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O ‘avião do juízo final’ – Se você avistar um desses voando, pode ser o fim de todas as nações!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 08/05/2024 às 08:33
Avião do juízo final Ilyushin Il-80
Foto: Ilyushin Il-80 Reprodução/ Wiki Commons)

Ilyushin Il-80, o ‘avião do Juízo Final’, capaz de voar por semanas. Confira todos os detalhes do veículo mais importante da Rússia.

A Rússia dispõe de um dos aviões mais enigmáticos e poderosos do mundo: o Ilyushin Il-80, também conhecido como o “avião do Juízo Final”. Projetado para funcionar como um centro de comando aéreo em cenários de guerra nuclear, este avião está equipado para proteger os líderes do estado e altos oficiais militares, permitindo que continuem a comandar as operações mesmo durante situações extremas.

Características do avião Ilyushin Il-80

O design do avião do juízo final, que fez seu primeiro voo em 1985 e começou a ser entregue em 1987 após modificações, tem como base o modelo de aeronave civil II-86 da Ilyushin, mas com diferenças visíveis.

O Ilyushin Il-80 é conhecido pelo nome de Maxdome, embora alguns também o chamem de Camber, um termo usado na aviação comercial para os II-86s.

Uma característica distintiva deste avião é a ausência de janelas na cabine, com exceção do cockpit, que está equipado com janelas blindadas para proteção contra explosões. Essas modificações foram projetadas para proteger os ocupantes contra um pulso eletromagnético (EMP) ou uma explosão nuclear.

No “avião do Juízo Final”, as portas do deck superior foram reduzidas em número, restando apenas uma escada. Uma grande antena SATCOM está posicionada no topo da fuselagem na frente, com antenas maiores na parte traseira.

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Avião do juízo final Ilyushin Il-80
Foto: Ilyushin Il-80 Reprodução/ Wiki Commons)

A cauda do avião abriga um guincho para uma antena de frequência muito baixa (VLF) rebocada, enquanto os estabilizadores horizontais também são adaptados para acomodar mais sensores ou antenas de comunicação.

Além disso, o avião está equipado com dois grandes geradores elétricos integrados aos motores, que possuem entradas de ar e jatos de exaustão nas extremidades. Uma sonda de reabastecimento retrátil também é instalada abaixo do cockpit.

Avião Ilyushin Il-80 é peça central de defesa e comando da Rússia

Em comparação com o seu equivalente americano, o Nightwatch, que foi desenvolvido a partir da aeronave Boeing 747 uma boa década antes do avião do Juízo Final fazer seu primeiro voo, o avião russo é protegido de EMP ao blindar seus equipamentos e fiação, além de manter instrumentos analógicos dentro do cockpit.

O avião de três decks carrega painéis elétricos, transformadores redutores de tensão e equipamentos SATCOM e VLF. A Aeronave está equipada com uma antena de fio de arrasto que pode se estender até 5 milhas (8 km) de comprimento e pode carregar 13 links de comunicação.

O Nightwatch precisa de dois tanques KC-135 totalmente carregados para reabastecer completamente, e, embora a aeronave tenha permanecido no ar por no máximo 35 horas, ela pode ficar no ar por até duas semanas. Essas características fazem do avião Ilyushin Il-80 uma peça central na estratégia de defesa e comando da Rússia, preparada para garantir a continuidade do governo em caso de um conflito nuclear.

Países se preparam para possíveis conflitos

A existência e as capacidades do “avião do Juízo Final” são um lembrete sombrio da realidade da guerra nuclear e da constante preparação das nações para um possível conflito de proporções inimagináveis. Enquanto líderes e cidadãos ao redor do mundo acompanham com preocupação, a Rússia prossegue com o fortalecimento de suas capacidades de defesa e comando para enfrentar quaisquer desafios futuros.

É importante mencionar também que a Sierra Nevada Corporation (SNC) conquistou um contrato de US$ 13 bilhões para desenvolver o sucessor do E-4B Nightwatch, conhecido popularmente como “Avião do Fim do Mundo” ou “Avião do Apocalipse”.

A empresa, que tem sede em Nevada e é uma importante parceira da Embraer nos Estados Unidos, deve entregar o primeiro de quatro novos “aviões do Fim do Mundo” em 2032, com o contrato estendendo-se até 2036.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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