Descoberto o local mais bombardeado por armas nucleares no mundo: 456 testes atômicos
Durante décadas, o mundo testemunhou uma corrida frenética pelo desenvolvimento de armas nucleares. Entre 1945 e 2017, foram realizados impressionantes 2.056 testes nucleares, segundo a Arms Control Association.
Desses, 1.528 ocorreram no subsolo, enquanto 528 foram prolongadas na atmosfera. Os Estados Unidos lideraram essa sombria estatística, com 1.030 testes realizados. A União Soviética ficou em segundo lugar, com 715 testes, seguida por França (210), Reino Unido (45) e China comunista (45). Países como Índia, Paquistão e Coreia do Norte também deixaram suas marcas nessa história, embora em menor escala.
Entre todos os locais de testes ao redor do mundo, o Semipalatinsk Test Site, no nordeste do Cazaquistão, destaca-se como o território mais bombardeado da história. Com uma área de 18.000 km² – maior do que muitas províncias europeias – o local foi palco de 456 testes nucleares realizados pela União Soviética entre 1949 e 1989.
- ATAQUE HISTÓRICO: Mísseis ATACMS DESTROEM sistema S-400 em Kursk e EXPÕEM as LIMITAÇÕES da defesa russa!
- Aftershock II: o foguete feito por universitários que atingiu 143.300 metros de altitude e impressionantes 5.800 km/h
- Novo decreto da ANATEL encerra de vez serviço popular oferecido por TIM, Claro e Vivo, e consumidores devem ficar atentos às mudanças importantes no mercado
- China surpreende o mundo ao reconhecer Bitcoin como legal pela sétima vez após valorização de 350%, virada histórica no cenário global das criptomoedas!
O isolamento extremo e o sigilo que cercavam a região fizeram dela um dos lugares mais secretos da antiga URSS.
O impacto oculto
Apesar de sua importância estratégica, o custo humano foi devastador. Estima-se que a radiação proveniente dos testes pode ter afetado cerca de 1,5 milhão de cazaques, mas a população local nunca foi informada sobre os riscos. Durante décadas, pessoas que viviam nas proximidades desconheciam o impacto nocivo das explosões subterrâneas e atmosféricas.
Hoje, a área ainda guarda as cicatrizes desses eventos. Crateras gigantes formadas por explosões subterrâneas pontilham o terreno. Embora partes do Local de Teste de Semipalatinsk sejam abertas à visitação, muitas áreas permanecem cercadas devido aos níveis perigosamente altos de radiação.
Kurchatov: a cidade fantasma com recordes de testes nucleares
Nos arredores do local de testes, encontra-se a cidade de Kurchatov, batizada em homenagem ao cientista soviético Igor Kurchatov, líder do programa nuclear da URSS. Um dia vibrante e habitado por cerca de 20.000 pessoas, Kurchatov transformou-se em uma sombra do que foi.
Após o fechamento do Local de Teste de Semipalatinsk em 1991 e a retirada das tropas russas em 1994, a população migrou em massa, deixando para trás uma cidade praticamente deserta.
Ainda assim, vestígios de sua glória antiga permanecem. Uma estátua de Igor Kurchatov continua de pé como um memorial à época em que a cidade era um centro de inovação científica e militar. Hoje, Kurchatov atrai curiosos e historiadores interessados na história nuclear soviética.
O legado de destruição e curiosidade
Recentemente, o Yes Theory , um canal de exploração e aventuras, lançou uma reportagem visitando Semipalatinsk e Kurchatov. No vídeo, os apresentadores exploraram laboratórios nucleares abandonados e túneis que antes armazenavam plutônio, agora inundados. Um dos locais mais impressionantes visitados foi o Lago Chagan, uma cratera formada pela detonação de uma bomba de hidrogênio em 11 de janeiro de 1965.
O impacto histórico e ambiental de Semipalatinsk é um lembrete do poder destrutivo das armas nucleares. Embora os testes tenham cessado há mais de três décadas, as consequências continuam. A região, antes secreta, agora abre suas portas para o mundo, revelando um passado que não deve ser esquecido.