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O carro enterrado em 1957 e desenterrado 50 anos depois: cápsula do tempo revelou um clássico intacto que hoje virou peça de museu e joia rara do mundo moderno

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 10/09/2025 às 09:12
O carro enterrado em 1957 e desenterrado 50 anos depois: cápsula do tempo revelou um clássico intacto que hoje virou peça de museu e joia rara do mundo moderno
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Em Tulsa, EUA, um Plymouth Belvedere ficou enterrado 50 anos como cápsula do tempo e virou peça de museu após ser encontrado corroído.

Em 1957, a cidade de Tulsa, em Oklahoma (EUA), decidiu criar uma cápsula do tempo inusitada para celebrar o centenário do estado. Em vez de enterrar apenas documentos ou objetos pequenos, os organizadores escolheram um automóvel novinho em folha como símbolo da modernidade da época: um Plymouth Belvedere zero-quilômetro. O veículo foi colocado dentro de uma câmara subterrânea de concreto armado, construída nos jardins do tribunal local.

A promessa era clara: 50 anos depois, em 2007, o carro seria desenterrado e revelado à população como um presente às gerações futuras, mostrando o que significava ter um automóvel moderno em meados do século 20.

Um símbolo de confiança no futuro

Na década de 1950, o automóvel era um dos maiores símbolos do sonho americano. O Belvedere escolhido representava status, design arrojado e a força da indústria automobilística dos EUA. A cápsula foi planejada para resistir a tudo — inclusive a um possível ataque nuclear, uma preocupação real da Guerra Fria.

Além do carro, foram enterrados objetos e previsões sobre o futuro, como estimativas da população da cidade e registros culturais da época. Tulsa queria mostrar para as futuras gerações a ousadia de seu tempo.

O desfecho inesperado em 2007

Cinquenta anos depois, em junho de 2007, milhares de pessoas se reuniram em Tulsa para assistir ao desenterramento do Plymouth Belvedere. O que deveria ser um espetáculo de nostalgia e orgulho acabou se transformando em decepção.

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A câmara que deveria proteger o carro não resistiu à infiltração de água subterrânea. Quando a cápsula foi aberta, o que se encontrou não foi um veículo reluzente, mas sim uma carcaça enferrujada, coberta por ferrugem, lama e corrosão.

O estofado havia se desintegrado, os cromados estavam comprometidos e boa parte da estrutura havia sido devorada pelo tempo.

Do sonho ao fracasso preservado

Apesar do estado lamentável, o carro não deixou de ter valor histórico. O “Miss Belvedere”, como foi apelidado, tornou-se um exemplo de como projetos grandiosos podem ter resultados imprevisíveis. O automóvel, mesmo deteriorado, virou atração mundial.

Durante anos, especialistas tentaram recuperar o veículo, mas o nível de dano era tão profundo que restaurar não seria viável sem descaracterizá-lo completamente.

A solução encontrada foi a estabilização: o carro passou por tratamento químico para conter o avanço da ferrugem e preservar sua condição como cápsula do tempo danificada.

Miss Belvedere ganha lugar em museu

Após ficar armazenado por cerca de uma década em oficinas e depósitos, o Plymouth Belvedere finalmente encontrou um destino definitivo.

Em 2020, ele foi transferido para o Historic Auto Attractions Museum, em Roscoe, Illinois. Hoje, o carro está exposto exatamente como foi encontrado em 2007: corroído, mas preservado como testemunha silenciosa de um experimento ousado que não saiu como planejado.

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Visitantes podem ver de perto o veículo que deveria ser uma joia do futuro, mas acabou se tornando uma reliquia corroída, símbolo do poder do tempo e da imprevisibilidade das grandes ideias.

O que essa história nos ensina

A saga do Miss Belvedere ensina algumas lições valiosas:

  • A força do tempo é implacável: mesmo uma cápsula reforçada não foi capaz de resistir à infiltração e à ação da água.
  • A importância da preservação correta: projetos de cápsulas do tempo exigem planejamento cuidadoso para evitar que o conteúdo seja destruído.
  • O valor da história não está apenas no sucesso: embora tenha sido um “fracasso” no objetivo inicial, o carro ganhou relevância justamente por ter sobrevivido em condições tão deterioradas.

O carro que virou cápsula do tempo automotiva

Hoje, o Miss Belvedere é considerado uma das histórias mais curiosas da indústria automotiva. O que era para ser a demonstração de como a modernidade dos anos 50 se perpetuaria intacta para o futuro acabou se transformando em um lembrete de que até mesmo o aço e o design mais avançado sucumbem ao tempo.

De símbolo de progresso a peça de museu corroída, o Plymouth Belvedere de Tulsa se tornou uma verdadeira cápsula do tempo automotiva — não pela perfeição preservada, mas pelas marcas que carregou de cinco décadas soterrado.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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