O primeiro projeto viável de Hidrogênio Verde do Brasil recebe R$ 13 bilhões de investimentos e vai gerar milhares de empregos 

Novos investimentos no mercado de hidrogênio verde no Brasil: Rio Grande do Norte receberá aporte bilionário para o setor, que promete gerar milhares de empregos.

O primeiro projeto viável de hidrogênio verde no Brasil será do Rio Grande do Norte, que realizará investimentos de R$ 13 bilhões e promete produzir cerca de 1 GW. O empreendimento, que criará milhares de novos empregos, será localizado no Vale do Assu, em terra, ou seja, onshore, contando com energia eólica (70%) e energia solar (30%).

Projeto de hidrogênio verde no Brasil será construído por parte da Nordex Acciona

Os investimentos para o projeto de hidrogênio verde serão da Nordex Acciona, associada com um grupo local, o Vieira, que possui uma longa história na área médica. O hidrogênio é visto como uma peça importante para um futuro sem carbono quando utilizado como combustível. Entretanto, sua transformação de gás em combustível exige uma grande quantidade de energia renovável.

Desta forma, é essencial prestar atenção na fonte desta energia para que o produto final seja chamado de hidrogênio verde e o Rio Grande do Norte ainda possui muita energia e mão de obra para os novos projetos, que visam gerar diversos empregos.

Em julho, a produtora de aerogeradores de origem alemã Nordex, junto com sua acionista espanhola Acciona, anunciaram a formação de uma joint venture para investimentos em projetos de hidrogênio verde globalmente.

Segundo um comunicado à imprensa, o foco é aproveitar áreas com abundantes recursos eólicos, não ligados a redes elétricas, para desenvolver hubs de parques eólicos integrados e eletrolisadores. Além do projeto de hidrogênio verde no Brasil, a nova empresa já tem garantido 8 sites situados nos Estados Unidos, África, América Latina e avalia oportunidades em outras partes do mundo, com exceção de Portugal e Espanha, onde a Acciona Energia possui aliança com a empresa Plug Power em hidrogênio verde.

Rio Grande do Norte fecha novos acordos de hidrogênio verde

Em visita a Portugal no mês de março para encontro com investidores europeus, a governadora do Rio Grande do Norte (RN), Fátima Bezerra (PT), assinou dois memorandos de entendimento para investimentos em plantas de produção de hidrogênio verde e derivados, gerando diversos empregos. Entre os acordos, está o que foi assinado com o CEO da Voltalia Brasil, Robert Klein, durante cerimônia na cidade do Porto.

A Voltalia é uma empresa da França que conta com mais de 1 GW em projetos de energias renováveis no Rio Grande do Norte, e outros 5 GW em dez estados brasileiros. Fátima Bezerra afirma que o projeto contribuirá com o avanço socioeconômico da região, ampliando os índices associados e um maior aporte de investimentos.

A produção de hidrogênio verde e derivados, como e-metanol e amônia, atenderia tanto ao consumo doméstico quanto à demanda de off-takers internacionais. 

Rio Grande do Norte pode receber R$ 20 bilhões em investimentos

O coordenador de Desenvolvimento Energético do RN, Hugo Fonseca, estima que durante a agenda de encontros no país se possa alcançar a meta de R$ 20 bilhões em investimentos privados para o setor da geração de energia, com foco em novas fontes como o hidrogênio verde e energias associadas.

Segundo Jaime Calado,secretário de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia  da Inovação, por conta das viagens à China, à Dinamarca e outros países da Europa, foi possível atingir R$ 7 bilhões de investimentos em 2020 nas áreas de energias renováveis, no ano seguinte, foram mais de R$ 13 bilhões e em 2022, mais de R$ 31 bilhões de investimentos.

Nos últimos anos, a Vestas assinou um memorando de entendimento com o governo do RN para estudar a viabilidade de implantação do porto-indústria com projetos de eólicas offshore e produção de hidrogênio verde, que promete gerar diversos empregos.