico dos EUA.

Outro ponto técnico é o uso de transponders com frequências criptografadas. Isso dificulta o rastreamento preciso em tempo real, o que gera interpretações divergentes.

Ainda assim, a movimentação do WC-135R reforça a importância de manter meios aéreos para detectar sinais de atividade nuclear. Mesmo com o avanço dos satélites e da vigilância cibernética, o papel da aeronave continua relevante.

Mais do que um símbolo da Guerra Fria, o WC-135R segue ativo nos céus. Ele busca evidências invisíveis a olho nu, mas cruciais para a segurança global.

Com informações de Interesting Engineering.

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Romário Pereira de Carvalho

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