Islândia é eleita o país mais seguro do mundo em 2025 pelo Global Peace Index, com quase zero criminalidade, alta confiança social e ausência de forças armadas permanentes.
A Islândia, pequena ilha no Atlântico Norte com cerca de 390 mil habitantes, foi novamente eleita o país mais seguro do mundo em 2025, segundo o Global Peace Index (GPI), relatório elaborado anualmente pelo Institute for Economics and Peace (IEP). O estudo analisa 163 nações com base em indicadores de segurança interna, criminalidade, estabilidade política, presença de forças militares e respeito aos direitos civis. A Islândia ocupa o primeiro lugar desde 2008, mantendo uma estabilidade impressionante mesmo em meio às crises globais.
O segredo da segurança islandesa
A Islândia deve sua posição a um conjunto de fatores socioculturais e econômicos únicos. Com uma taxa de homicídios próxima de zero, o país praticamente não registra crimes violentos. Segundo dados do governo islandês, em 2024 houve apenas um homicídio em todo o território, um número considerado estatisticamente irrelevante.
Outro aspecto determinante é o nível de confiança social. Em Reykjavík, a capital, é comum ver carrinhos de bebê deixados do lado de fora de cafeterias enquanto os pais tomam café, e casas frequentemente permanecem sem trancas nas portas, algo impensável em grande parte do mundo.
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Essa cultura de confiança mútua se reflete também nas instituições: pesquisas mostram que mais de 90% dos cidadãos confiam na polícia, e os próprios policiais não portam armas de fogo em patrulhas cotidianas.
Economia estável e igualdade social
Apesar de ser um país pequeno e isolado, a Islândia possui uma das economias mais desenvolvidas do planeta, com PIB per capita de cerca de US$ 80 mil e forte presença em setores como energia renovável, turismo e tecnologia.
A matriz energética islandesa é quase 100% limpa, baseada em energia geotérmica e hidrelétrica, o que reduz tensões sociais e ambientais.
O sistema de bem-estar social é outro pilar da estabilidade. A desigualdade é uma das mais baixas do mundo, e os índices de educação e saúde figuram entre os mais altos, com expectativa de vida média superior a 83 anos. A coesão social é reforçada por uma política penal voltada à reabilitação e não à punição, o sistema prisional tem uma das menores taxas de reincidência do planeta.
Um modelo de convivência pacífica
A Islândia também se destaca por não ter forças armadas permanentes. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o país optou por uma política de neutralidade militar, mantendo apenas uma pequena guarda costeira e participação simbólica em missões da OTAN.
Essa ausência de exército é vista por muitos analistas como um reflexo do sucesso interno de sua política de segurança civil.
Além disso, o país possui uma das menores populações carcerárias da Europa e não enfrenta ameaças terroristas internas ou externas, de acordo com o Global Terrorism Database 2025. Os índices de corrupção também são praticamente inexistentes, fazendo da Islândia um dos países mais transparentes e eficientes em governança pública.
Um exemplo global de equilíbrio entre liberdade e segurança
Segundo Steve Killelea, fundador do Institute for Economics and Peace, a Islândia é “um exemplo de como a segurança não depende apenas de força militar, mas de coesão social, transparência e confiança institucional”.
O relatório também destaca que países escandinavos, como Dinamarca, Noruega e Suécia, aparecem entre os dez mais seguros, reforçando o modelo nórdico de sociedade pacífica e sustentável.
Enquanto o mundo enfrenta tensões políticas, crises climáticas e conflitos armados, a Islândia se mantém como um oásis de tranquilidade. Um lugar onde a paz é tão natural quanto suas paisagens vulcânicas, e onde o conceito de segurança vai muito além da ausência de crime — é parte da cultura, da educação e do cotidiano de seu povo.



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