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O que a potência mundial China fez para sair de economia fechada a 2ª maior do mundo, ampliar influência em 60 países e se tornar maior parceira comercial do Brasil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 11/08/2025 às 11:01
Potência mundial China transforma economia fechada em segunda maior do planeta e amplia alcance em mercados emergentes
Potência mundial China transforma economia fechada em segunda maior do planeta e amplia alcance em mercados emergentes
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O que a potência mundial China fez para chegar ao topo e como segue expandindo sua influência. De reformas econômicas a estratégias geopolíticas, entenda como a China construiu sua força global e por que segue avançando em novos mercados

A potência mundial China não surgiu por acaso. Em poucas décadas, o país passou de uma economia fechada para a segunda maior do planeta, combinando paciência estratégica, planejamento de longo prazo e um apetite voraz por recursos e mercados. Hoje, sua influência vai muito além das fronteiras asiáticas, afetando diretamente a geopolítica, o comércio e até a cultura de outros países.

De acordo com o especialista Ricardo Geromel convidado do Market Makers, o avanço chinês não é fruto apenas de crescimento econômico acelerado, mas de um reposicionamento global que envolve diplomacia ativa, expansão de empresas estratégicas e investimentos maciços em infraestrutura fora de seu território. Essa combinação tem mudado o equilíbrio de poder internacional.

A virada estratégica: menos dependência dos EUA

Até 2018, mais da metade do superavit comercial da China vinha dos Estados Unidos. Hoje, essa participação caiu para cerca de 30%, resultado de um reposicionamento planejado diante da guerra comercial e das tensões políticas. A potência mundial China diversificou seus parceiros e fortaleceu laços com países da África, América Latina e Sudeste Asiático.

Essa estratégia reduziu o impacto de barreiras impostas por Washington e abriu novas frentes para exportações e investimentos. Com isso, o comércio com os EUA representa apenas uma pequena fração do PIB chinês, dando ao país maior autonomia para enfrentar choques externos.

A Nova Rota da Seda e a expansão global

Um dos principais instrumentos da ascensão chinesa é a Belt and Road Initiative, ou Nova Rota da Seda. Lançado em 2013, o projeto financia obras de infraestrutura em dezenas de países, em troca de acesso privilegiado a mercados e recursos naturais.

No Brasil, esse movimento já é visível. Empresas chinesas têm aumentado presença em setores como energia, tecnologia e agronegócio. Segundo relatos do espeacialista Ricardo Geromel que foi no Market Makers, o país sul-americano é visto como mercado estratégico, não apenas pelo tamanho da população, mas também pela receptividade a produtos e investimentos chineses.

Influência cultural e controle da narrativa

Diferente dos EUA, cujo “sonho americano” foi amplamente difundido pelo cinema, música e moda, a potência mundial China ainda não conseguiu projetar globalmente um “sonho chinês” claro. Mesmo assim, investe de forma indireta na indústria cultural ocidental, financiando produções de Hollywood por meio de empresas como a Alibaba Pictures.

Esse envolvimento permite à China influenciar conteúdos que chegam ao seu mercado interno e reforçar sua imagem no exterior, ainda que de forma sutil. Ao mesmo tempo, mantém rígido controle sobre sua própria narrativa doméstica.

Segurança e modelo interno

A segurança pública é um dos pontos mais destacados por estrangeiros que vivem na China. A presença maciça de câmeras e o controle rígido da ordem urbana permitem que grandes cidades tenham baixos índices de criminalidade.

Por outro lado, o sistema político centralizado limita a liberdade de expressão e o acesso irrestrito à informação. Para o governo chinês, essa é uma troca aceitável para manter estabilidade social e crescimento econômico — e muitos cidadãos apoiam essa visão.

Lições para o Brasil e outros países emergentes

Para o Brasil, a presença crescente da potência mundial China representa tanto oportunidades quanto desafios. Negociar com o gigante asiático exige equilíbrio diplomático para evitar alinhamento exclusivo e preservar relações com outras potências.

Especialistas apontam que a experiência chinesa demonstra o valor do planejamento de longo prazo e da coordenação entre Estado e setor privado, mas também expõe riscos de dependência econômica e tecnológica.

Você acha que o modelo da potência mundial China pode ser replicado em outros países? Acredita que essa estratégia vai garantir a liderança global de Pequim nas próximas décadas? Deixe sua opinião nos comentários e participe da conversa.

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Jgpnunes
Jgpnunes
11/08/2025 14:23

Gosto mais da china do que estados unidos, sua influência é bem vinda ao Brasil, um povo respeitador, e com baixa criminalidade em seu país, já visitei 3 vezes, a última foi em janeiro desse ano, torço por seus investimentos aqui no Brasil, país que ainda está sem solução com esses governantes que temos e falta de cultura

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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