Rotores principais, rotores de cauda e sistemas alternativos explicam como helicópteros conseguem se mover em qualquer direção durante o voo
Quando se fala em helicópteros, é comum pensar em aeronaves capazes de decolar na vertical, pairar no ar e se movimentar com flexibilidade. Eles estão presentes em várias áreas, como transporte, resgate e operações militares.
Porém, por mais populares que sejam, muita gente ainda tem dúvidas sobre como essas máquinas conseguem mudar de direção durante o voo, sem perder o controle.
O papel dos rotores e da placa oscilante
A resposta está na ciência por trás dos rotores. Todo helicóptero depende deles para se manter no ar. Em modelos tradicionais, dois tipos de rotores trabalham juntos: o rotor principal, no topo da aeronave, e o rotor de cauda, na parte traseira.
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Eles giram em velocidades específicas para gerar sustentação e empuxo. Essa força é o que permite ao helicóptero subir, descer ou pairar.
Para mudar de direção, existe um componente chamado placa oscilante. Esse mecanismo fica ligado ao rotor principal e permite inclinar as pás do rotor.
Quando a placa se inclina, o rotor principal muda de ângulo, o que gera empuxo na direção desejada. É isso que faz o helicóptero se mover para frente, para trás ou para os lados.
Já o rotor de cauda entra em ação para equilibrar a aeronave, evitando que ela gire descontroladamente.
Um século de avanços e melhorias
Esse modelo com rotor principal e rotor de cauda é o mais comum. Mas não é o único. Há outras configurações que conseguem os mesmos movimentos sem usar um rotor de cauda. São variações desenvolvidas ao longo de décadas de avanços tecnológicos na aviação.
A história do helicóptero começou no início do século XX. Em 1910, o dinamarquês Jacob Ellehammer projetou um dos primeiros modelos com rotor capaz de pairar.
Durante os anos 1920 e 1930, novos inventores desenvolveram aeronaves com rotores mais eficientes, incluindo os autogiros.
Já nas décadas de 1940 e 1950, os helicópteros se popularizaram com modelos como o Bell 47, um dos mais icônicos da história.
Desde então, o conceito foi evoluindo, mas o uso de rotores seguiu sendo o ponto central da tecnologia.
Nos helicópteros tradicionais, o rotor principal gera o empuxo para levantar voo, enquanto o rotor de cauda compensa a força contrária que poderia fazer a aeronave girar em torno de si mesma.
A placa oscilante, por sua vez, é essencial para mudar a inclinação do rotor principal, guiando a aeronave para onde se deseja ir.
Helicópteros sem rotor de cauda
No entanto, há modelos que dispensam o rotor de cauda, usando outras formas para manter o controle direcional.
Um exemplo é a configuração de rotor lado a lado, como no helicóptero soviético Mil V-12. Nesse modelo, dois rotores ficam nas extremidades das asas.
Eles giram em direções opostas, cancelando o torque e permitindo a decolagem vertical. Depois, os rotores se inclinam na horizontal, transformando o helicóptero em algo semelhante a um avião.
Outra configuração é a de rotor entrelaçado, usada no Kaman HH-43. Nela, dois rotores giram em mastros próximos e se cruzam de forma sincronizada. Isso elimina a necessidade de um rotor traseiro.
Já na configuração tandem, como no Boeing CH-47F Chinook, há dois rotores principais: um na frente e outro atrás da fuselagem. Eles também giram em sentidos contrários, equilibrando a aeronave.
Por fim, há o rotor coaxial contrarrotacional, visto no Kaman Ka-31. Nesse caso, dois rotores ficam montados no mesmo eixo, um acima do outro, girando em direções opostas. A direção do helicóptero muda conforme o rotor que gera mais sustentação.
O futuro segue girando
Essas diferentes soluções mostram como a engenharia evoluiu ao longo do tempo. Cada uma tem suas vantagens e serve a diferentes propósitos.
E todas elas ajudam a responder uma pergunta simples, mas curiosa: como, afinal, um helicóptero muda de direção no ar?
Hoje, com várias configurações disponíveis, os helicópteros seguem se destacando por sua versatilidade e pela engenhosidade de seus sistemas de voo.
Com informações de Slash Gear.
Parar qual a posição do rotor ?
Quanto tempo pode pairar no ar? Até o combútivel aguentar.
Já tem em andamento o projeto do helicópetero supersonico ?
E qual o mais veloz do mundo ?