Com 541,3 metros e uma altura simbólica de 1.776 pés, o edifício que redefiniu o horizonte de Nova York é um marco de resiliência e engenharia moderna.
O título de prédio mais alto do continente americano pertence ao One World Trade Center, um imponente arranha-céu localizado em Nova York, nos Estados Unidos. De acordo com o Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano (CTBUH), a autoridade global que certifica as medidas de arranha-céus, a altura oficial do edifício é de 541,3 metros, um número carregado de simbolismo e que o coloca no topo do ranking nas Américas.
Inaugurado em 2014, o edifício não é apenas um moderno complexo de escritórios. Erguido no local do antigo World Trade Center, destruído nos ataques de 11 de setembro de 2001, ele se tornou um marco de resiliência, um ponto turístico com seu observatório e um vizinho do memorial em homenagem às vítimas da tragédia.
A altura de 1.776 pés e a polêmica da agulha
A altura oficial do One World Trade Center é de 1.776 pés, uma referência direta ao ano em que a Declaração de Independência dos Estados Unidos foi assinada. Essa medida, que equivale a 541,3 metros, foi motivo de um importante debate técnico. A controvérsia girava em torno da longa agulha (ou pináculo) de 124,3 metros no topo da estrutura.
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A discussão era se a agulha deveria ser considerada um elemento arquitetônico permanente, que conta para a altura oficial, ou uma antena funcional, que não conta. Em novembro de 2013, o CTBUH tomou sua decisão final: classificou a estrutura como um pináculo arquitetônico, confirmando a altura simbólica de 1.776 pés e garantindo ao One World Trade Center o título de prédio mais alto do continente americano, superando a Willis Tower, em Chicago.
Um símbolo de resiliência no local do antigo World Trade Center
O One World Trade Center foi construído no terreno do antigo complexo do World Trade Center, ocupando especificamente o local onde ficava o prédio 6 WTC. Sua construção foi parte de um esforço massivo para revitalizar a área de Lower Manhattan após a devastação dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Enquanto as fundações das Torres Gêmeas originais foram transformadas no emocionante Memorial & Museu do 11 de Setembro, a nova torre se ergue ao lado como um símbolo de esperança, futuro e da capacidade de reconstrução da cidade.
A engenharia e a segurança na era pós-11 de setembro
Projetado pelo arquiteto David Childs, do escritório Skidmore, Owings & Merrill (SOM), o One World Trade Center foi concebido para ser um dos arranha-céus mais seguros do mundo. A obra, que custou cerca de US$ 3,9 bilhões, estabeleceu novos padrões para a engenharia de grandes edifícios.
Sua estrutura conta com um núcleo maciço de concreto armado de alta resistência, que protege todos os sistemas vitais, como elevadores e escadas de emergência. Essa espinha dorsal robusta, combinada com uma estrutura de aço externa, cria um sistema híbrido que oferece níveis de segurança e resiliência muito superiores aos códigos de construção da época.
As múltiplas funções do prédio mais alto do continente americano
Além de abrigar um dos mais importantes complexos de escritórios de Nova York, o prédio mais alto do continente americano tem outras funções vitais para a cidade. No topo, entre os andares 100 e 102, está localizado o One World Observatory, um dos observatórios mais visitados do mundo, que oferece vistas panorâmicas de 360 graus de Manhattan e seus arredores.
O edifício também funciona como uma âncora para o turismo na região, dialogando diretamente com o National September 11 Memorial & Museum, que ocupa o restante do terreno e recebe milhões de visitantes todos os anos.
O novo ícone na paisagem de Manhattan
Com sua forma geométrica elegante, que se transforma de um quadrado na base a um octógono no meio e culmina em outro quadrado girado no topo, o One World Trade Center se tornou uma presença inconfundível no horizonte de Nova York. Sua fachada de vidro reflete a luz de maneiras diferentes ao longo do dia, criando um efeito visual dinâmico. O farol de luz em seu pináculo serve como um novo marco na paisagem noturna da cidade, consolidando seu lugar como um dos ícones arquitetônicos do século XXI.