Ferretti Yachts FY 1000, fabricado em Santa Catarina, é avaliado em R$ 60 milhões e se torna o maior modelo em série nacional, impulsionando pedidos de iates de ultra-luxo no país.
O megaiate mais caro produzido no Brasil em fibra de vidro, o Ferretti Yachts FY 1000, está redefinindo o patamar do luxo náutico nacional. Avaliado em R$ 60 milhões, este modelo de 30,13 metros (quase 100 pés) é a maior embarcação em série fabricada no país e é o grande marco da produção seriada nacional. Sua confecção, realizada em Santa Catarina, exigiu a importação de mais de 15 mil componentes e o envolvimento de uma equipe de 80 profissionais, consolidando o Brasil como um polo de ultra-luxo náutico no Hemisfério Sul.
A grandiosidade do FY 1000, que acomoda 10 hóspedes em 5 suítes e possui cerca de 400 m² de área de luxo total, traduz-se em um impacto direto no mercado. A validação deste modelo e seu valor de R$ 60 milhões confirmaram um novo padrão de engenharia e opulência. Desde o anúncio de sua produção, o setor registrou um aumento de 30% nos pedidos de iates de luxo no mercado nacional, demonstrando o efeito catalisador desta produção de ponta na economia e no desejo do consumidor de alto patrimônio.
O valor e a engenharia por trás do megaiate de R$ 60 milhões
O exemplar de ultra-luxo que estabeleceu o recorde de valor para produção seriada nacional é o Ferretti Yachts FY 1000. Segundo validação do modelo e valor, a embarcação está avaliada em R$ 60.000.000,00, um preço que reflete o ápice da engenharia naval e o contexto industrial brasileiro. As dimensões oficiais do megaiate reforçam sua escala: o Comprimento Total (LOA) é de 30,13 metros (98 ft 10 in), com Tonnage Bruta (GT) de 170 e boca de 6,81 metros.
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O preço final no mercado brasileiro é resultado de uma complexa estrutura de custos. Embora o valor internacional seja significativamente menor, a avaliação nacional absorve o chamado “Custo Brasil”, que inclui o elevado custo tributário, os encargos logísticos para a importação de 15.000 componentes necessários à montagem e a customização de alto nível para o proprietário. A produção seriada da embarcação, que é oficialmente a maior em fibra de vidro fabricada em série no Brasil, reforça o status do país como um centro de produção de luxo.
Detalhes técnicos e performance: por que o FY 1000 é um iate de cruzeiro rápido

A Ferretti Yachts, por meio de seu Departamento de Engenharia, projetou o FY 1000 sobre um casco planador em fibra de vidro (GRP), com a superestrutura em GRP e fibra de carbono, o que garante leveza e alta resistência. A motorização padrão utilizada no Brasil, Twin MTU 16V 2000 M96L, que geram 2.638 hp cada, é crucial para sua performance operacional, que prioriza a velocidade e agilidade.
Esta configuração permite ao megaiate mais caro produzido no Brasil atingir uma velocidade máxima de 28 nós e manter uma velocidade de cruzeiro rápida de 24 nós, conforme as especificações técnicas oficiais. Com capacidade para 9.000 litros de combustível, essa performance é otimizada para cruzeiros rápidos e frequentes entre os polos de luxo do litoral brasileiro. Além disso, a classificação de Categoria de Design A pela RINA S.p.A. atesta que o iate está projetado para operar em condições oceânicas desafiadoras, com ventos acima da Força 8 e ondas significativas.
Luxo e acomodações: os 400 m² de uma “casa sobre as ondas”
A descrição de 400 m² de área de luxo total a bordo não é apenas um número; é a representação de um design que busca o máximo de bem-estar. O conceito central do FY 1000, com design externo de Filippo Salvetti e interiores da aclamada Ideaeitalia, é criar uma verdadeira “casa sobre as ondas”.
O layout interno é planejado para maximizar o conforto e a privacidade dos até 10 hóspedes. A característica de maior destaque é a Suíte do Proprietário no convés principal, uma solução tipicamente reservada a superiates maiores. Essa suíte principal aproveita a largura total do iate, conferindo uma sensação de espaço e exclusividade inédita. As demais 4 cabines de hóspedes, incluindo duas VIP e duas twin conversíveis, estão localizadas no convés inferior.
Outro ponto de maximização espacial é o Flybridge expandido de 55 m², que se estende por quase todo o comprimento da embarcação, e a inovadora Aft Beach Area, projetada na popa para facilitar o acesso direto ao mar. Essa combinação de volumes internos inteligentes e áreas externas maximizadas estabelece um novo patamar para embarcações deste comprimento no país.
Produção estratégica: Itajaí (SC) como novo polo náutico de ultra-luxo
O local de produção do megaiate mais caro produzido no Brasil é Itajaí, em Santa Catarina. A fabricação é realizada pelo Grupo OKEAN, parceiro licenciado da Ferretti Yachts, em sua unidade industrial de 26.000 m². Este acordo estratégico, que concede ao Brasil a licença única no mundo para produzir iates Ferretti na faixa de 50 a 100 pés fora da Itália, solidifica a posição do país como um polo de produção de luxo náutico.
A escolha de Itajaí como local de produção é logística e economicamente estratégica, dada a proximidade com o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes. Isso otimiza a importação dos 15.000 componentes estrangeiros e facilita a exportação de embarcações prontas. A produção do FY 1000 é um motor de capacitação, exigindo o envolvimento direto de mais de 80 profissionais na montagem, um processo que levou nove meses na primeira unidade. O lançamento desta embarcação serviu como um poderoso sinal para o mercado, impulsionando o aumento de 30% nos pedidos de iates de luxo no país.
Desafios estruturais e o futuro do segmento de superiates no Brasil
Apesar do sucesso produtivo do Ferretti Yachts FY 1000, o crescimento da indústria náutica de ultra-luxo no Brasil esbarra em desafios estruturais significativos. A própria liderança da indústria nacional reconhece que a infraestrutura de suporte do país, especialmente marinas e áreas de serviço, não está totalmente adequada para atender embarcações deste porte, segundo o contexto industrial.
Para contornar essa deficiência, o estaleiro precisou investir maciçamente, inclusive na aquisição do maior travel lift da América Latina, capaz de erguer barcos de até 220 toneladas. Esse investimento logístico interno ilustra que a indústria está à frente da infraestrutura de suporte, o que pode aumentar a complexidade e o custo total de propriedade (TCO) para os donos. Para sustentar a consolidação do Brasil neste segmento, é fundamental um investimento coordenado na modernização das marinas e na capacitação de tripulantes de alto nível.
O Ferretti Yachts FY 1000 é mais do que o megaiate mais caro produzido no Brasil; é um divisor de águas que prova a capacidade tecnológica e artesanal nacional. Ele consolida o país no mapa global da produção de luxo, atendendo a um mercado que busca velocidade, conforto incomparável e engenharia de ponta. Contudo, o futuro do segmento depende da superação dos gargalos de infraestrutura e mão de obra qualificada.
Você concorda que este nível de produção de luxo deve ser acompanhado por um investimento urgente na infraestrutura náutica brasileira? Acha que o aumento de 30% nos pedidos de iates de luxo é sustentável? Deixe sua opinião sincera nos comentários, queremos ouvir quem vive ou acompanha de perto o dia a dia desse mercado!



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