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O prédio mais alto de São Paulo está quase pronto: com 219 metros, 39 andares e mirante com piso de vidro, nova torre Alto das Nações vai receber 10 mil pessoas por dia até 2025

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 08/10/2025 às 21:56
Com 219 metros e 39 andares, a torre Alto das Nações será o prédio mais alto de São Paulo em 2025, com mirante e rooftop panorâmico.
Com 219 metros e 39 andares, a torre Alto das Nações será o prédio mais alto de São Paulo em 2025, com mirante e rooftop panorâmico.
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Com 219 metros e 39 andares, a torre Alto das Nações será o prédio mais alto de São Paulo em 2025, superando o Platina 220 e oferecendo mirante 360º, rooftop panorâmico e estrutura para 10 mil pessoas

O horizonte de São Paulo vai mudar radicalmente nos próximos anos. Em construção no complexo multiuso Paseo Alto das Nações, na Zona Sul da cidade, um edifício corporativo promete se tornar o novo símbolo da verticalização paulistana ao alcançar impressionantes 219 metros de altura e 39 pavimentos.

Quando inaugurada, prevista para o final de 2025, a torre Alto das Nações superará todos os demais arranha-céus da capital e ocupará o posto de prédio mais alto da metrópole.

Uma nova era para o skyline paulistano

A torre em construção ficará localizada na Avenida Nações Unidas e será parte de um amplo empreendimento desenvolvido pela WTorre.

Sua altura superará os 172 metros do Platina 220, inaugurado em 2022 no Tatuapé e atual detentor do título de mais alto da cidade.

Além do edifício corporativo, o complexo abrigará um centro comercial com mais de 40 lojas, incluindo um hipermercado Carrefour, uma torre mista, uma torre residencial e um parque com 32 mil metros quadrados.

De acordo com a Carrefour Property, uma das empresas envolvidas na construção, a primeira fase do projeto foi concluída em dezembro de 2022 com a entrega do centro comercial Paseo Alto das Nações.

A segunda etapa, finalizada em 2023, incluiu a torre mista com sete andares corporativos e 18 residenciais — totalizando 161 unidades em 113 metros de altura — além de uma praça pública e a integração do complexo com a estação Granja Julieta da Linha 9-Esmeralda da CPTM.

Construção em ritmo acelerado e desafios diários

A torre corporativa, que será o edifício mais alto de São Paulo, ainda está em construção e deve ser concluída no fim de 2025.

Já a torre residencial, com 38 pavimentos, 216 unidades e 133,96 metros de altura, será inaugurada até o fim de 2026, concluindo o projeto completo.

Walter Genovez, diretor de engenharia, destacou ao Estadão a magnitude da obra e os desafios enfrentados diariamente. “Cada dia nós somos a torre mais alta de São Paulo. Começamos esse empreendimento, o mais icônico da cidade, em fevereiro de 2021, e seguimos avançando com uma obra de grande magnitude. Estamos finalizando a superestrutura de concreto, instalando fachadas de vidro e elevadores simultaneamente”, afirmou.

Genovez também enfatizou a importância da segurança no canteiro. “A altura é um desafio que enfrentamos todos os dias: vento, chuva, logística. Temos que equilibrar segurança, qualidade e prazo. Se for preciso parar, paramos. A segurança vem em primeiro lugar”, disse.

O cronograma de construção prevê um ritmo agressivo, com a execução de duas lajes e meia por mês, cada uma com mais de 2.500 m².

Do primeiro Carrefour ao projeto urbano do futuro

O projeto Alto das Nações tem um simbolismo especial: ele está sendo erguido no mesmo terreno onde funcionou a primeira loja do Carrefour no Brasil.

Segundo Guilherme Nargara, diretor de projeto, essa conexão histórica se soma à proposta de transformar a região em um novo polo urbano. “Aqui estamos exatamente no local da loja número um. Fizemos uma nova loja, a torre mista e a praça que conecta com a Rua Alexandre Dumas. Agora chegamos à terceira fase: a torre corporativa, que será a maior torre de escritórios do Brasil e de São Paulo”, explicou.

O edifício deverá abrigar cerca de 10 mil pessoas e contará com 33 elevadores divididos em quatro zonas, além de escadas rolantes.

O projeto inclui uma praça privada de uso público com 32 mil m², teatro e diversas opções de comércio e serviços, com o objetivo de manter o fluxo de pessoas ativo durante todo o dia e evitar que a região se torne deserta à noite.

Mirante panorâmico e experiências no topo

Um dos diferenciais da torre Alto das Nações será o seu rooftop, que funcionará como um mirante aberto ao público. O espaço oferecerá uma vista panorâmica de 360º de São Paulo, incluindo a Avenida Paulista, a Marginal Pinheiros e até a represa de Guarapiranga.

Além disso, haverá uma atração especial: uma caixa de vidro projetada para fora do prédio, permitindo que visitantes tenham a sensação de “flutuar” sobre a cidade, semelhante a experiências oferecidas em edifícios icônicos de Chicago.

A corrida dos arranha-céus paulistanos

A construção da torre Alto das Nações representa um novo capítulo na história da verticalização de São Paulo. Em 2022, o Platina 220 assumiu a liderança ao alcançar 172 metros, superando o Mirante do Vale (170 m) e o Figueira Altos do Tatuapé (168 m).

A chegada de novos gigantes reflete a tendência de substituição de casas e sobrados por edifícios de grande porte, especialmente em bairros tradicionalmente horizontais.

No entanto, esse processo não ocorre sem controvérsias. O urbanista Lucas Chiconi, morador do Tatuapé, afirmou ao g1 que a verticalização intensa pode apagar a memória e a identidade dos bairros.

Em 2019, ele integrou um grupo que tentou impedir a demolição de casas da década de 1950 pertencentes à vila operária João Migliari, a apenas um quilômetro do Platina 220.

Vinte das 60 casas foram demolidas para a construção de um novo empreendimento, e o restante acabou destruído antes mesmo de serem avaliadas pelos órgãos de patrimônio histórico.

Altura sempre foi motivo de debate

A busca por altura não é um fenômeno recente em São Paulo. Desde os anos 1920, a cidade discute os limites da verticalização. Em 1924, o edifício Sampaio Moreira, com apenas 12 andares, causou espanto ao romper o padrão de seis pavimentos da época e foi chamado de “feiura” por muitos paulistanos.

O título de prédio mais alto durou pouco. Em 1929, o edifício Martinelli foi inaugurado ao lado do Sampaio Moreira, iniciando uma disputa por metros de altura que se estenderia por décadas e atravessaria fronteiras, com rivalidades inclusive com construções argentinas.

Um novo ícone para a maior cidade do país

Com a conclusão da torre Alto das Nações, São Paulo ganhará não apenas um novo marco arquitetônico, mas também um símbolo de sua constante transformação urbana.

O edifício não será apenas o mais alto da cidade: ele representará a combinação de modernidade, funcionalidade e inovação, com espaços de convivência, mirante aberto ao público e integração com transporte público e comércio.

Mais do que alterar o skyline paulistano, a torre será parte de uma proposta mais ampla de reconfiguração urbana, na qual trabalho, lazer, serviços e mobilidade se encontram em um mesmo espaço. Em 2025, quando a estrutura for finalmente inaugurada, a cidade verá nascer não apenas um prédio recordista, mas um novo capítulo em sua história vertical.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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