Novo modelo movido a bateria deve ser lançado em território nacional até 2026, com fabricação no país, preços mais acessíveis que os atuais e autonomia capaz de atender o uso urbano diário
Um carro elétrico barato está previsto para chegar ao Brasil em 2026, prometendo mudar o mercado automotivo ao combinar produção local, preço competitivo e autonomia suficiente para o uso urbano. A novidade surge em um cenário de expansão das vendas de veículos elétricos e de políticas que favorecem a fabricação nacional.
Crescimento do mercado de elétricos no Brasil
Nos primeiros oito meses de 2025, mais de 44 mil carros 100% elétricos foram vendidos no Brasil, representando 4,4% do total de emplacamentos. O número mostra um crescimento expressivo em relação aos anos anteriores, embora os preços ainda sejam considerados altos pela maior parte dos consumidores.
Entre os modelos mais populares, o BYD Dolphin Mini lidera com folga, tendo superado a marca de 35 mil unidades comercializadas desde 2024. O sucesso do modelo indica que existe um público receptivo para veículos mais acessíveis e funcionais no país.
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Atualmente, o preço médio dos elétricos gira em torno de R$ 150 mil a R$ 250 mil, valor que ainda limita a penetração no mercado de massa.
O papel da GWM com o ORA 03 2026
A montadora GWM anunciou o ORA 03 2026, veículo que terá versões com preços a partir de R$ 169 mil. O modelo será equipado com baterias de diferentes capacidades, incluindo uma edição limitada de 58 kWh, capaz de rodar até 315 km com uma única carga, segundo o Inmetro.
O carro contará ainda com teto solar panorâmico, sistema multimídia atualizado e conectividade via aplicativo. A estratégia da empresa é oferecer um produto intermediário entre os elétricos de luxo e os de entrada, mas com preço abaixo da média atual do mercado.
Esse lançamento é considerado um marco importante, pois inaugura uma categoria de elétricos mais próximos da faixa de valor de veículos populares.
Produção nacional da BYD e impacto nos preços
Paralelamente, a chinesa BYD iniciará em 2026 a produção local de veículos elétricos em sua fábrica instalada na Bahia. A unidade terá capacidade para fabricar até 150 mil unidades por ano e deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos.
Com a fabricação no Brasil, os custos de importação serão reduzidos, o que tende a baratear os preços finais. O governo federal, por sua vez, anunciou que as tarifas de importação para carros elétricos devem chegar a 35% até meados de 2026, medida que incentiva a produção nacional.
A expectativa é que, com essa combinação de fatores, o país tenha finalmente um elétrico popular produzido em escala.
Concorrência chinesa e ampliação da oferta
Além da BYD e da GWM, outras montadoras chinesas já estudam expandir sua atuação no mercado brasileiro. A GAC, por exemplo, prevê investir R$ 6 bilhões em uma planta no Brasil e iniciar a fabricação de modelos elétricos até o fim de 2026.
Essa diversificação deve ampliar a competitividade, pressionar preços para baixo e oferecer mais opções de modelos para diferentes perfis de consumidores.
Segundo reportagem da agência Reuters, a entrada massiva de carros elétricos chineses já movimenta o setor automotivo e força adaptações rápidas das fabricantes tradicionais.
O futuro do carro elétrico acessível
Com vendas em alta, produção nacional confirmada e incentivos governamentais, especialistas avaliam que o Brasil está próximo de viver a popularização dos carros elétricos. A mudança poderá acelerar a transição energética e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.
Se o cronograma for cumprido, em 2026 consumidores brasileiros terão a oportunidade de comprar um elétrico com preço competitivo, autonomia acima de 300 km e manutenção simplificada em comparação a modelos a combustão.
Esse movimento consolida o início de uma nova era no setor automotivo nacional, marcada por preços mais acessíveis, produção local e maior variedade de modelos elétricos disponíveis.
As informações foram publicadas por portais especializados em mobilidade como InsideEVs, Terra e pela agência de notícias Reuters, que acompanham os anúncios oficiais das montadoras e o cenário regulatório do setor automotivo no Brasil.