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O fim da Lei de Moore: estamos à beira do limite da tecnologia moderna?

Publicado em 11/07/2025 às 23:28
Estamos Chegando no Limite da Tecnologia? A Verdade Sobre a Lei de Moore e o Futuro dos Computadores
Estamos Chegando no Limite da Tecnologia? A Verdade Sobre a Lei de Moore e o Futuro dos Computadores
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A famosa Lei de Moore, que previa que o poder dos computadores dobraria a cada dois anos, não vale mais. Entenda por que estamos atingindo um limite da tecnologia e o que a computação quântica realmente significa para o futuro.

Vivemos com a sensação de que a tecnologia evolui em um ritmo cada vez mais acelerado. Celulares mais rápidos, computadores mais potentes, inteligência artificial cada vez mais presente. Mas será que esse crescimento é infinito? A verdade é que, em seu nível mais fundamental, estamos chegando a um limite da tecnologia que conhecemos.

De acordo com análises de especialistas em computação, a era de ouro do crescimento exponencial dos processadores, descrita pela Lei de Moore, chegou ao fim. A indústria agora corre contra o tempo para encontrar novos caminhos, como a computação quântica, para superar as barreiras físicas que começam a frear a inovação.

A era de ouro da computação: a Lei de Moore e o crescimento exponencial

Nos anos 80 e 90, vivemos uma era mágica na computação. A cada dois anos, a capacidade de processamento dos chips dobrava pelo mesmo preço. Essa observação, feita por Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, ficou conhecida como a Lei de Moore.

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Foi essa “lei” que nos levou do processador 386 para o 486, para o Pentium, e assim por diante. Saímos de processadores de 10 MHz para 1 GHz em cerca de 20 anos. O problema é que, desde o início dos anos 2000, essa progressão estagnou. Hoje, quase 25 anos depois, os processadores mais rápidos ainda operam na faixa de 5 a 6 GHz.

O limite físico: por que não conseguimos mais diminuir os chips?

O fim da Lei de Moore: estamos à beira do limite da tecnologia moderna?

A Lei de Moore foi possível graças à capacidade da engenharia de diminuir o tamanho dos transistores, os “tijolos” básicos de um chip. Saímos de transistores que podiam ser vistos a olho nu para componentes na escala de nanômetros, um tamanho menor que o diâmetro de um fio de cabelo.

O problema é que estamos chegando a um limite físico. Os componentes estão se tornando tão pequenos que começam a sofrer com os “efeitos quânticos”. A eletricidade começa a “vazar” de um transistor para o outro, causando erros. Não há muito mais para onde diminuir com a tecnologia atual.

A busca por um novo caminho: a computação quântica

É nesse cenário de limite da tecnologia que surge a computação quântica. No entanto, é fundamental entender que ela não é um substituto para o seu computador ou celular.

Um computador quântico não vai rodar o Photoshop ou seus jogos. Ele é uma ferramenta altamente especializada, projetada para resolver problemas que, para um computador normal, levariam bilhões de anos. Um exemplo é a indústria farmacêutica, que poderia usar a computação quântica para simular a interação entre moléculas e criar novos medicamentos de forma muito mais rápida.

O “hype” e a realidade: cuidado com as notícias sensacionalistas

É comum ver notícias com títulos como “Computador quântico resolve em segundos problema que levaria 10.000 anos”. É preciso ter cuidado com esse “hype”.

Muitas vezes, como no caso de anúncios da empresa D-Wave ou do próprio Google, esses testes são apenas uma “prova de conceito”. Eles resolvem um problema matemático específico de forma mais rápida, mas isso não significa que a tecnologia esteja pronta para resolver todos os problemas complexos do mundo. É como um “Hello, World” para testar se a máquina funciona.

O futuro da tecnologia: a curva em “S” e os novos paradigmas

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A verdade é que toda tecnologia segue uma curva de crescimento em “S”: ela começa devagar, tem um período de crescimento exponencial e, depois, atinge um platô e estagna. Foi o que aconteceu com os processadores.

Estamos vivendo no platô da tecnologia de silício. O próximo grande salto só virá com um novo paradigma, uma nova forma de computar. A computação quântica é uma candidata, mas outras, como os computadores analógicos, também estão sendo exploradas. O limite da tecnologia atual é real, mas ele também é o motor que impulsiona a busca pela próxima grande revolução.

Você acredita que a computação quântica será o próximo grande salto ou que encontraremos outros caminhos? Deixe sua opinião nos comentários!

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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