Com o novo duto da Petrobras, o milho se torna matéria-prima estratégica para o etanol e o SAF, conectando o Centro-Oeste a São Paulo em uma rota logística inédita
A Petrobras anunciou a construção de um novo duto da Petrobras com 2.030 km de extensão e investimento superior a R$ 2 bilhões, dedicado ao transporte de biocombustíveis do Centro-Oeste até São Paulo. A obra, prevista para entrar em operação entre 2025 e 2030, faz parte do plano de logística da estatal, que destina US$ 3,6 bilhões até 2029 para ampliar a rede dutoviária.
Segundo informações do Monitor Mercantil, o empreendimento reforça a aposta da empresa em integrar o agronegócio ao setor energético, transformando o milho em insumo central para a produção de etanol e do Combustível Sustentável de Aviação (SAF). A medida conecta diretamente a expansão agrícola do Mato Grosso à transição energética global.
Quem será beneficiado pelo novo duto da Petrobras?
O duto vai ligar o interior do Mato Grosso a São Paulo, escoando a produção das novas usinas de etanol de milho, que vêm se multiplicando na região.
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Isso reduz custos logísticos, amplia a competitividade do setor sucroenergético e fortalece a posição do Brasil como fornecedor de biocombustíveis.
De acordo com Daniel Sales Correa, gerente da Petrobras, o milho passa a ser tratado como insumo estratégico para o futuro energético, especialmente na rota de produção do SAF, combustível que vem sendo exigido por companhias aéreas globais em resposta a metas ambientais.
Quanto será investido e quais os desafios?
O novo duto da Petrobras exigirá mais de R$ 2 bilhões em investimentos diretos e integra o maior pacote de obras em infraestrutura energética desde a década passada.
O objetivo é atender à crescente demanda por biocombustíveis e reduzir gargalos logísticos, garantindo maior segurança no transporte de líquidos inflamáveis.
No entanto, especialistas lembram que a obra enfrenta desafios de licenciamento ambiental e de integração regulatória, já que será necessário conciliar legislações estaduais e federais.
Onde entra a questão do gás natural?
O debate logístico também envolve o fornecimento de gás natural ao Centro-Oeste, hoje insuficiente para atender cidades como Brasília.
A queda no fornecimento da Bolívia pressiona o sistema, exigindo novas rotas via Sudeste e investimentos na diversificação da matriz energética.
Segundo Helder Ferraz, diretor da NTS, a modernização regulatória será decisiva.
Já Jorge Hijjar, da TBG, revelou que 30 contratos de transporte de gás já foram assinados, indicando demanda crescente mesmo diante das incertezas.
Novas fontes de energia no radar da Petrobras
O novo duto da Petrobras também se conecta ao debate sobre hidrogênio e biometano, que ganham espaço como alternativas.
Estudos da Universidade Federal do Ceará mostram que até 3% de hidrogênio pode ser inserido em dutos de aço, abrindo caminho para futuras adaptações.
Juristas, porém, alertam: a ANP ainda não estabeleceu regras claras para a intercambialidade entre gás natural, hidrogênio e biometano.
Sem isso, o mercado pode enfrentar insegurança jurídica e atraso em investimentos.
Vale a pena para o Brasil?
Para o Monitor Mercantil, o novo duto representa uma virada estratégica: conecta a força do agronegócio à transição energética, posiciona o Brasil na corrida mundial pelo SAF e amplia a competitividade logística em um mercado global em transformação.
A expectativa é que o projeto não só reduza custos internos, mas também abra espaço para o país liderar a exportação de biocombustíveis avançados, incluindo etanol de milho e derivados de segunda geração.
E você, acredita que o novo duto da Petrobras será um divisor de águas para a transição energética no Brasil? Ou os riscos regulatórios e ambientais ainda podem atrasar o impacto esperado? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.
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