Cientistas apresentam um plano inovador para detectar matéria escura no espaço. Descubra como essa pesquisa pode transformar nossa visão do universo!
A matéria escura é um dos grandes mistérios do Universo, influenciando a estrutura cósmica sem que sua natureza seja completamente compreendida. Agora, cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, estão desenvolvendo um experimento inovador para tentar detectá-la diretamente no espaço.
A matéria escura não pode ser vista ou detectada diretamente, pois não interage com a luz nem com outras formas de radiação eletromagnética.
No entanto, sua existência é inferida a partir de seus efeitos gravitacionais sobre a matéria visível. Estudos mostram que ela supera a matéria comum em uma proporção de aproximadamente seis para um.
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Essa discrepância é observada, por exemplo, na velocidade inesperadamente alta das partes externas das galáxias e na distorção do espaço-tempo ao redor de grandes massas.
Apesar de diversas tentativas, nenhum experimento realizado na Terra conseguiu detectar diretamente a matéria escura. Isso levou os cientistas a buscar novas abordagens para resolver esse enigma.
Um novo experimento no espaço
A equipe da Universidade de Southampton propõe um método inovador: a levitação de folhas de grafite em microgravidade para identificar anomalias sutis que possam indicar a presença de matéria escura. O experimento será enviado à órbita da Terra a bordo do satélite Jovian-1, onde ficará em operação por dois anos.
Segundo o físico Tim Fuchs, um dos líderes do projeto, o objetivo é testar a interação da matéria escura com as folhas de grafite. “Nosso experimento é diferente de tudo que já foi tentado antes: vamos fazer grafite levitar entre ímãs que, em gravidade zero, são incrivelmente sensíveis a pequenas forças“, explica.
A ideia é que, caso haja uma densidade suficientemente alta de matéria escura ao redor do satélite, um “vento” escuro empurre suavemente as partículas levitadas, um efeito que poderia ser medido.
Impacto e perspectivas futuras
O satélite Jovian-1, do tamanho aproximado de uma caixa de sapatos, transportará vários experimentos desenvolvidos por estudantes das universidades de Southampton, Portsmouth e Surrey, todas no Reino Unido.
O lançamento está previsto para o início de 2026, e os resultados poderão trazer insights valiosos sobre a natureza da matéria escura.
Caso o experimento detecte sinais dessa substância, poderemos estar diante de um dos avanços mais significativos da física moderna.
Mas mesmo que não haja uma detecção direta, os dados coletados ajudarão a refinar teorias e aprimorar futuras tentativas de compreensão da matéria escura.
“Há teorias que dizem que a taxa de interação da matéria escura pode ser tão alta que não consegue penetrar nossa atmosfera ou as montanhas sob as quais os detectores foram construídos. Isso pode explicar por que muitos dos principais experimentos na Terra falharam em encontrá-la“, afirma Fuchs.
A missão do Jovian-1 será a primeira a testar essa tecnologia de levitação no espaço, abrindo caminho para novas abordagens na busca pela matéria escura.
Se bem-sucedida, poderá revolucionar nosso entendimento do Universo e levar a descobertas científicas sem precedentes.
Com informações de sciencealert.