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O motor lendário que rodou mais de 1 milhão de km sem precisar de retífica: histórias reais de durabilidade que transformaram Mercedes e Toyota em lendas da mecânica

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 10/09/2025 às 11:15
O motor lendário que rodou mais de 1 milhão de km sem precisar de retífica: histórias reais de durabilidade que transformaram Mercedes e Toyota em lendas da mecânica
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Motores lendários da Mercedes-Benz e Toyota rodaram mais de 1 milhão de km sem retífica e viraram símbolos de durabilidade automotiva.

Em um mundo onde a maioria dos carros precisa de grandes reparos antes de atingir 300 mil km, alguns motores se tornaram lendas por desafiar a lógica. Casos reais, registrados em diferentes países, mostram unidades que ultrapassaram 1 milhão de km rodados sem nunca terem passado por retífica. Entre eles estão os robustos diesel da Mercedes-Benz e os indestrutíveis propulsores da Toyota, símbolos de confiabilidade e engenharia acima da média.

Essas histórias impressionam porque revelam que, com manutenção adequada e projeto sólido, é possível alcançar marcas que parecem inalcançáveis para a maioria dos veículos modernos.

O Mercedes-Benz OM617: o motor que virou lenda

Um dos exemplos mais famosos é o OM617, motor diesel de cinco cilindros lançado pela Mercedes-Benz nos anos 1970. Equipava modelos como o 300D e ficou conhecido pela resistência em condições extremas.

Com manutenção simples — troca de óleo, filtros e ajustes regulares —, muitas unidades ultrapassaram 1 milhão de km rodados sem precisar de grandes reparos.

Há registros oficiais de táxis na Europa e no Oriente Médio que chegaram a 1,5 milhão de km com motores OM617 ainda em funcionamento original. A robustez do projeto, aliado ao uso de peças reforçadas e engenharia voltada para a longevidade, fez desse propulsor um marco da indústria.

O caso impressionante do táxi Mercedes com 4,6 milhões de km

O exemplo mais famoso de todos está no Museu da Mercedes-Benz em Stuttgart, Alemanha. Lá está preservado um 240D usado como táxi na Grécia, que rodou 4,6 milhões de km ao longo de décadas de uso.

O motor não foi retificado, apenas recebeu manutenções básicas e substituições de periféricos. O carro foi doado à montadora após se tornar símbolo mundial de confiabilidade.

Esse caso não apenas reforça a fama dos motores Mercedes, mas também virou peça de marketing da marca, mostrando ao mundo que durabilidade pode ser um dos maiores atributos de um automóvel.

Toyota 1HZ e 2JZ: ícones da durabilidade japonesa

Se a Alemanha entregou motores lendários no diesel, o Japão não ficou para trás. A Toyota também é dona de casos emblemáticos:

  • 1HZ (4.2 diesel, usado no Land Cruiser): criado para durar em regiões inóspitas, esse motor ultrapassou facilmente 1 milhão de km em unidades usadas na Austrália e África, onde veículos são expostos a altas temperaturas e terrenos hostis.
  • 2JZ (3.0 gasolina, usado no Supra e Lexus): famoso no mundo da performance, esse motor também ficou conhecido pela durabilidade. Há relatos de veículos com 800 mil a 1 milhão de km rodados em motores originais, sem necessidade de abrir o bloco.

Esses motores ajudaram a consolidar a Toyota como referência mundial em confiabilidade, especialmente em frotas comerciais, expedições e táxis, onde a durabilidade é essencial.

Por que esses motores duravam tanto?

A longevidade impressionante desses motores não era coincidência. Alguns fatores explicam a resistência acima da média:

  • Projeto conservador: baixa potência específica e foco na durabilidade, não na performance extrema.
  • Peças reforçadas: blocos de ferro fundido espesso, virabrequins resistentes e componentes dimensionados para suportar décadas de uso.
  • Manutenção regular: trocas de óleo, filtros e cuidados básicos eram suficientes para preservar a saúde mecânica.
  • Uso em regimes constantes: táxis e frotas rodavam longas distâncias em velocidade estável, o que reduz desgaste comparado ao uso urbano severo.

Esse conjunto fazia com que os motores se tornassem quase indestrutíveis, acumulando quilometragens que parecem impossíveis hoje em dia.

Comparação com os carros modernos

Muitos motoristas se perguntam: por que os carros atuais dificilmente chegam a 1 milhão de km sem retífica? A resposta está na própria evolução da indústria.

Hoje, os motores são projetados para entregar mais potência, menor consumo e menores emissões, mas essa busca por eficiência exige componentes mais leves e tolerâncias mais apertadas.

Isso, naturalmente, reduz a longevidade em comparação aos motores superdimensionados do passado.

Além disso, a troca mais frequente de veículos e o avanço tecnológico fazem com que poucas pessoas mantenham um carro por tempo suficiente para atingir marcas milionárias de quilometragem.

O legado dos motores de 1 milhão de km

Os motores que ultrapassaram a barreira de 1 milhão de km sem retífica se tornaram lendas e continuam sendo lembrados como exemplos de uma engenharia que priorizava robustez acima de tudo.

O OM617 da Mercedes-Benz e o 1HZ da Toyota são ícones dessa era, inspirando respeito até hoje entre colecionadores e entusiastas.

Essas histórias servem como lembrete de que a durabilidade extrema já foi prioridade absoluta em algumas montadoras. E, para quem valoriza carros que nunca deixam o motorista na mão, esses motores serão sempre símbolos de confiança e resistência.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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