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O novo Polo 2026 que combinará o motor TSI com um sistema elétrico para fazer mais de 20 km/l

Publicado em 19/06/2025 às 23:43
Atualizado em 22/06/2025 às 16:24
O novo Polo 2026: os segredos do plano da VW para ter um híbrido que faz mais de 20 km/l
O novo Polo 2026: os segredos do plano da VW para ter um híbrido que faz mais de 20 km/l
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Com um investimento de R$ 16 bilhões, a Volkswagen prepara sua ofensiva de carros híbridos no Brasil para competir com a Toyota e as marcas chinesas, e o novo Polo 2026 está no centro da estratégia

Pressionada pelo sucesso dos híbridos da Toyota e pela invasão dos carros elétricos chineses, a Volkswagen está correndo contra o tempo para lançar sua aguardada tecnologia híbrida flex no Brasil. No centro da estratégia está o novo Polo 2026, que promete superar os 20 km/l usando o sistema e-TSI, uma abordagem diferente da concorrência.

Para isso, a VW aposta em seu sistema e-TSI, uma tecnologia híbrida-leve que otimiza a eficiência dos já conhecidos motores a combustão. No entanto, a estratégia é complexa e o Polo pode não ser o primeiro a estrear a motorização mais avançada, dividindo o protagonismo com uma inédita picape.

O investimento de R$ 16 bilhões, a contraofensiva da VW no Brasil

A decisão da Volkswagen de entrar de cabeça no mercado de eletrificados é uma questão de sobrevivência. A marca viu a Toyota dominar o segmento de híbridos e as montadoras chinesas, como BYD e GWM, conquistarem o público com carros elétricos de preço agressivo. Para não ficar para trás, a VW anunciou um investimento de R$ 16 bilhões no Brasil até 2028.

O dinheiro será usado para modernizar suas fábricas e nacionalizar a produção da nova tecnologia. A planta de São Carlos (SP) será responsável pelo novo motor 1.5 e-TSI Flex a partir de 2025. A fábrica de São Bernardo do Campo (SP) cuidará da plataforma MQB Hybrid. E a unidade de São José dos Pinhais (PR) produzirá a nova picape da marca.

A tecnologia e-TSI, o motor que desliga para economizar combustível

A tecnologia escolhida pela VW para o Brasil é a e-TSI, um sistema híbrido-leve (mild-hybrid ou MHEV) de 48 volts. Diferente de um híbrido pleno como o da Toyota, onde o motor elétrico pode mover o carro sozinho, o sistema da VW funciona como um assistente inteligente.

Na prática, ele funciona de duas formas. A primeira é o modo ‘velejar’ (coasting): em uma estrada, ao tirar o pé do acelerador, o sistema desliga o motor a combustão e o carro segue no embalo, como se estivesse em ponto morto, mas com total segurança, economizando muito combustível. A segunda é um ‘empurrãozinho’ elétrico (boost) nas arrancadas, que torna o carro mais ágil e suave.

É possível fazer mais de 20 km/l? A análise da meta de consumo

A meta de consumo que circula no mercado, superior a 20 km/l, é tecnicamente possível. Dados de homologação do Volkswagen Golf na Europa, equipado com o mesmo motor 1.5 e-TSI, mostram um consumo de até 21,7 km/l com gasolina no ciclo rodoviário. Isso é alcançado principalmente graças ao modo “coasting”.

O grande desafio da engenharia brasileira será adaptar o sistema para a tecnologia flex, já que o etanol tem um poder energético menor e, consequentemente, um consumo maior. Os números oficiais do Inmetro para o modelo nacional serão cruciais para o sucesso do carro.

Polo pode não ser o primeiro, a estratégia da VW com a picape Udara

Embora muito se fale do Polo, fontes da indústria automotiva indicam que a estreia do motor 1.5 e-TSI deve acontecer na nova picape compacta-média da VW (Projeto Udara), em 2026. A estratégia seria lançar a tecnologia mais avançada em um produto de maior valor agregado.

Isso não significa que o novo Polo 2026 ficará de fora. O hatch, líder de vendas no país, deverá receber uma versão híbrida para se manter competitivo. No entanto, a aposta mais provável é que ele seja equipado com uma variante baseada no motor 1.0 TSI, para que seu preço não suba a um patamar que o tire da briga com seus concorrentes diretos.

Como o novo Polo 2026 enfrentará a concorrência

A Volkswagen enfrentará um grande desafio de posicionamento. O novo Polo 2026 híbrido corre o risco de cair em uma ‘sinuca de bico’ estratégica: caro demais para competir com os carros a combustão e com benefícios menos claros que os elétricos puros, como o BYD Dolphin, ou os híbridos plenos, como o futuro Toyota Yaris Cross. O sucesso do modelo dependerá de uma precificação quase perfeita e de uma comunicação muito eficaz para justificar seu lugar neste novo e concorrido mercado.

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Lédio machado
Lédio machado
23/06/2025 13:32

Tem um equívoco, Engenharia da Alemanha e não do Brasil
Não existe fábrica de automóveis Brasileira

Fabio
Fabio
22/06/2025 20:04

Sinceramente, algo que eu tenho esperado da VWB, mas sempre atrasada! A Ford saiu de cena e a VWB assumiu a pecha de estar sempre atrás!

Jonas
Jonas
22/06/2025 17:01

Essas tecnologias já são vistas nos Coreanos Kia/Hyundai que nem são citados na matéria

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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