Com 1.600 cavalos de potência, o colossal motor W16 precisa de 10 radiadores para funcionar e consome 60.000 litros de ar por minuto em velocidade máxima.
O motor do Bugatti Chiron é mais do que uma peça de um carro; é um monumento da engenharia. Com uma arquitetura única de 16 cilindros em “W”, 8.0 litros e quatro turbos, ele representa o auge da era da combustão interna. Essa usina de força gera impressionantes 1.600 cavalos, mas para fazer isso, precisa de soluções extremas para não superaquecer.
A produção desta obra de arte mecânica, que começou em 2005 com o Veyron, chega ao seu fim em 2025, tornando cada unidade uma peça de museu. Entenda como funciona essa lenda da engenharia, por que ela precisa de um sistema de refrigeração tão complexo e qual será o seu legado.
Como o motor W16 de 8.0 litros e 1.600 cv foi construído
A complexidade do motor do Bugatti Chiron começa em seu design. Ele não é um V16 tradicional. Sua arquitetura W16 é, na prática, a união de dois motores VR8 de ângulo estreito, montados em um único virabrequim. Essa solução engenhosa permitiu criar um motor de 16 cilindros com as dimensões de um V12 convencional, algo essencial para o projeto.
-
Por menos de R$ 70 mil, hatch automático com motor 1.6 de 120 cv, câmbio de 6 marchas e central de 10″ ainda garante isenção de IPVA; conheça o Citroën C3 Live Pack 2024
-
Confiança da Toyota balança: Corolla tem falha nos bicos injetores com etanol e Hilux sofre quebra da bomba de alta pressão por erro em liga metálica
-
Motor EA211 Evo será produzido em São Carlos, traz ciclo Miller, estreia no Brasil em versões 1.0 e 1.5 híbridas, com promessa de menor consumo e maior durabilidade
-
Qual o melhor motor Volkswagen EA211? Comparativo mostra 1.0 MPI mais barato, 1.0 TSI equilibrado e 1.4 TSI mais potente
Sua montagem é um processo artesanal. Cada motor é montado à mão por apenas dois técnicos na fábrica da Volkswagen em Salzgitter, na Alemanha. O processo leva seis dias para unir suas 3.712 peças individuais. Para o Chiron, a Bugatti aprimorou o projeto do antecessor Veyron com turbos 69% maiores e um sistema sequencial. Abaixo de 3.800 rpm, apenas dois turbos funcionam para uma resposta rápida. Acima disso, os outros dois são ativados, entregando a potência máxima de 1.600 cv e 1.600 Nm de torque.
Por que o sistema com 10 radiadores é essencial para não derreter?
Gerar 1.600 cavalos de potência tem uma consequência inevitável: um calor extremo. Para cada cavalo de potência usado para mover o carro, o motor gera quase dois em energia térmica desperdiçada, totalizando mais de 3.000 cavalos de potência em calor. Sem um sistema de refrigeração à altura, o motor falharia em segundos.
A solução da Bugatti foi criar um complexo sistema com 10 radiadores. Essa rede não é um exagero, mas uma necessidade física. Ela é composta por:
- Três radiadores para o motor: Cuidam do circuito principal de arrefecimento.
- Três intercoolers: Resfriam o ar que os turbos empurram para o motor.
- Um radiador para o óleo do motor.
- Um radiador para o óleo da transmissão.
- Um radiador para o óleo do diferencial.
- Um condensador para o ar-condicionado.
O sistema principal de água, com 37 litros, é tão potente que circula todo o líquido de arrefecimento pelo motor a cada três segundos.
A necessidade de consumir 60.000 litros de ar por minuto
Um dos dados mais impressionantes do motor do Bugatti Chiron é sua necessidade de ar. Em aceleração máxima, ele suga mais de 60.000 litros de ar por minuto. Para se ter uma ideia, esse é o volume de ar que um ser humano médio levaria mais de três dias para respirar.
Essa imensa admissão de ar é a razão pela qual o motor precisa de quatro turbocompressores. Ele funciona, em essência, como uma bomba de ar de altíssimo desempenho, e é essa capacidade de “respirar” que permite a queima de combustível necessária para gerar uma potência tão extraordinária e um desempenho avassalador.
O recorde de 490 km/h: O desempenho avassalador alcançado em 2 de agosto de 2019
Toda essa engenharia se traduz em números que desafiam a física. O Chiron Super Sport acelera de 0 a 100 km/h em 2,4 segundos e de 0 a 300 km/h em apenas 12,1 segundos.
Em 2 de agosto de 2019, um protótipo do Chiron Super Sport, pilotado por Andy Wallace na pista de Ehra-Lessien, na Alemanha, fez história. Ele se tornou o primeiro carro de produção a quebrar a barreira das 300 milhas por hora, atingindo uma velocidade máxima verificada de 490,484 km/h. Nos carros vendidos ao público, a velocidade é limitada eletronicamente a 440 km/h por razões de segurança, principalmente devido aos pneus.
O fim da produção em 2025 e o legado de uma obra de arte da engenharia
A era do W16 está oficialmente chegando ao fim. A Bugatti confirmou que as últimas unidades do motor serão instaladas nos modelos W16 Mistral, um roadster, e no Bolide, um carro exclusivo para pistas, com produção encerrando em 2025. O último Chiron, chamado ‘L’Ultime’, foi concluído em maio de 2024.
O motor do Bugatti Chiron deixará um legado como um feito de engenharia provavelmente irrepetível. Com as regulamentações de emissões cada vez mais rígidas e a mudança da indústria para a eletrificação, um motor a combustão com essa escala e complexidade dificilmente será produzido novamente. Ele não foi apenas poderoso, mas também o coração de um carro luxuoso e confortável, provando que desempenho extremo e civilidade podiam andar juntos. Seu sucessor já foi anunciado: um motor V16 híbrido, naturalmente aspirado, que equipará o novo Bugatti Tourbillon, iniciando um novo capítulo para a marca.
He mais fácil colocar um motor AP BILLIT anda sem água e seus 1500 CVS
Cabe no celta esse motor?
Feito de engenharia? Um motor que perdeu 3.000 CV ficando só com 1/3 chegando nas rodas, um autêntico absurdo, só comparável a motores da década de 30, existem motores que perdem muito menos e entregam potência nas rodas.
Mas todo carro a combustão tem eficiência inferior a 30% não tem novidade nenhuma nisso, pra mim não é nada pra se gabar. Sou bem resolvido nesta questão, carro é um meio de transporte/locomoção, não tem que empinar dar RL, fritar pneu, fazer drift e nem andar a 500km/h. O meu marca 220km/h no painel e acho que nunca passei de 130 e em raras ocasiões. Não louvo esse tipo de engenharia. É inútil e pra rico se exibir e fazer ****….
Tentar explicar a paixão por velocidade a quem não entende é como jogar xadrez com pombos. Vão **** no tabuleiro, derrubar as peças e ainda achar que ganhou!
pois é, né…… não precisa falar mais nada!
Se é um **** cara, faz um melhor 🤣🤣